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Maio 22nd, 2013
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Balleteatro Kussungula

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Terminou em grande festa, como não podia deixar de ser, a noite de aniversário do Elinga. Depois da estreia de “As bondosas”, do brasileiro Ueliton Rocon, pelo grupo anfitrião, e de “Os Malefícios do Tabaco”, de Tchékhov, pelo Marado Teatro de Rua, o serão continuou com um largo brinde aos 25 anos do Elinga e muita música, marcada pelos ritmos de Angola, de Cuba e da Bahia.

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“As bondosas”, pelo Elinga Teatro

 

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“Os malefícios do tabaco”, pelo Marado Teatro de Rua

À tarde, tínhamos dado início ao workshop “A Escola da Noite: organização e percurso artístico”, na sede da Associação 25 de Abril. Catorze pessoas, oriundas de vários grupos de Luanda, um encenador cabo-verdiano e uma actriz e encenadora portuguesa compõem o grupo que nos acompanhará até à próxima sexta-feira. António Augusto Barros dirigiu a sessão, apresentando algumas das principais linhas artísticas que marcam o reportório d’A Escola da Noite: os clássicos da grande tradição teatral, Gil Vicente, a dramaturgia contemporânea (portuguesa, espanhola e brasiliera), a adaptação de textos não teatrais e a exploração do universo da literatura de língua portuguesa.

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A festa do teatro de língua portuguesa continua amanhã, com uma peça de Mena Abrantes representada pela Companhia de Teatro Gente, de Salvador (Bahia, Brasil).

 

Luanda, 21 de Maio de 2013

Né Barros: “estrangeiros somos todos”

Maio 21st, 2013

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Há lugares mais estrangeiros (para gente como nós) do que uma guitarra portuguesa, mas não na peça que Né Barros hoje, quinta-feira, estreia no pequeno auditório do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, pelas 22h00. “Estrangeiros”, diz-nos a coreógrafa no final de um ensaio, somos todos: de máquina fotográfica ao pescoço na praça Djemaa El-Fna, em Marraquexe, como na sua criação anterior (“a praça”, 2010), ou despidos até à alma diante da guitarra portuguesa de Alexandre Soares, como logo à noite em plena Capital Europeia da Cultura (não por acaso, pelo menos segundo o mito fundacional, a cidade menos “estrangeira” do país).

Em certo sentido, reconhece Né Barros, “Estrangeiros” retoma alguns tópicos (e um figurino, os calções dourados de Joana Castro) de “a praça”: “Como ponto de partida, os temas do lugar, da fronteira e da deslocação dominam muito os meus interesses. Mas o que me interessa é forçar o jogo entre o que há de interior e de exterior nesses temas: há um lado neles que é de contexto, de paisagem, de ambiente, e outro que é de condição humana.” […]

Inês Nadais

Público, 26/01/2012

TCSB – PROGRAMAÇÃO

VIDEODANÇA
UNTRACEABLE PATTERNS + A PRAÇA + STORY CASE
Balleteatro
22 de Maio de 2013
quarta-feira, 21h30
seguida de conversa com a Companhia
TCSBar > entrada livre

DANÇA
ESTRANGEIROS
de Né Barros
Balleteatro
direcção e coreografia Né Barros música Alexandre Soares e Jorge Queijo arte digital João Martinho Moura desenho de luz Alexandre Vieira adereços e figurinos Flávio Rodrigues e Né Barros interpretação Bruno Senune, Flávio Rodrigues, Joana Castro e Pedro Rosa (bailarinos), Alexandre Soares e Jorge Queijo (músicos) co-produção Balleteatro, Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, Teatro Nacional de São João
23 e 24 de Maio de 2013
quinta e sexta-feira, 21h30
M/18 > 1h15 > 6 a 10 Euros
seguido de conversa com o público após o espectáculo, no primeiro dia
espectáculo no âmbito da rede Culturbe – Braga, Coimbra e Évora

Hoje no TCSB: “Sambizanga”

