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Dia Mundial do Teatro

Sexta-feira, Março 19th, 2010

O Instituto Internacional do Teatro é uma organização não-governamental internacional e parceiro privilegiado da UNESCO para o Teatro e a Dança. Os dias mundiais do teatro e da dança (todos os anos, a 27 de Março e a 29 de Abril, respectivamente) são uma iniciativa do ITI. Todos os anos é convidada uma personalidade para escrever a mensagem do Dia Mundial do Teatro, este ano a escolhida foi Judi Dench.

“O dia mundial do teatro é uma oportunidade para celebrar o teatro em todas as suas várias formas.

O teatro é uma fonte de entretenimento e inspiração, que tem a capacidade de unificar os diversos povos e culturas de todo o mundo. Mas o teatro é muito mais do que isso, ele também oferece oportunidades de educar e informar.

O teatro é realizado em todo o mundo, e nem sempre na forma de um teatro tradicional: as representações podem ocorrer numa pequena aldeia em África, junto a uma montanha na Arménia, numa pequena ilha do Pacifico. Tudo o que o teatro necessita é de um espaço e de um público. O teatro tem o dom de nos fazer rir, de nos fazer chorar, mas deve também fazer-nos pensar e reagir.

O teatro é o resultado de um trabalho de equipa. São os actores aqueles que  vemos, mas há um número surpreendente de pessoas escondidas por trás dos actores que são tão importantes quanto eles, as suas diversas capacidades de produção é que permitem que o espectáculo aconteça. Eles também devem compartilhar os triunfos e sucessos que possam ocorrer.

27 de Março é a data oficial do Dia Mundial do Teatro. Por muitas razões todos os dias deveriam ser considerados dia do teatro, porque o teatro tem a responsabilidade de entreter, educar e esclarecer o seu público, sem o qual o teatro não existia.”

celebração do monólogo

Quinta-feira, Março 4th, 2010

“Já por lá passou o piano de António Pinho Vargas, a intensidade do Vulcão de Custódia Gallego e as histórias de Espanha contadas por Cándido Pazó. Segue-se, nesta celebração do monólogo enquanto género teatral – organizado pela Escola da Noite –, o regresso da actriz Ana Bustorff à Companhia de Teatro de Braga. Mas não poderíamos deixar de destacar a presença em Coimbra da autora, encenadora e actriz brasileira Denise Stoklos, alvo de elogios da crítica internacional e com um currículo rechedo de prémios. E logo com dois espectáculos. O primeiro, Mary Stuart – construído a partir de vários textos sobre a rainha da Escócia – é descrito como um dos seus trabalhos mais emblemáticos, assente naquilo que a artista denomina de «teatro essencial», por utilizar «o mínimo de recursos materiais e o máximo dos próprios meios do actor – corpo, voz e pensamento». A versatibilidade de Stoklos é igualmente exposta em Calendário da Pedra, uma produção mais recente, de 2001, inspirada pelo poema Book of Anniversary, de Gertrude Stein. Espera-se uma entrega intensa e completa ao palco.”

Joana Loureiro in Visão [4 Março 2010]

Fotografia de Thaís Stoklos Kignel

Concerto “à la Carte” com Ana Bustorff | 4 de Março | quinta | 21h30 | Teatro Académico de Gil Vicente

Mary Stuart Denise Stoklos | 5 de Março | sexta | 21h30 | Teatro Académico de Gil Vicente

Calendário da Pedra Denise Stoklos | 6 de Março | sábado | 21h30 | Teatro da Cerca de São Bernardo

Os espectáculos são parte integrante do ciclo “do monólogo, coisa pública”, inserido na XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, uma organização d’A Escola da Noite e da Reitoria da Universidade de Coimbra.

