Posts Tagged ‘Teatro do Montemuro’

Janeiro no TCSB

Segunda-feira, Dezembro 28th, 2015

O regresso de “A Canoa” e a diversidade artística dos Sábados para a Infância são os principais destaques da programação de Janeiro no TCSB. Mas há mais!
Tenha um óptimo 2016 e continue a fazer-nos companhia!

SÁBADOS PARA A INFÂNCIA

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Leonor Barata: “Dança para pais e filhos”

Dança, música, teatro, ilustração e leitura de contos são as nossas propostas nos Sábados para a Infância em Janeiro, que regressam em pleno após a curta interrupção natalícia.
Logo no dia 9 há, excepcionalmente, uma dupla oferta: de manhã, Leonor Barata dinamiza a oficina “Dança para pais e filhos” (para crianças entre os 18 meses e os 4 anos e respectivos adultos acompanhantes); à tarde, o Taleguinho (projecto musical de Catarina Moura e Luis Pedro Madeira) apresenta um espectáculo extra do concerto “Ficar a ver estrelas”, depois do enorme sucesso alcançado em Dezembro.

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Taleguinho: “Ficar a ver estrelas”

A 16 de Janeiro, o Teatro do Montemuro traz um espectáculo de teatro construído a pensar nos mais novos: “Jardim de Estrelas”. Uma semana depois, Ana Biscaia dirige uma nova oficina de ilustração, dirigida a crianças entre os 8 e os 12 anos. É a terceira oficina deste género que a premiada ilustradora de Coimbra realiza no TCSB, com um crescente interesse por parte das crianças da cidade. No último sábado do mês, como habitualmente, Cláudia Sousa abre a sua mala das histórias no Bar do teatro para uma nova sessão de leitura de contos para a infância (recomendado para maiores de 4 anos).
Para todas estas iniciativas é possível (e aconselhável) efectuar reserva prévia de lugar, pelos contactos habituais do TCSB.

 

“A CANOA”, DE CÁNDIDO PAZÓ

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Ricardo Kalash e Miguel Magalhães, “A Canoa”

Quatro meses depois da sua estreia, o mais recente espectáculo d’A Escola da Noite volta aos palcos, agora com a actriz Isabel Leitão no papel de Rosa.
“A Canoa” vai andar em digressão pelo país e pela Galiza, estando agendadas duas sessões especiais para Coimbra, a 30 e 31 de Janeiro (sábado à noite e domingo à tarde).
Escrita e encenada por Cándido Pazó, a peça aborda o tema da violência doméstica de uma forma muito directa, alternando entre o drama e o humor, convidando à reflexão sobre um assunto de premente actualidade. A partir de um episódio meio absurdo – um vizinho queixa-se, numa reunião de condomínio, por causa de uma canoa “estacionada” num lugar de garagem –, a história é contada em palco por dois actores que preparam um novo espectáculo. Através das suas memórias e dos ensaios que fazem à frente do público, o espectador vai descobrindo os pormenores de uma situação que essas personagens testemunharam, no mesmo prédio em que ensaiam diariamente.
Os bilhetes já estão à venda e é possível, claro, fazer reserva antecipada.

 

“OS DESAPARECIDOS”

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Janeiro inclui ainda a primeira proposta internacional do ano no TCSB. “Os desaparecidos” é um espectáculo construído a partir do texto “Amerika”, de Franz Kafka, numa co-produção entre a Companhia de Teatro de Braga (parceiro habitual d’A Escola da Noite) e as estruturas O-Team e Pathos München (Alemanha). Uma oportunidade para revisitar o “Teatro de Oklahoma” imortalizado por Kafka, num espectáculo que assume a diversidade cultural e linguística da Europa contemporânea e propõe o teatro como “lugar utópico”, como “um oásis de comunicação” entre os indivíduos e os povos.
Falado a quatro línguas (português, inglês, alemão e ucraniano), o espectáculo é apresentado com legendas em português. Actualmente em digressão internacional, “Os desaparecidos” é apresentado no TCSB numa única sessão, no dia 23 de Janeiro.

