A programação de Junho do TCSB inclui a estreia de dois espectáculos: “O Homem do Caminho”, a nova criação d’A Escola da Noite e da Quinta Parede, e “O Algoritmo da Epilepsia”, co-produção Marionet / TCSB.
Os Sábados para a Infância, com oficinas de teatro e música, o Clube de Leitura Teatral, com Graeme Pulleyn, e novas visitas do Guarda Chaves completam a programação do mês.
Faça-nos companhia!
Archive for the ‘teatro’ Category
Junho no TCSB
Sexta-feira, Junho 2nd, 2023“O Homem do Caminho” estreia amanhã no TCSB
Quarta-feira, Maio 31st, 2023Nesta pequena parábola sobre a nossa condição de fazedores de teatro, saltimbancos nesta sociedade que nos quer sossegados consumidores, somos resistência e desassossego.
José Caldas, sobre “O Homem do Caminho”
“O Homem do Caminho“, de Plínio Marcos, uma co-produção A Escola da Noite / Quinta Parede, estreia amanhã, quinta-feira 1 de Junho às 19h00. Com encenação de José Caldas, o espectáculo fica em cena durante três semanas, de quarta a domingo, no TCSB.
TEATRO | ESTREIA
O Homem do Caminho, de Plínio Marcos
enc. José Caldas
A ESCOLA DA NOITE / QUINTA PAREDE
1 a 18 de Junho de 2023
quartas e quintas-feiras, 19h00
sextas-feiras e sábados, 21h30
domingos, 16h00
> M/16 > 60 min > 5 a 10€
Informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt
bilheteira online
Estreia na quinta-feira: “O Homem do Caminho”, de Plínio Marcos
Terça-feira, Maio 30th, 2023Será sempre em praças sem liberdade,
em jardins sem flores,
debaixo do céu sem estrelas,
à beira de córregos por onde escoa a merda,
que devemos armar nossa poesia.
Plínio Marcos, conto “Sempre em frente”
A Escola da Noite e a Quinta Parede estreiam esta quinta-feira, em co-produção, “O Homem do Caminho”, de Plínio Marcos, com encenação de José Caldas. A peça é uma parábola que celebra a liberdade de expressão e apela ao desassossego e à inquietação, contra a paz podre dos “homens-pregos”.
Faça-nos companhia!
Escrito originalmente sob a forma de conto, em 1987, e posteriormente adaptado para monólogo, o texto é inspirado pelo universo circense e pela cultura cigana, com os quais Plínio conviveu de perto no início da sua carreira, nos seus tempos de palhaço Frajola.
Iur – a personagem única da peça – é um dos homens do caminho: anda sem termo, não teme fazer frente ao mistério e conta-nos esta história na primeira pessoa. Tem três nomes, um dos quais é desconhecido pelo próprio Iur. Essa condição é uma forma de enganar a morte: quando chegar a sua vez, ele não vai escutar o chamamento. Declara que um saltimbanco reúne três grandes artes: contar histórias, ser mestre de enganos e o sexo. Estas artes nómadas são apresentadas como um acto de libertação dos seus públicos – os homens “fixos”, associados a uma vida rígida, burocrática e repressiva, movidos pela posse e pela ganância; e as mulheres, contidas, silenciosas e presas às vidas “secas”, ao lado dos “homens-pregos”.
As histórias de Iur, que neste espectáculo são desdobradas nas várias vozes das suas personagens, oferecem uma reflexão sobre poder, egoísmo, manipulação, luta de classes e o sentido da existência humana, no limbo entre a liberdade e as amarras que a condicionam ou oprimem. No “Português amplo” que caracteriza a sua escrita (e que serviu de argumento para reiteradas proibições às mãos da censura brasileira), Plínio Marcos denuncia ainda os preconceitos e as discriminações que marcam a vida em sociedade, em particular sobre as mulheres e sobre grupos minoritários.
TRÊS SEMANAS, DE QUARTA A DOMINGO
O espectáculo é a terceira peça de Plínio Marcos apresentada pel’A Escola da Noite e conta com a adaptação e a encenação de José Caldas (que em 1998 dirigiu “A Serpente”, de Nelson Rodrigues). A interpretação está a cargo de Allex Miranda, do próprio José Caldas e ainda de Juliana Roseiro. O encenador partilha as autorias do espaço cénico (com Ana Rosa Assunção, responsável pelos figurinos), da música (com Allex Miranda) e do desenho de luz (com Danilo Pinto).
Com estreia marcada para a próxima quinta-feira, dia 1 de Junho, “O Homem do Caminho”, co-produção entre A Escola da Noite e a Quinta Parede, estará em cena no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra, até 18 de Junho, com sessões às quartas e quintas-feiras (19h00), às sextas e sábados (21h30) e aos domingos (16h00). É recomendado para maiores de 16 anos e tem a duração de 60 minutos.
