O Teatro das Beiras volta a Coimbra esta semana.
Bilhetes à venda. Reserve os seus lugares pelos contactos habituais do TCSB (239 718 238 / geral@aescoladanoite.pt)
O Teatro das Beiras volta a Coimbra esta semana.
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O mais recente espectáculo d’A Escola da Noite e o regresso do Teatro das Beiras e do Centro Dramático de Évora marcam a programação de Fevereiro do Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra. Um mês com muito teatro e as palavras de Bosco Brasil, Dario Fo e Karl Valentin. Já no dia 2, arranca a iniciativa “Flores de livro”, leitura de contos para a infância, que se mantém até Julho, todos os primeiros sábados de cada mês.
Até 10 de Fevereiro, o público pode assistir a “Novas diretrizes em tempos de paz”, de Bosco Brasil – a história de um emigrante polaco que desembarca no porto do Rio de Janeiro, em busca de uma nova vida como agricultor, no final da II Guerra Mundial. No cais, é colocado perante Segismundo, um oficial da alfândega que desconfia das suas intenções. Sem o salvo-conduto assinado por Segismundo, Clausewitz será obrigado a voltar ao cargueiro e a seguir viagem. Para a obtenção desse salvo-conduto, Segismundo propõe um desafio ao estrangeiro, o que leva as duas personagens a confrontar as suas memórias: de um lado um actor que perdeu familiares e amigos, do outro um ex-torturador que sempre cumpriu ordens. O espectáculo começou a sua carreira em Coimbra em Janeiro, com duas ante-estreias e conversas com o autor da peça, incluindo um debate sobre o tema dos refugiados. Mantém-se em cena até ao segundo fim-de-semana do mês e a sua temporada inclui algumas sessões especiais para o público escolar.
“Pagar? Aqui ninguém paga!”
Da Covilhã, o Teatro das Beiras traz a sua última produção – “Pagar? Aqui ninguém paga!”, do dramaturgo italiano Dario Fo, distinguido com o Nobel da Literatura em 1997. Trata-se de uma nova versão da sua conhecida peça “Non si paga! Non si paga!”, de 1974, uma obra marcante pelo seu carácter interventivo e pela sua atenção às preocupações sociais e politicas que caracterizavam a sociedade europeia dos anos oitenta do século XX. Em tom de comédia, a obra fala-nos de cidadãos em ruptura inconsciente com as regras de civilidade instaladas e alerta para os perigos do ressurgimento do fascismo perante as debilidades da coesão e da estruturação social. Com tradução e encenação de Gil Salgueiro Nave, director artístico do Teatro das Beiras, o espectáculo é apresentado em Coimbra nos dias 14 e 15 de Fevereiro (quinta e sexta-feira).
“Vou ou não vou esta noite ao teatro?”
De Évora, pela mão do CENDREV, chega o humor desconcertante de outro autor europeu, Karl Valentin (1882-1948). Reconhecido como um dos maiores autores cómicos de sempre, Karl Valentin utiliza o ilógico, o absurdo e uma aparente falta de sentido como estratégia para denunciar e contrariar os padrões estabelecidos para a sua época, entre os quais a guerra. O CENDREV não tem dúvidas quanto à pertinência da sua dramaturgia na Europa dos nossos dias, “também hoje caótica”. “A insistência insistência na falta de lógica e na gratuitidade dos acontecimentos – afirma a companhia alentejana – deixa de ser um absurdo e passa a funcionar como um espelho crítico de uma realidade incómoda”. O espectáculo chama-se “Vou ou não vou esta noite ao teatro?” e tem interpretação de José Russo (que encena), Maria Marrafa e Rui Nuno. Sobe ao palco do TCSB nos dias 21 e 22 de Fevereiro (quinta e sexta-feira). Tal como o espectáculo do Teatro das Beiras, a mais recente produção do Centro Dramático de Évora vem a Coimbra no âmbito da Culturbe – uma rede de programação financiada pelo QREN, desenvolvida em parceria entre o TCSB, o Theatro Circo de Braga e o Teatro Garcia de Resende, em Évora.
“Flores de Livro”
Já amanhã, 2 de Fevereiro, começa o ciclo “Flores de Livro”, com leituras de contos para a infância, feita pela animadora sócio-educativa Cláudia Sousa. Dirigidas a crianças com mais de 4 anos, as leituras são complementadas com uma mostra e venda de livros para a infância.
campanhas e condições especiais
Para facilitar o acompanhamento de todas estas actividades por parte do público, A Escola da Noite mantém activas as várias campanhas lançadas em 2012: “Até ao próximo” (em cada espectáculo é oferecido um vale que dá direito a um bilhete gratuito na compra de outro para o espectáculo seguinte); assinaturas TCSB (cartões que dão direito a 5 ou a 11 entradas com descontos que chegam a ultrapassar os 50%); “Teatro na Baixa” (vales de 20% de desconto oferecidos em cerca de 40 lojas da baixa da cidade). Mantêm-se, além disso, os descontos normalmente praticados: quintas no teatro (preço único, com 50% de desconto) e condições especiais para estudantes, maiores de 65 anos, profissionais e amadores de teatro, entre outros.