Cándido Pazó: um homem de teatro

Terça-feira, Março 2nd, 2010

Sou um homem de teatro. A partir de 1989, já escrevia teatro, fazia encenações. Depois, sempre fui um conversador. Gostava de contar histórias, sem o mínimo projecto profissional, sem sequer saber que havia essa possibilidade. Quando o Quico Cadaval estava a trabalhar em Madrid, encontrou muitos sul-americanos contadores de histórias, nomeadamente colombianos (na Colômbia, cuentero é uma profissão normal, reconhecida). O Quico gostou daquilo, voltou para a Galiza e montou o espectáculo Falar por falar. O sucesso foi grande, o que o levou a pensar numa dinâmica contista na Galiza. Desafiou-me e, um dia, no final de um espectáculo, chamou-me ao palco para eu contar uma história. Foi o começo. Hoje trabalho mais a contar histórias do que no teatro. Embora continue a fazer teatro, a escrever.

fotografia de J. N. Casal

Para conhecer melhor este actor, autor e encenador galego leia aqui uma entrevista dada à “cena aberta”, a propósito de uma das suas apresentações em Coimbra. Recordamos que amanhã, 3 de Março, quarta, às 21h30, no TCSB, Cándido Pazó apresenta o espectáculo “Histórias Tricolores”, integrado no ciclo “do monólogo, coisa pública“.

dizer sempre que “sim, para não o contrariar”

Segunda-feira, Março 1st, 2010

Valdete tem uma jóia de marido que se transforma num exterminador implacável. Já vimos isto em qualquer lado (tipo as manchetes dos últimos dias), mas este espectáculo não é só sobre violência doméstica. […] Valdete é uma mulher de meia-idade. Tem com o cabelo desgrenhado, os olhos esbugalhados e as mãos vermelhas de tanto as esfregar. Fala num fôlego só, como se o mundo fosse acabar naquele momento e ela não tivesse tempo de contar a sua história. […] Claúdia Silva in Público [2 Dezembro 2009] Continue a ler aqui!

Fotografia de Margarida Dias

Em “Vulcão”, de Abel Neves, uma mulher revive a sua história infeliz com um marido monstruoso, a quem aprendeu a dizer sempre “sim, para não o contrariar”. “Agora, vou ser feliz”, diz ela no início do monólogo, antes de iniciar a sua viagem ao passado e recordar como, quando casou, sonhava com um amor luminoso que, depois do nascimento de um filho cego, se transformou num pesadelo. […] in DN [20 Novembro 2009] Continue a  ler aqui!

Vulcão de Abel Neves, com Custódia Gallego, AMANHÃ, 2 de Março, 21h30 no Teatro da Cerca de São Bernardo.

O espectáculo é parte integrante do ciclo “do monólogo, coisa pública”, inserido na XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, uma organização d’A Escola da Noite e da Reitoria da Universidade de Coimbra.

ao sabor do velho oeste americano

Segunda-feira, Janeiro 25th, 2010

fotografia: Lionel Balteiro

A Escola da Noite acolhe no Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB) nos próximos dias 29 e 30 de Janeiro, sexta e sábado, às 21h30, o Teatro de Montemuro com o espectáculo “Saloon Yé Yé”, de Abel Neves, com encenação de Graeme Pulleyn.
Desta vez, num registo cómico, Abel Neves transporta os espectadores até “algures na serra, num planalto remoto e quase desértico onde não passa ninguém” e onde “três audaciosos cowboys, mais um rapaz tocador de pianola e uma sedutora e exuberante, cantora coxa, amiga do pianista, empreenderam um negócio rendável”: o
“Saloon Yé Yé”.

Em plena crise, num lugar inóspito, no meio do nada, uma empresa que não é fantasma – um Saloon! – tenta prosperar com a sua actividade de serviço público, mas o ambiente não está de feição e o saloon conhece sucessivos donos que, disputando o poder à boa maneira do oeste selvagem, tentam impor a sua lei, mas nunca por muito tempo: incorrigíveis corruptos cedo têm o destino que sabem que merecem.

Catt Pingado, Kid Mocas, Débora Boy, Xerife Olívia, Susy Carioca, Teclas Man, Lulu Quem-me-dera, Speedy Meu, FredySnif e Lucas Rosinha, mais Cavaca, o cavalo com cornos de vaca, são as personagens desta história, destrambelhada, dos nossos dias… ao sabor do velho oeste americano.

M/12 | Duração 90′ | bilhetes entre 6 e 10 euros