 

CLUBE DE LEITURA TEATRAL

(foto: Cláudia Morais / TAGV)

(foto: Cláudia Morais / TAGV)

No âmbito da parceria que vimos desenvolvendo com o Teatro Académico de Gil Vicente, é novamente a nossa vez de acolhermos no TCSB uma sessão do Clube de Leitura Teatral – Coimbra. Dando continuidade à linha artística escolhida para esta primeira série de leituras – autores contemporâneos que revisitam clássicos – a peça escolhida é “(Tio) Vânia”, de Howard Barker, escrita pelo dramaturgo inglês a partir da famosa peça de Anton Tchékhov.
A leitura terá lugar no dia 12 de Janeiro, pelas 18h30, e as sessões preparatórias (para quem quiser participar como leitor) acontecem nos dias 7, 8 e 11 de Janeiro (quinta, sexta e segunda), sempre entre as 20h30 e as 23h00.
O Clube de Leitura Teatral – Coimbra é uma iniciativa conjunta d’A Escola da Noite e do TAGV, que tem como objectivo divulgar o texto teatral e estimular o gosto pela leitura de peças de teatro. Qualquer pessoa pode participar, gratuitamente, quer como leitor quer “apenas” como espectador. A quem quiser participar como leitor, solicitamos a inscrição prévia, que pode ser feita através do e-mail clube.leitura.teatral@gmail.com.

TEATRO DA CERCA DE SÃO BERNARDO
Programação de Janeiro/2016

OFICINA
Dança para pais e filhos
com Leonor Barata
9 de Janeiro
sábado, 11h00
adultos + crianças dos 18 meses aos 4 anos > 60′ > 10 Euros (adulto+criança)
SÁBADOS PARA A INFÂNCIA NO TCSB

MÚSICA
Ficar a ver estrelas – ESPECTÁCULO EXTRA
Taleguinho
9 de Janeiro
sábado, 17h00
M/3 > 50′ > crianças até aos 12 anos: 2,50 Euros / maiores de 12: 5 Euros
SÁBADOS PARA A INFÂNCIA NO TCSB

LEITURA
(Tio) Vânia
de Howard Barker
pelo Clube de Leitura Teatral – Coimbra
12 de Janeiro
terça-feira, 18h30
entrada gratuita

TEATRO
Jardim de Estrelas
Teatro do Montemuro
16 de Janeiro
sábado, 11h00
M/3 > 50′ > crianças até aos 12 anos: 2,50 Euros / maiores de 12 anos: 5 Euros
SÁBADOS PARA A INFÂNCIA NO TCSB

OFICINA
Oficina de ilustração
Ana Biscaia
23 de Janeiro
sábado, 10h30 – 12h30 / 13h30 – 15h30
8 aos 12 anos > 4 horas > 10 Euros
SÁBADOS PARA A INFÂNCIA NO TCSB

TEATRO
Os desaparecidos
Companhia de Teatro de Braga / O-Team e Pathos München (Alemanha)
23 de Janeiro
sábado, 21h30
M/12 > 120′ (sem intervalo) > 5 a 10 Euros
[espectáculo parcialmente falado em Inglês, Alemão e Ucraniano, com legendas em Português]

LEITURA DE CONTOS PARA A INFÂNCIA
Flores de Livro
Cláudia Sousa
30 de Janeiro
sábado, 11h00
Bar do TCSB > M/4 > 50′ > individual: 3 Euros; criança + acompanhante: 5 Euros
SÁBADOS PARA A INFÂNCIA NO TCSB

TEATRO
A Canoa
A Escola da Noite
30 e 31 de Janeiro
sábado, 21h30
domingo, 16h00
M/14 > 100′ > 6 a 10 Euros

Informações, reservas e inscrições:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

Quinta 24, no Festival das Companhias

Quinta-feira, Junho 24th, 2010

O terceiro dia do IV Festival das Companhias tem inicio às 15h00, na Sala Sá de Miranda, na Casa Municipal da Cultura. Terá lugar uma Mesa Redonda, à volta do tema A criação artística nas cidades médias. Estarão presentes: Dr. Jorge Barreto Xavier, Director da DGArtes; Dr. João Luis Sequeira da Direcção Regional de Cultura do Norte; Dra. Cláudia Sousa Pereira, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Évora; Dra. Dália Paulo, da Direcção Regional de Cultura do Algarve; Dra. Ilda Carneiro, Vereadora da Cultura da CMBraga; Prof. Doutora Maria José Azevedo Santos, Vereadora da Cultura da CMCoimbra.

O Fim | CENDREV

Às 21:30 no TCSB o CENDREV apresenta O Fim, de António Patrício, uma fábula cénica alucinatória na qual o dramaturgo transfigurou a iminente queda da monarquia em Portugal, que aconteceria um ano depois da peça ser publicada em 1909.

Informações e reservas

239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

texto António Patrício versão dramatúrgica Armando Nascimento Rosa e Victor Zambujo encenação Victor Zambujo cenografia Acácio Carvalho figurinos Manuela Bronze orgânica sonora David Martins interpretação Álvaro Corte Real, Jorge Baião, Maria Marrafa, Rosário Gonzaga e Rui Nuno

ao sabor do velho oeste americano

Segunda-feira, Janeiro 25th, 2010

fotografia: Lionel Balteiro

A Escola da Noite acolhe no Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB) nos próximos dias 29 e 30 de Janeiro, sexta e sábado, às 21h30, o Teatro de Montemuro com o espectáculo “Saloon Yé Yé”, de Abel Neves, com encenação de Graeme Pulleyn.
Desta vez, num registo cómico, Abel Neves transporta os espectadores até “algures na serra, num planalto remoto e quase desértico onde não passa ninguém” e onde “três audaciosos cowboys, mais um rapaz tocador de pianola e uma sedutora e exuberante, cantora coxa, amiga do pianista, empreenderam um negócio rendável”: o
“Saloon Yé Yé”.