Maio 21st, 2013

Para ver no grande ecran do TCSB esta noite, com os comentários de Cláudio Tomás, da Universidade Agostinho Neto:

DOCUMENTÁRIO / DEBATE
SAMBIZANGA
de Sarah Maldoror
(Angola, 1974)
21 de Maio de 2013
terça-feira, 21h30
seguido de comentário por Cláudio Tomás (Universidade Agostinho Neto / ISCTE) e debate com o público
org. Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, integrado no programa do Ciclo de Cinema e Debate no âmbito das Comemorações do Dia de África

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Maio 21st, 2013

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A Escola da Noite chegou esta manhã à capital angolana para participar no III Festival de Teatro e Artes de Luanda. O Festival comemora o 25º aniversário do Elinga Teatro e conta com a participação de 15 companhias de teatro, oriundas de seis dos oito países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

Mais de 70 pessoas destes países juntam-se à equipa do Elinga e à comunidade teatral angolana para mais uma festa do teatro em língua portuguesa.

Pela nossa parte, começámos logo a reencontrar amigos e velhos parceiros. No mesmo voo vieram o Rogério de Carvalho e o Ângelo Torres, integrados na comitiva do Teatro Griot. Já no hotel, juntámo-nos a João Branco, do Grupo de Teatro do Centro Cultural do Mindelo (Cabo Verde) e aos Parodiantes da Ilha, de São Tomé, liderados pelo Ayres Major. Foi a estes grupos que coube, de resto, a programação da noite de hoje. Às 20h30, os Parodiantes apresentaram “O Rei do Obó” e às 23h00 o grupo de Cabo Verde apresentou “Teorema do Silêncio”, texto do dramaturgo cabo-verdiano Caplan Neves, dirigido por João Branco. A sala do Elinga, quase cheia, mantém a magia que a torna tão especial no contexto do intercâmbio teatral lusófono.

Lembrámos entre risos, na conversa com o José Mena Abrantes, director do grupo anfitrião: há 5 anos, quando celebrámos aqui os vinte anos do grupo, pensávamos estar na última iniciativa a ter lugar no histórico edifício, já então ameaçado de demolição para dar lugar a um silo-auto. Resistiu por cinco anos e – haja fé! – há-de resistir mais uns quantos…

A digressão d’A Escola da Noite, apoiada pela Direcção-Geral das Artes no âmbito dos apoios à internacionalização 2013, inclui a apresentação de uma sessão de “Novas diretrizes em tempos de paz”, de Bosco Brasil (no dia 23 de Maio) e a realização de um workshop ao longo de quatro dias. Começa amanhã à tarde e terá lugar nas já nossas conhecidas instalações da Associação 25 de Abril, também no centro de Luanda. À noite, e porque é o dia de aniversário do Elinga, temos a companhia da casa a apresentar espectáculo (“As bondosas”, de Ueliton Rocon) e um “momento musical” a animar a festa.

Parabéns, Elinga!

 

Luanda, 20 de Maio de 2013

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"O Rei do Obó", Parodiantes da Ilha (São Tomé e Príncipe)

“O Rei do Obó”, Parodiantes da Ilha (São Tomé e Príncipe)

"Teorema do Silêncio", Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo (Cabo Verde)

“Teorema do Silêncio”, Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo (Cabo Verde)

 

“Estrangeiros”: Balleteatro regressa a Coimbra com a música ao vivo de Alexandre Soares e Jorge Queijo

Maio 20th, 2013

A Escola da Noite acolhe esta semana no TCSB a companhia de dança Balleteatro, do Porto. “Estrangeiros”, com direcção artística e coreografia de Né Barros, conta com a música e as interpretações ao vivo de Alexandre Soares e Jorge Queijo. Na véspera do primeiro espectáculo,  são exibidos três objectos de videodança produzidos pelo grupo, no bar do Teatro.

