Por motivos de saúde, aOficina DADA, agendada para amanhã, dia 3 de Dezembro, no âmbito dos Sábados para a Infância no TCSB, foi adiada. A actividade terá lugar ao longo do ano de 2023, em data a anunciar assim que possível. Agradecemos a compreensão e lamentamos quaisquer incómodos causados.
O programa de Dezembro dos Sábados para a Infância pode ser consultado aqui.
Presença regular nos Sábados para a Infância, a ilustradora Rachel Caiano propõe desta vez uma viagem ao movimento artístico DADA, que continua a desafiar-nos mais de 100 anos depois do seu surgimento. “Vamos transformar-nos em artistas DADA: escrever poesia dadaísta, ouvir poesia dadaísta e fazer ilustrações dadaístas”, promete a formadora. “Tudo o que precisamos – adianta – é de jornais, papéis, tesoura e cola. No fim inauguramos uma exposição dadaísta.” O movimento artístico DADA (ou Dadaísmo) surgiu na Suíça na segunda metade do século XX, estendendo-se depois a Nova Iorque, nos Estados Unidos da América do Norte, e a Paris. Considerado um movimento de vanguarda, com influências do cubismo, do futurismo e do expressionismo, desenvolveu-se sobretudo nas artes visuais, na literatura, na poesia, no teatro, no design gráfico e na teoria da arte. O aparecimento desta corrente artística está relacionada com a eclosão e com os efeitos da I Guerra Mundial: os dadaístas expressavam seu descontentamento com a violência, a guerra e o nacionalismo. Hugo Ball, Tristan Tzara, Marcel Duchamp, Max Ernst, Elsa von Freytag-Loringhoven, Georg Grosz e Man Ray são apenas alguns dos artistas cujas obras são identificadas com o Dadaísmo. A oficina de Rachel Caiano tem lugar no próximo sábado, dia 3 de Dezembro, às 11h00, com a duração de 90 minutos. Destina-se a crianças a partir dos 10 anos e a inscrição, que pode ser feita pelos contactos habituais do Teatro, custa 10 Euros.
Cristina Taquelim, uma das mais conceituadas contadoras de histórias do país, vem pela primeira vez aos Sábados para a Infância, com uma sessão na Livraria do Teatro que promete encantar miúdos e graúdos. Nascida em Lagos em 1964 e licenciada em Psicologia Educacional, Cristina Taquelim é mediadora de leitura, contadora de histórias e bibliotecária. Diz de si própria que “gosta de escrever cartas e tem o vício da metáfora. Às vezes duvida. Tem voz grave. Gosta de contar. Às vezes escreve. Ainda teme a morte. Recusa-se a viver sem estar espantada por existir.” Para a sua estreia no TCSB, preparou a sessão “Histórias que cabem no ouvido”, com umas “histórias mínimas” – “tão mínimas que às vezes fica divertido escutar e repetir, escutar e repetir, para que, mesmo pequenas, elas fiquem no ouvido”. A sessão está marcada para o dia 10 de Dezembro, pelas 11h00. Destina-se a toda a família (M/3) e a entrada tem o custo de 5 Euros (adulto+criança) ou de 3 Euros (bilhete individual). É possível efectuar reserva pelos contactos habituais do Teatro.
Luís Pedro Madeira e Catarina Moura – Taleguinho (foto: Pedro Rodrigues)
O espectáculo de Natal do Taleguinho é já uma tradição da cidade. Estreado no TCSB em Dezembro de 2015, encerra habitualmente, com uma grande festa para toda a família, a programação anual dos Sábados para a Infância. A dupla Catarina Moura (voz) e Luís Pedro Madeira (música) interpreta um reportório de histórias tradicionais e de músicas de Natal do cancioneiro galaico-português, num espaço cénico envolvente, onde não faltam as estrelas, misteriosamente acesas por um pastor meio desastrado. A sessão deste ano tem lugar a 17 de Dezembro, pelas 11h00. Os bilhetes de adulto+criança custam 10 Euros e o bilhete individual custa 6 Euros. É possível reservar bilhetes directamente no Teatro ou comprá-los na internet, através da ticketline.
A esta diversificada programação junta-se ainda, no dia 17 de dezembro à tarde, a apresentação em Coimbra do mais recente livro das Edições Xerefé, com autoria de João Pedro Mésseder (texto) e Inês Oliveira (ilustrações). Óptima prenda de Natal para as crianças, o livro oferece uma divertida viagem por diferentes “caras” – do “senhor Sargento” que “está com cara de mau vento” a Sua Majestade que “está com cara de tempestade”, passando, entre outros, pelo senhor Ministro que “está com um ar meio sinistro” e pelo senhor presidente que “está com cara de tridente”. O que fazer perante tanta intempérie, pergunta quem conta a história: “vou-me embora e volto noutra hora?”. “NÃO e NÃO!”, responde-se, na abertura da esperançosa segunda parte do livro, em que se enfrentam vulcões, vendavais e outras maldades que tais. A sessão é às 16h30, na Livraria do TCSB. Tem entrada gratuita e contará com a presença do escritor e da ilustradora.