Os bilhetes podem ser reservados pelos contactos habituais do TCSB (239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt) ou comprados através da ticketline. O preço da entrada é 10 Euros, sendo aplicável o desconto de meio bilhete a menores de 30 e a maiores de 65 anos, estudantes, desempregados/as, profissionais e amadores/as de teatro e às quintas-feiras (preço único).
Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
1 a 18 de Junho de 2023
quartas e quintas-feiras, 19h00
sextas-feiras e sábados, 21h30
domingos, 16h00
texto Plínio Marcos
adaptação e encenação José Caldas
interpretação Allex Miranda, José Caldas, Juliana Roseiro
espaço cénico Ana Rosa Assunção, José Caldas
música Allex Miranda, José Caldas
figurinos Ana Rosa Assunção
luz Danilo Pinto, José Caldas
montagem Danilo Pinto, Diogo Lobo, Eduardo Pinto, Rui Valente, Zé Diogo
execução de adereços Elsa Rajado, José Caldas, Joshua G. Ford
direcção de cena Juliana Roseiro
> M/16 > 60 min > 5 a 10€
Bilhetes à venda no TCSB, na TicketLine e nos locais habituais
Informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt
“O Homem do Caminho”, de Plínio Marcos: A Escola da Noite e a Quinta Parede estreiam co-produção a 1 de Junho
Quinta-feira, Maio 25th, 2023A Escola da Noite e a Quinta Parede estreiam em co-produção, no próximo dia 1 de Junho, no TCSB, “O Homem do Caminho”, de Plínio Marcos. Com encenação de José Caldas, o novo espectáculo fica em cena durante três semanas, de quarta a domingo.
Faça-nos companhia!
“O Homem do Caminho” é um monólogo teatral adaptado pelo autor brasileiro Plínio Marcos (1935-1999) a partir do conto “Sempre em frente”, que faz parte do segundo volume de “Histórias populares: canções e reflexões de um palhaço”, publicado em 1987. Com o mesmo título do monólogo, o texto foi posteriormente publicado como a terceira parte do livro de memórias circenses de Plínio Marcos, “O truque dos espelhos” (1999). É inspirado pelo universo circense e pela cultura cigana, com os quais Plínio conviveu de perto no início da sua carreira, nos seus tempos de palhaço Frajola.
Iur – a personagem única da peça – é um dos homens do caminho: anda sem termo, não teme fazer frente ao mistério e conta-nos esta história na primeira pessoa. Tem três nomes, sendo que um deles é desconhecido pelo próprio Iur. Essa condição é uma forma de enganar a morte: quando chegar a sua vez, ele não vai escutar o chamamento. Declara que um saltimbanco reúne três grandes artes: contar histórias, ser mestre de enganos, roubos e ilusões e o sexo. “O Homem do Caminho” apresenta as artes nómadas como um acto de libertação dos seus públicos, entre os quais se destacam, por um lado, os homens – “fixos” – associados a uma vida rígida, burocrática e repressiva; e, por outro lado, as mulheres – contidas, desoladas e silenciosas – presas às vidas “secas” ao lado dos “homens-pregos”.
As histórias de Iur oferecem uma reflexão sobre poder, egoísmo, manipulação, luta de classes e o sentido da existência humana, no limbo entre a liberdade e as amarras que a condicionam ou oprimem.
O espectáculo é a 76.ª criação d’A Escola da Noite e a terceira visita da companhia à obra de Plínio Marcos, depois de “Dois Perdidos Numa Noite Suja” (2004, com encenação de Sílvia Brito) e de “O Abajur Lilás” (2012, em co-produção com o Cendrev, encenação de António Augusto Barros). Insere-se na linha de trabalho dedicada à dramaturgia brasileira, que tem levado a companhia a apresentar obras de autores como Nelson Rodrigues (“A Serpente”, 1998), Cleise Mendes (“Noivas”, 2005) e Bosco Brasil (“Novas diretrizes em tempos de paz”, 2013).
José Caldas, encenador brasileiro há muitos anos radicado em Portugal, faz parte desse percurso da companhia – foi responsável pela encenação de “A Serpente”, estreada nos nossos primeiros anos de vida, na antiga sala-estúdio do Pátio da Inquisição. Na adaptação que fez para este espectáculo, Caldas (que partilha o palco com Allex Miranda e Juliana Roseiro) desdobrou as falas da personagem, acentuando o diálogo interior de Iur na reflexão que faz sobre o caminho que é preciso continuar a trilhar.
