No âmbito de mais uma colaboração com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, A Escola da Noite acolhe no TCSB a projecção de dois documentários nos dias 20 e 21 de Maio: “Nietos – identidad y memória”, de Benjamin Ávila (Argentina, 2004) e “Sambizanga”, de Sarah Maldoror (Angola, 1974). Ambos têm entrada gratuita e são seguidos de debate.
NIETOS. IDENTIDAD Y MEMORIA
de Benjamín Ávila
A partir de testemunhos de alguns dos filhos dos “desaparecidos” durante a ditadura militar em Argentina (1976-1983), Benjamin Ávila tenta recompor, a sua maneira, o tortuoso puzzle destas identidades construídas com base num passado que se (re)escreve com as buscas e reflexões do presente. Estas vozes, dos que sobreviveram aos quase 500 desaparecidos, se alimentam com a necessidade de sempre questionar, e lembrar repensando, a história, seguindo o exemplo das Avós da Praça de Maio.
segunda-feira, 20 de Maio, 21h30 > integrado no programa do Seminário Internacional “Violência, memórias e justiças no tempo presente” > comentário: Gabriel Gatti (Universidad del País Vasco)
SAMBIZANGA
de Sarah Maldoror
O filme problematiza o começo da luta de libertação em Angola (1961), com enfoque nas acções do MPLA, movimento nacionalista no qual o marido de Maldoror, Mário Pinto de Andrade, liderou politicamente. Sambizanga toma o seu título do bairro operário homónimo, em Luanda, onde existia a prisão que viu presos e torturados muitos dos combatentes pela libertação da altura. O guião é realizado por Mário Pinto de Andrade com base no livro do Luandino Vieira “A vida verdadeira do Domingos Xavier”. Como a própria realizadora declarou numa entrevista (http://spot.pcc.edu/~mdembrow/sambizanga.htm), o filme procurou: a) captar um momento particular na história angolana; b) apresentar um lado da história angolana pouco conhecido e contado a partir de uma perspetiva interna, e c) contar o começa da luta de libertação a partir da perspectiva duma mulher cuja vida é modificada pelo desenrolar da história.
terça-feira, 21 de Maio, 21h30 > integrado no programa do Ciclo de Cinema e Debate no âmbito das Comemorações do Dia de África > comentário: Cláudio Tomás (Universidade Agostinho Neto / ISCTE)