Sábados para a Infância em Dezembro de 2022
ILUSTRAÇÃO | OFICINA Oficina DADA RACHEL CAIANO [ADIADO por motivo de doença] 3 de Dezembro de 2022 sábado, 11h00 Sub-palco do TCSB > M/10 > 90 min > 10 €
“As Aventuras do Príncipe Achmed”, de Lotte Reiniger, é considerado a primeira longa-metragem de animação europeia. O filme, de 1926, é um jogo simples de luzes e sombras, um conceito que surgiu e foi muito popular na China, de onde são oriundas as famosas caixas de sombras. As figuras do filme, repleto de batalhas, comédia, romance, magia e confrontos com pequenos demónios, foram recortadas e manipuladas à luz de câmara pela realizadora. No total foram utilizadas mais de 96 mil imagens individuais para construir as silhuetas.
Os músicos multi-instrumentistas Gonçalo Parreirão e Jorri são a proposta para acompanhamento musical ao vivo para o filme de animação “As Aventuras do Príncipe Achmed”.
Um feiticeiro maligno engana o Príncipe Achmed, convencendo-o a cavalgar num cavalo alado. O Príncipe percebe ser capaz de conduzir o cavalo que o leva a viver aventuras incríveis. Ao lado deste fiel companheiro, e com a ajuda de um poderoso feiticeiro, ele conhece personagens curiosos e até o amor, acabando por se apaixonar pela linda princesa Peri Banu.
Esta semana, a Vânia Couto e a Catrapum Catrapeia ocupam o TCSB com espectáculos para escolas na quinta e sexta-feira e uma sessão para o público familiar no sábado às 11h00.
Catrapum viaja pelo mundo real e imaginário. Um hospital de instrumentos que se transforma numa casa de fados, os ruídos das grandes cidades, o vento no topo de uma montanha, uma vela de um barco que não é um barco mas que vai navegar, um mar que se move e que soa dentro do público, por entre o público… Uma viagem pelo sons, desde o som cru até à música construída, por paisagens sonoras e músicas tradicionais do mundo, misturando a electrónica e os sons acústicos, entre um cenário que se move e se multiplica. Um espectáculo de teatro, conduzido pela música, dinâmico e interactivo.
A Mostra Francisco Camacho no TCSB termina este fim-de-semana com duas apresentações do espectáculo “The Things We Carry” – sábado às 21h30 e domingo às 16h00. A peça, com música ao vivo, é uma co-produção com a companhia turca Çiplak Ayaklar Kumpanyasi e reflecte sobre viagem, nomadismo e “as coisas que carregamos”. Precisamos realmente delas?
Estreado em Istambul em 2021, “The Things We Carry” reúne duas comunidades de dança contemporânea que definem, a sul, os extremos ocidental e oriental da Europa continental. Enraizadas em duas cidades portuárias – Lisboa e Istambul – as duas equipas artísticas combinam realidades socio-culturais altamente contrastantes, com uma marcada intersecção de tradições e nacionalidades diversas, que se reflecte no trabalho artístico. A performance desdobra-se num contínuo de acções que evoca viagens, nomadismo, a criação de condições de sobrevivência e a manutenção de um modelo de vida que se tornou familiar. Entre as perguntas que orientaram a construção do espectáculo, questiona-se: “As coisas que carregamos são as de que realmente precisamos? São elas que nos permitem sobreviver? Ou serão elas que nos permitem perpetuar um modelo de vida já conhecido sem o questionar? Repetimos gestos inconsequentes sem perceber a sua arbitrariedade ou repetimo-los porque sem eles permitiríamos que o vazio se infiltrasse?” O espectáculo tem música ao vivo e conta com as interpretações de Leyla Postalcioglu, Mihran Tomasyan e Berke Can Özcan. Os bilhetes para as duas sessões em Coimbra (12 e 13 de Novembro, sábado e domingo) podem ser comprados na ticketline ou reservados pelos contactos habituais do TCSB.
Ao longo do fim-de-semana, também no âmbito da Mostra, é ainda possível visitar a exposição “1982/2022 — À volta da dança: rastos e presenças”, que celebra e documenta os 40 anos de carreira do bailarino e coreógrafo Francisco Camacho.