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Teatro do Montemuro traz teatro ao ar livre ao Pátio da Inquisição

Segunda-feira, Julho 8th, 2013

Pelo quarto ano consecutivo, A Escola da Noite volta a organizar uma noite de teatro ao ar livre no Pátio da Inquisição. O grupo convidado é presença habitual nas salas e nas praças de Coimbra: o público da cidade já não dispensa o ritmo e a boa disposição que o Teatro do Montemuro sempre traz de Campo Benfeito, a aldeia do concelho de Castro Daire em que está sediado. Desta vez, o espectáculo chama-se “Que raio de mundo” e está agendado para 12 de Julho, às 22h00. A entrada é livre e a festa é garantida, para todas as idades.

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foto: Lionel Balteiro

Com encenação de Graeme Pulleyn, o texto é uma criação colectiva do grupo e a história desenvolve-se a partir de um grande carvalho, plantado no largo de uma aldeia “esquecida pelo tempo e perdida no cimo de uma montanha”. Um dia, com a passagem de um peregrino pela aldeia, tudo muda: “o presidente da junta entra em estado de coma; o padre foge com uma das coristas para lugar incerto; a velha Zulmira, que dantes não se calava, deixa de falar; e Raimundo, o filho pródigo lá da terra, aparece com um norte coreano atrelado”…
“Algures entre um concerto de música, um espectáculo de teatro físico e um surreal comício político de um partido que ainda não existe”, o espectáculo propõe “uma parábola para o século XXI” e procura respostas para perguntas dificeis, mantendo sempre o registo de comédia: “Que raio de mundo é este? E como raio vamos evitar acabar com ele de vez?”
No elenco do espectáculo estão, para além dos três actores residentes da companhia de Campo Benfeito – Abel Duarte,  Eduardo Correia e Paulo Duarte –, Blandino Soares, Tanya Ruivo e a actriz e encenadora bem conhecida do público conimbricense Joana Pupo.
A apresentação do espectáculo em Coimbra é mais uma iniciativa no âmbito da rede Culturbe – Braga, Coimbra e Évora (projecto financiado pelo QREN) e da Plataforma das Companhias, estrutura informal que liga há vários anos A Escola da Noite, o Teatro de Montemuro e ainda a Companhia de Teatro de Braga, o Centro Dramático de Évora, o Teatro das Beiras e a ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve.

TEATRO (AR LIVRE)
Que raio de mundo
Teatro do Montemuro
12 de Julho, sexta-feira, 22h00
criação coletiva encenação Graeme Pulleyn direcção musical António Pedro música António Pedro e Blandino Soares cenografia Kevin Plumb figurinos Helen Ainsworth costureiras Capuchinhas crl e Maria do Carmo Félix interpretação Abel Duarte, Blandino Soares, Eduardo Correia, Joana Pupo, Paulo Duarte e Tanya Ruivo construção de cenários Carlos Cal assistência à cenografia e construção de cenários Maria da Conceição Almeida desenho de luz Paulo Duarte produção e comunicação Paula Teixeira estagiário Luís Duarte
Pátio da Inquisição > entrada gratuita > para todos os públicos

Novas diretrizes em Faro

Sábado, Fevereiro 16th, 2013

“Novas diretrizes em tempos de paz”, a mais recente produção d’A Escola da Noite, está hoje em Faro, no belo Teatro Lethes, às 21h30.

O convite é da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve. O prazer é nosso.

Faça-nos companhia!

Bagdad em Faro

Quinta-feira, Novembro 22nd, 2012

Miguel Magalhães e Maria João Robalo, "Nunca estive em Bagdad" (ensaio, foto de Eduardo Pinto)

A Escola da Noite apresenta este sábado em Faro, no Teatro Lethes, “Nunca estive em Bagdad”, de Abel Neves.

É um enorme prazer regressar a uma das mais bonitas salas do país, agora numa nova fase do seu longo historial. Desde Outubro, o Teatro Lethes é programado pela ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, uma das estruturas que integram a Plataforma das Companhias e com a qual mantemos laços de intercâmbio.

Faça-nos companhia!

 

Nunca estive em Bagdad
de Abel Neves

“Nunca estive em Bagdad” é, nas palavras do próprio autor, “uma história de amor em tempo de guerra”. Um jovem casal português muda uma vez mais de casa. Ao mesmo tempo, a guerra do Iraque de 2003 entra-lhes pela sala, transmitida em directo pela televisão. Entre o problema de Glória, que vai sendo revelado ao longo da peça, e a tragédia global de que Rogério não consegue descolar, vive-se um confronto de escalas que amplia o efeito de ambos na vida quotidiana do casal.

encenação Sofia Lobo elenco Maria João Robalo e Miguel Magalhães espaço cénico Ana Rosa Assunção e Sofia Lobo figurinos e imagem gráfica Ana Rosa Assunção luz Danilo Pinto som Zé Diogo

Faro, Teatro Lethes

24/11/2012, sábado, 21h30

M/12 > 1h30 com intervalo > 7,5 a 10 Euros

informações e reservas: 289 878 908, das 15h00 às 18h00

Concursos para apoio às artes 2013 – 2016: comunicado

Segunda-feira, Julho 9th, 2012

Já depois do Festival das Companhias, e na sequência de várias vozes que denunciaram o silêncio do Governo quanto ao futuro do apoio às artes em Portugal, o Secretário de Estado da Cultura prometeu em audição parlamentar apresentar “o cronograma” dos concursos para 2013 até ao final de Junho.

