Sou um homem de teatro. A partir de 1989, já escrevia teatro, fazia encenações. Depois, sempre fui um conversador. Gostava de contar histórias, sem o mínimo projecto profissional, sem sequer saber que havia essa possibilidade. Quando o Quico Cadaval estava a trabalhar em Madrid, encontrou muitos sul-americanos contadores de histórias, nomeadamente colombianos (na Colômbia, cuentero é uma profissão normal, reconhecida). O Quico gostou daquilo, voltou para a Galiza e montou o espectáculo Falar por falar. O sucesso foi grande, o que o levou a pensar numa dinâmica contista na Galiza. Desafiou-me e, um dia, no final de um espectáculo, chamou-me ao palco para eu contar uma história. Foi o começo. Hoje trabalho mais a contar histórias do que no teatro. Embora continue a fazer teatro, a escrever.
Para conhecer melhor este actor, autor e encenador galego leia aqui uma entrevista dada à “cena aberta”, a propósito de uma das suas apresentações em Coimbra. Recordamos que amanhã, 3 de Março, quarta, às 21h30, no TCSB, Cándido Pazó apresenta o espectáculo “Histórias Tricolores”, integrado no ciclo “do monólogo, coisa pública“.
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