“O Homem do Caminho”, que foi apresentado em ante-estreia a 20 de Maio na Guiné-Bissau, estreia em Coimbra a 1 de Junho e mantém-se em cena no TCSB até dia 18, com sessões às quartas e quintas-feiras (19h00), às sextas e sábados (21h30) e aos domingos (16h00). É recomendado para maiores de 16 anos e tem a duração de 60 minutos. Os bilhetes, que já podem ser reservados pelos contactos habituais do TCSB (239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt) custam 10 Euros. O desconto de meio bilhete é aplicável a menores de 30 e a maiores de 65 anos, estudantes, desempregados/as, profissionais e amadores/as de teatro e às quintas-feiras (preço único).
TEATRO | ESTREIA
O Homem do Caminho, de Plínio Marcos
enc. José Caldas
A ESCOLA DA NOITE / QUINTA PAREDE
1 a 18 de Junho de 2023
quartas e quintas-feiras, 19h00
sextas-feiras e sábados, 21h30
domingos, 16h00
> M/16 > 60 min > 5 a 10€
Informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt
bilheteira online
“Ay, Carmela!”, pela Trincheira Teatro, estreia amanhã no TCSB
Quarta-feira, Maio 3rd, 2023A Trincheira Teatro estreia AMANHÃ, quinta 4 de Maio, às 19h00, no TCSB Ay, Carmela!, de Jose Sanchis Sinisterra. Dirigido por Pedro Lamas, o espectáculo fica em cena durante duas semanas, de quinta a domingo, até 14 de Maio.
Na sua primeira apresentação no TCSB, a Trincheira Teatro, fundada em 2014, estreia o espectáculo Ay, Carmela!, peça do dramaturgo espanhol Jose Sanchis Sinisterra. O texto foi escrito em 1986 e traz-nos a memória da Guerra Civil de Espanha. Paulino, um antigo artista de variedades itinerante, recorda entre ruínas o dia em que ele a sua companheira Carmela foram obrigados pelas forças nacionalistas a apresentar-se perante uma plateia composta pelas tropas e pelos seus prisioneiros. Carmela, que resistiu e acabou fuzilada pelos franquistas, surge a Paulino. Juntos, os dois artistas revisitam os dilemas, as escolhas e os compromissos que se puseram a cada um deles neste trágico episódio, reconstruindo passo a passo os acontecimentos que resultaram na morte da actriz.
O novo espectáculo da Trincheira Teatro é uma co-produção com o TCSB no âmbito da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses. Tem direcção de Pedro Lamas e conta com as interpretações de Diana Narciso e Hugo Inácio, cenografia e figurinos de Filipa Malva e desenho de luz de Jonathan de Azevedo.
Estreia a 4 de Maio e fica em cena até dia 14, com sessões às quintas e sextas-feiras (19h00), aos sábados (21h30) e aos domingos (16h00). No sábado, dia 13 Maio, haverá ainda uma sessão às 16h00 que, tal como a sessão de dia 14, contará com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Os bilhetes, que podem ser comprados online ou reservados pelos contactos habituais do TCSB, custam 10 Euros. É aplicado o desconto de meio bilhete a menores de 30 e a maiores de 65 anos, estudantes, pessoas desempregadas, profissionais e amadores de teatro e às quintas-feiras (preço único).
TEATRO | ESTREIA
Ay, Carmela!, de José Sanchis Sinisterra
TRINCHEIRA TEATRO
4 a 14 de Maio de 2023
quinta e sexta-feira, 19h00
sábado 6 de Maio, 21h30
sábado 13 de Maio, 16h00 e 21h30
domingo, 16h00
> M/14 > 100 min > 5 a 10€
co-produção: Trincheira Teatro / TCSB
Sessões com Língua Gestual Portuguesa
sábado e domingo, 13 e 14 de Maio, às 16h00
informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt
bilheteira online
José Sanchis Sinisterra (Valência, Espanha, 1940) é uma referência incontornável do teatro europeu contemporâneo. Distinguido com diversos prémios nacionais e internacionais, é autor das peças “Nhaque ou de Piolhos e Actores”, “Terror e Miséria no Primeiro Franquismo”, ou “O Cerco de Leninegrado”, entre várias outras. Dramaturgo, encenador e professor, Sinisterra fundou em Barcelona, em 1977, o Teatro Fronterizo e, em 1989, na sequência do trabalho experimental e de investigação que realiza neste colectivo, a Sala Beckett, um dos mais importantes espaços de criação, formação e pesquisa teatral da cena contemporânea ocidental. Em 1997 muda-se para Madrid, onde vem a fundar, em 2010, numa antiga fábrica de espartilhos, o Nuevo Teatro Fronterizo. Desenvolve um intenso trabalho de formação, dirigindo cursos em vários países da Europa e da América do Sul.
É um autor particularmente caro a A Escola da Noite, que em 2011 apresentou “Teatro Menor”, com textos da sua autoria, e o recebeu como orador nas Jornadas de Dramaturgia Espanhola Contemporânea, organizadas nessa altura.