Em plena crise, num lugar inóspito, no meio do nada, uma empresa que não é fantasma – um Saloon! – tenta prosperar com a sua actividade de serviço público, mas o ambiente não está de feição e o saloon conhece sucessivos donos que, disputando o poder à boa maneira do oeste selvagem, tentam impor a sua lei, mas nunca por muito tempo: incorrigíveis corruptos cedo têm o destino que sabem que merecem.

Catt Pingado, Kid Mocas, Débora Boy, Xerife Olívia, Susy Carioca, Teclas Man, Lulu Quem-me-dera, Speedy Meu, FredySnif e Lucas Rosinha, mais Cavaca, o cavalo com cornos de vaca, são as personagens desta história, destrambelhada, dos nossos dias… ao sabor do velho oeste americano.

M/12 | Duração 90′ | bilhetes entre 6 e 10 euros


Em breve: Teatro Regional da Serra de Montemuro

Terça-feira, Janeiro 19th, 2010
Fotografia: @ Lionel Balteiro

Fotografia: @ Lionel Balteiro

O Teatro Regional da Serra de Montemuro (TRSM) apresenta “Saloon Yé-Yé – O Paraíso à Espera”, texto de Abel Neves, com encenação de Graeme Pulleyn pelo país. A digressão começa em Coimbra com dois espectáculos nos dias 29 e 30 deste mês. Mais informações brevemente.

O sítio oficial de TRSM aqui.

Criação artística em Portugal: contributos para uma nova política

Sexta-feira, Julho 24th, 2009

 

1

Entre 2001 e 2009, o orçamento do Ministério da Cultura baixou de 300 para 213 milhões de Euros. O peso do orçamento do Ministério no Orçamento Geral do Estado passou de 0,7 para 0,3%.

Ao fazer recentemente o balanço da actuação do seu executivo, o Primeiro-Ministro reconheceu, como em relação a nenhuma outra área, que o investimento público na Cultura ficou aquém do que seria desejável. Posteriormente, afirmou constituir a Cultura uma “prioridade” sua na próxima legislatura.

Relativamente a esta matéria, espera-se que todos os partidos exprimam com clareza a sua posição e, obviamente, antes das eleições. Importa saber que políticas propõem para o sector os candidatos ao Governo.

 

2

Em Outubro de 2008, as companhias de teatro profissional subscritoras do presente documento discutiram o modelo de financiamento público à criação artística em Portugal actualmente em vigor. Exprimiram então a sua preocupação com a sub-orçamentação do Ministério, e também com:

– a profusão de sucessivas alterações legislativas, que aí atingiu um pico surrealista: o mesmo governo alterou um modelo que ele próprio tinha criado, antes mesmo de este entrar em vigor;

– os efeitos devastadores que tal instabilidade provoca na vida e no trabalho das estruturas de criação artística que a ela estão sujeitas;

– a falta de discussão pública desta última alteração, que ocorreu em sentido inverso aos resultados da discussão havida apenas dois anos antes;

– a ambiguidade na definição do que é o serviço público nesta área;

– o agravamento das assimetrias regionais;

– o desconhecimento ou a desconsideração em relação aos custos da criação artística teatral;

– a subjugação das companhias à lógica de projecto pontual, ignorando o seu papel estrutural no sistema teatral do país e impedindo-as, na prática, de potenciar devidamente o seu trabalho;

– a incoerência legislativa quanto aos direitos dos trabalhadores do sector;

– a ausência de uma intervenção sustentada em matéria de internacionalização;

– a predominância dos factores quantitativos em detrimento dos aspectos qualitativos;

– a confusão entre número de espectadores e qualidade do trabalho artístico;

– as insuficiências reiteradas da formação artística no país;

 

Ignoradas (ou distorcidas) na altura, estas preocupações transformaram-se em certezas quanto à incapacidade do actual Governo para pensar e concretizar uma política cultural para o país.

Mesmo depois do reconhecimento – ou contrição – do próprio Primeiro-Ministro, não deixa de causar espanto que o Ministro da Cultura (que prometera “fazer mais com menos”) e as chefias intermédias por si tuteladas tenham vindo a público reiterar a defesa do seu entendimento e da sua actuação, procurando justificar o injustificável, manipulando dados, tentando dividir os agentes no terreno e procurando disfarçar a sua incompetência com acções supostamente mediáticas – beneficiando, é certo, da costumeira falta de espaço para a discussão séria de matéria cultural, tanto na comunicação social como no debate inter e intra-partidário.