"Estrangeiros", pelo Balleteatro (foto: Luís Ferraz)

“Estrangeiros”, pelo Balleteatro (foto: Luís Ferraz)

Numa semana cheia de propostas no TCSB, A Escola da Noite volta a acolher, 13 anos depois de “Delete”, uma produção do Balleteatro. “Estrangeiros” sobe ao palco na quinta e na sexta-feira à noite (23 e 24 de Maio) e junta em palco quatro bailarinos (Bruno Senune, Flávio Rodrigues, Joana Castro e Pedro Rosa), dois músicos (Alexandre Soares e Jorge Queijo) e a arte digital de João Martinho Moura.
O espectáculo estreou no ano passado, no âmbito da Guimarães 2012 e é uma co-produção entre o Balleteatro, a Capital da Cultura e o Teatro Nacional de São João.
A coreógrafa define-o como “um projecto para desfrutar dos corpos e das suas imagens”. Inspirando-se na obra “O Estrangeiro”, de Albert Camus, Né Barros afirma: “aparentemente carregados de identidade, os estrangeiros são, afinal, figuras transversais esvaziadas”, são “deslocações ora de clichés de identificação, ora de estranhezas genuínas comportamentais”. “Estas figuras – acrescenta – oscilam entre um colectivo, um padrão, e um impessoal, solitário. Isolados, os estrangeiros vão cumprindo, exterior ou interiormente, a ideia de um estrangeiro face ao mundo que nos persegue”.

videodança serve de aperitivo
Na sequência das programações mais vastas que A Escola da Noite gosta de fazer com os artistas e estruturas que convida a apresentarem-se no TCSB (como nas residências artísticas, por exemplo), também este regresso do Balleteatro a Coimbra terá mais do que a simples apresentação do espectáculo. Na quarta-feira, dia 22 de Maio, são projectados no bar do Teatro três filmes relativos a três produções anteriores do grupo: “Untraceable Patterns”, “A Praça” e “Story Case”.
Na quinta-feira, logo após a primeira apresentação de “Estrangeiros”, o público é convidado a participar numa conversa informal com a equipa artística do espectáculo, podendo aprofundar o conhecimento sobre o trabalho e o percurso criativo da companhia, fundada na cidade do Porto em 1983.
A projecção dos filmes tem entrada gratuita e os bilhetes para os espectáculos custam entre 6 e 10 Euros, sendo aconselhável efectuar reserva pelos contactos habituais d’A Escola da Noite /TCSB.
O Balleteatro foi fundado em 1983. O projecto inclui uma escola profissional e uma companhia de dança, para além da programação do auditório do grupo, na cidade do Porto. Treze anos depois do acolhimento de “Delete”, ainda na antiga sala do Pátio da Inquisição, A Escola da Noite volta a ter o prazer de receber o grupo no seu espaço, desta vez no âmbito da rede Culturbe – Braga, Coimbra e Évora. Os bilhetes custam entre 6 e 10 Euros e as reservas podem ser feitas pelos contactos habituais do TCSB.

TCSB – PROGRAMAÇÃO

VIDEODANÇA
UNTRACEABLE PATTERNS + A PRAÇA + STORY CASE
Balleteatro
22 de Maio de 2013
quarta-feira, 21h30
seguida de conversa com a Companhia
TCSBar > entrada livre

DANÇA
ESTRANGEIROS
de Né Barros
Balleteatro
direcção e coreografia Né Barros música Alexandre Soares e Jorge Queijo arte digital João Martinho Moura desenho de luz Alexandre Vieira adereços e figurinos Flávio Rodrigues e Né Barros interpretação Bruno Senune, Flávio Rodrigues, Joana Castro e Pedro Rosa (bailarinos), Alexandre Soares e Jorge Queijo (músicos) co-produção Balleteatro, Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, Teatro Nacional de São João
23 e 24 de Maio de 2013
quinta e sexta-feira, 21h30
M/18 > 1h15 > 6 a 10 Euros
seguido de conversa com o público após o espectáculo, no primeiro dia
espectáculo no âmbito da rede Culturbe – Braga, Coimbra e Évora