FEVEREIRO NO TCSB
quinta a domingo, 01 a 10
quinta a sábado, 21h30; domingos, 16h00 – TEATRO
Novas diretrizes em tempos de paz, de Bosco Brasil
A Escola da Noite
encenação António Augusto Barros elenco Igor Lebreaud e Miguel Lança figurinos e imagem gráfica Ana Rosa Assunção luz Danilo Pinto som Zé Diogo
M/16 > 50′ > 5 a 10 Euros
sábado, 02
10h00 e 11h30 – LEITURA DE CONTOS PARA A INFÂNCIA / EXPOSIÇÃO-VENDA
“Flores de Livro”
por Cláudia Sousa
M/4 > 60′ > 3 Euros; 5 Euros (criança + adulto)
quinta e sexta, 14 e 15
21h30 – TEATRO
Pagar? Aqui ninguém paga, de Dario Fo
Teatro das Beiras
tradução e encenação Gil Salgueiro Nave cenografia e figurinos Luís Mouro sonoplastia Hélder Gonçalves interpretação Fernando Landeira, Pedro Damião, Pedro da Silva, Sara Gabriel, Sónia Botelho desenho de luz Jay Collin
espectáculo no âmbito da rede Culturbe – Braga, Coimbra e Évora >
M/12 > 135′ com intervalo > 5 a 10 Euros
quinta e sexta, 21 e 22
21h30 – TEATRO
Vou ou não vou esta noite ao teatro, de Karl Valentin
Centro Dramático de Évora
encenação José Russo cenografia e figurinos Inês de Carvalho interpretação José Russo, Maria Marrafa, Rui Nuno música André Penas desenho de luz António Rebocho
espectáculo no âmbito da rede Culturbe – Braga, Coimbra e Évora >
M/12 > 90′ > 5 a 10 Euros
informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt
Em meados de Junho, o ex-Secretário de Estado da Cultura prometeu, na Assembleia da República e à comunicação social, que os concursos para apoio à criação artística nos próximos anos abririam até ao final de Setembro. Tal não aconteceu. A única coisa que saiu foi um comunicado lacónico da Direcção-Geral das Artes, recentemente retirado do site da instituição, dizendo que estavam a aguardar autorização das Finanças.
O Secretário de Estado da Cultura foi entretanto substituído, mas continua a não haver qualquer indicação sobre a abertura destes concursos. O novo titular da pasta não fez sequer qualquer declaração sobre a situação do sector.
O que significa que todas as estruturas de criação artística que são financiadas pelo Estado estão neste momento sem saber com o que podem contar para daqui a pouco mais de mês e meio. Estão impedidas de planificar a sua actividade e de concorrer a outros apoios, sem saber se podem manter os vínculos com os seus trabalhadores, sem saber se podem continuar a existir.
Como se isto não bastasse, surgiu entretanto um problema adicional. A DGArtes começou em Outubro a falhar os pagamentos contratualizados para este ano. As prestações relativas ao financiamento de 2012 previstas para o mês passado não foram pagas e a justificação que é dada é a mesma: aguarda autorização das Finanças.
Por causa disto, as companhias estão impedidas de honrar os compromissos com os seus trabalhadores, com fornedores e com o próprio Estado (impostos, segurança social, etc.). Em alguns casos, nomeadamente no que diz respeito a projectos comunitários, arriscam mesmo perder milhares de Euros por incapacidade de liquidar dentro dos prazos previstos despesas que seriam co-financiadas.
Mais uma vez se comprova que, para este Governo, os contratos assinados com os agentes culturais não são para levar a sério. O facto de não serem respeitados não merece sequer uma palavra das instituições (neste caso a Direção Geral das Artes) que teriam a obrigação de os executar – limitam-se, quando questionados, a descartar responsabilidades para o Ministério das Finanças.
Acontece que nos disseram que a cultura dependia directamente do Primeiro-Ministro.
É por isso a ele que exigimos:
– a regularização imediata das prestações relativas aos apoios de 2012, nos termos contratualizados;
– uma informação clara, com indicação de prazos e orçamentos, quanto à abertura dos concursos para apoio às artes nos próximos anos, como decorre do Decreto-Lei 196/2008, de 6 de Outubro.
Só assim se conseguirá evitar a desagregação completa do tecido cultural em Portugal, o encerramento de dezenas de estruturas profissionais por todo o país e o despedimento de centenas de trabalhadores.
13 de Novembro de 2012
A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra
ACERT
ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve
BAAL 17
Centro Dramático de Évora
Companhia de Teatro de Braga
F.C. Produções Teatrais
Jangada – Cooperativa de Teatro Profissional
Lendias d’Encantar
MARIONET
O Teatrão
Peripécia Teatro
Seiva Trupe – Teatro Vivo
Teatro Art’Imagem
Teatro das Beiras
Teatro do Montemuro
Teatro Extremo
Teatro Fórum de Moura
(lista de subscritores actualizada às 23h23)
Começa hoje, na Covilhã, um ciclo de ante-estreias do espectáculo “Novas diretrizes em tempos de paz”, de Bosco Brasil.
O espectáculo é às 21h30, no Auditório do Teatro das Beiras.
Amanhã, sábado, apresentamo-nos em Verride (Montemor-o-Velho), no âmbito do Festival de Outono do Centro Cultural. Aí, a sessão é apresentada do Auditório da AFUV – Asociação Filarmónica União Verridense.
Faça-nos companhia!