Não o fez. Em vez disso, o Director-Geral das Artes deu uma entrevista à Antena Um, apontando vagamente o mês de Setembro para a abertura de “todas as modalidades de apoio” (plurianuais, anuais, pontuais, tripartidos e internacionalização), para todas as áreas artísticas (teatro, dança, música, artes plásticas e cruzamentos disciplinares).

Alheio aos retratos de calamidade e de verdadeiro estado de sítio em que se encontram as estruturas de criação artística em Portugal, Samuel Rego não hesita em fazer um balanço “extremamente positivo” do seu primeiro ano à frente da Direcção-Geral das Artes e manifesta-se “feliz” com os resultados alcançados.

Questionado sobre o orçamento de que dispõe para abrir estes concursos (pelos quais passa, à excepção do cinema, o essencial do financiamento público à criação artística em Portugal), afirmou que ele só será revelado no aviso de abertura, em Setembro. Mas deixou cair um número, referindo-se ao montante aplicado pelo Governo, em 2012, no apoio directo às artes: 12 milhões de Euros.

Desconhecemos as intenções do Director-Geral das Artes ao referir este valor neste contexto, mas repudiamos antecipadamente qualquer eventual tentativa de o tomar como referência para a definição do orçamento para os próximos anos. Em 2012, o investimento do Estado nesta matéria resumiu-se aos contratos quadrienais e bienais, assinados em 2009 e em 2011 e em relação aos quais aplicou um corte de 38%!

Abrindo, como a lei prevê, todas as modalidades de apoio para o próximo ano, o Governo tem não só a obrigação de repor as verbas que excepcionalmente foram cortadas em 2011 e 2012 como também a de incluir o orçamento necessário aos apoios anuais e pontuais (que não funcionaram em 2012) e aos apoios à internacionalização (uma novidade introduzida, com valores simbólicos, pela actual equipa governativa).

Para além disso, o corte de 2012 foi feito na sequência de um outro corte (de 15%, aplicado em 2011 às estruturas com apoios quadrienais) e em cima dos resultados do último concurso para apoios bienais (2011-2012), que determinaram uma redução média de 18% (mas que no caso de algumas estruturas ultrapassou os 30%) em relação aos contratos do biénio anterior. Como se constata nos quadros anexos, o montante investido pelo Estado no apoio às artes sofreu, desde 2009, uma redução global de 43% (menos 8,8 milhões de Euros). Se considerarmos o valor médio por projecto ou estrutura apoiada, essa redução é ainda mais significativa: 48%.

Caso o Governo não reponha este valor, estaremos perante um logro, ainda por cima apresentado com a demagogia que os valores absolutos e a palavra “milhões” sempre facilitam. Mais grave ainda, estaremos perante o agravamento e a perpetuação da situação de desastre em que as estruturas de criação já estão neste momento – redução das equipas de trabalho ao mínimo, proliferação da precariedade dos seus colaboradores, endividamento crescente, incapacidade de planear a sua actividade e de assumir compromissos a médio prazo, consequente incapacidade de recorrer a outras eventuais fontes de financiamento. Dificuldades essas – recorde-se – que não resultam de nenhuma megalomania das estruturas ou de gastos não previstos. Elas decorrem exclusivamente do facto de o Estado ter cortado unilateralmente, em dois anos consecutivos, verbas que estavam contratualizadas.

Neste contexto, o único valor aceitável como referência nos concursos prometidos para Setembro é o montante que foi aplicado em 2009, na última vez que houve, em simultâneo, concursos para as quatro principais modalidades de apoio (quadrienais, bienais, anuais e pontuais). Só esse montante – 21 milhões de Euros – permitirá ao Governo falar de “manutenção” dos apoios e só com essa verba será possível manter condições mínimas para que a criação artística de serviço público sobreviva em Portugal.

9 de Julho de 2012

A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra
ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve
Centro Dramático de Évora
Companhia de Teatro de Braga
Teatro das Beiras
Teatro do Montemuro

Outras posições públicas destas companhias

10/06/2012 – Comunicado final do V Festival das Companhias

28/06/2010 – “O corte de 10% nos contratos com o Ministério da Cultura” [comunicado final do IV Festival das Companhias]

24/07/2009 – “Criação artística em Portugal: contributos para uma nova política”

14/06/2009 – Comunicado final do III Festival das Companhias

18/10/2008 – “Concursos de apoio às artes 2009: discussão pública”

29/08/2008 – Carta aberta ao Ministro da Cultura

“Sabina Freire” em Évora

Quinta-feira, Outubro 7th, 2010

Nos próximos dias 12 e 13 de Outubro, terça e quarta, às 21h30, A Escola da Noite e a Companhia de Teatro de Braga apresentam “Sabina Freire” de Manuel Teixeira Gomes, no Teatro Garcia de Resende, em Évora. “Sabina Freire” foi a primeira das co-produções que estas companhias concretizaram recentemente, com estreia e temporada inicialem Braga, no Theatro Circo, seguindo-se a apresentação em Coimbra, no Teatro da Cerca de São Bernardo. O espectáculo, com encenação de Rui Madeira, integrou o programa das Comemorações do Centenário da República e foi escolhido pela Presidência da República para assinalar as comemorações do Dia Mundial do Teatro deste ano, com uma apresentação especial no Museu dos Coches, em Lisboa. Esta apresentação em Évora decorre no âmbito da Plataforma das Companhias  — um grupo informal que reúne seis companhias de teatro profissional (A Escola da Noite , ACTA, CENDREV, Companhia de Teatro de Braga, Teatro das Beiras e Teatro de Montemuro) e da rede Culturbe — um projecto de programação em rede entre o Theatro Circo (Braga), o Teatro da Cerca de São Bernardo (Coimbra) e o Teatro Garcia de Resende (Évora).