 

3

Solidárias com o reconhecimento expresso pelo Primeiro-Ministro – que gostariam de ler como uma verdadeira intenção de alterar a forma de fazer política cultural em Portugal –, estas companhias de teatro vêm uma vez mais dar o seu contributo para a discussão, numa altura em que é imperioso assumir-se claramente compromissos com o país, de forma séria e vinculativa.

Não representam estas companhias mais ninguém além de si próprias. Reconhecem que o sector não tem estruturas representativas e que a tarefa dos governantes é, portanto, um pouco mais trabalhosa: exige idas ao terreno, auscultações, “trabalho de casa”; exige rigor e seriedade no diagnóstico dos problemas; exige frontalidade na apresentação de propostas e responsabilidade na acção – em democracia, os programas eleitorais e de governo são compromissos para cumprir e a sua violação uma falha grave, que exige (como é do senso comum), para além de desculpas, a sua imediata reparação.

É neste contexto que as seis companhias profissionais abaixo assinadas vêm renovar as suas propostas para o desenvolvimento sustentado do Teatro no nosso país, elemento fundamental de uma ambição mais vasta – a afirmação da criação artística nacional, dentro e fora do país, como um sector fundamental da intervenção do Estado, no âmbito de um projecto de sociedade mais justo e mais democrático.

Sediadas em algumas das cidades médias mais importantes do país – Braga, Coimbra, Évora, Faro e Covilhã –, todas elas com pólos universitários da maior relevância e com o que tal abrangência geográfica significa em termos de públicos directamente beneficiados com o seu trabalho, bem como em espaços culturais conquistados para o país e de potencialidades para uma efectiva e equilibrada descentralização da criação artística pelo território nacional, estas companhias propõem:

– o cumprimento imediato da meta do 1% do OGE afecto ao Ministério da Cultura;

– a revisão do actual modelo de financiamento público à criação artística, através de um processo em que as preocupações manifestadas pelos agentes que trabalham no terreno sejam efectivamente tidas em conta;

– a separação dos apoios à criação dos apoios à programação de salas de espectáculo, em nome da transparência e da eficácia do investimento público;

– a valorização de critérios qualitativos na avaliação dos projectos a apoiar, por oposição à lógica quantitativa dominante, supostamente neutral e mais objectiva, que tem presidido à relação do Estado com os agentes culturais e que foi radicalizada no modelo actualmente em vigor;

– a substituição do modelo generalizado dos “concursos” por um modelo misto: contratos-programa com as companhias e os agentes com provas dadas (limitados no tempo e sujeitos a competente avaliação regular por parte do Estado) e apoios específicos para novos criadores, que assim devem ver reforçados os apoios ao seu dispor;

– a implementação de objectivos específicos (e mensuráveis) a cada caso, na contratualização com cada uma das estruturas;

– o estabelecimento de protocolos estáveis e equilibrados com as autarquias das principais cidades do país tendo em vista a valorização das estruturas de criação aí sediadas e a maximização das potencialidades dos novos equipamentos culturais aí instalados;

– o reforço da exigência quanto à qualidade dos equipamentos apoiados pelo Estado, tanto no que diz respeito às infraestruturas como quanto aos seus modelos de funcionamento e programação, aplicando-a em todos os programas de suporte financeiro – da comparticipação das obras aos projectos de incentivo à circulação de espectáculos;

– a definição de prioridades estratégicas na afectação do investimento público, tendo em conta uma estruturação do território nacional que se articule com as outras dimensões do desenvolvimento do país, nomeadamente com uma política de cidades que promova um efectivo e realista combate à desertificação do interior do país;

– uma política de apoios à internacionalização, que seja não dirigista, capaz de reconhecer as relações estabelecidas e o trabalho desenvolvido pelas companhias existentes, potenciando relações de intercâmbio já amadurecidas, as quais têm sido ignoradas;

– o envolvimento dos criadores nacionais no incremento da formação artística e da sensibilização para as artes nos diferentes graus de ensino, desde o pré-escolar ao superior;

– a disponibilização dos meios públicos de comunicação social para a divulgação regular das iniciativas promovidas pelas companhias e pelos criadores individuais financiados pelo Estado, gratuitamente ou a preços simbólicos;

 

Coimbra, 24 de Julho de 2009.

 

A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra

ACTA – Companhia de Teatro do Algarve

Centro Dramático de Évora

Companhia de Teatro de Braga

Teatro das Beiras

Teatro de Montemuro