Posts Tagged ‘manifesto em defesa da cultura’

A Escola da Noite acolhe debate do manifesto em defesa da cultura

Terça-feira, Janeiro 22nd, 2013

A Escola da Noite acolhe esta sexta-feira à noite, no TCSB, o primeiro debate do ciclo “A cultura em trabalho(s)”, organizado pelo Núcleo de Coimbra do Manifesto em Defesa da Cultura. Dedicado ao teatro, este primeiro debate conta com as intervenções de João Brites (Teatro O Bando), Luís Serrano (Loucomotiva – Grupo de Teatro de Taveiro) e Patrícia Antunes (CITAC). O programa, que tem entrada livre, começa às 21h30, com a ante-estreia de “Novas diretrizes em tempos de paz”, o mais recente espectáculo d’A Escola da Noite.

O ciclo “A cultura em trabalho(s)” foi hoje apresentado em conferência de imprensa pelos organizadores e prossegue no dia 8 de Fevereiro, com o debate dedicado ao cinema. Terá lugar na Casa das Caldeiras e conta com as participações de António Ferreira (realizador), Susana Duarte (realizadora e professora universitária), Bárbara Janicas (estudante da ESTC) e Sérgio Dias Branco (coordenador dos Estudos Fílmicos da FLUC).

 

Bosco Brasil em Coimbra num fim-de-semana de cheio de actividades

Segunda-feira, Janeiro 21st, 2013

A menos de uma semana da estreia de “Novas diretrizes em tempos de paz” (adiada para 31 de Janeiro), A Escola da Noite propõe um fim-de-semana repleto de actividades no TCSB. Duas ante-estreias do seu novo espectáculo, um debate sobre o tema dos refugiados, uma sessão de leituras de outras peças do autor, um debate do movimento 1% para a cultura e ainda uma conversa no âmbito do III Encontro de Cenografia, que decorre na cidade.
Razões de sobra vir ao TCSB nos próximos dias 25 e 26 de Janeiro!

A programação tem início na sexta-feira à tarde (17h30), com o debate público “Refugiados: A nova guerra dos tempos de paz”. O tema é suscitado pelo espectáculo que A Escola da Noite tem em preparação, a história de um ex-actor polaco que chega ao Brasil em Abril de 1945, fugindo da devastação provocada pela II Guerra Mundial. O próprio autor assume o “engajamento político” do texto que escreveu em 2001, com o qual venceu os Prémios Shell e APCA de melhor autor. Faz questão, aliás, de oferecer as verbas relativas aos direitos de autor por este espectáculo a ONG que trabalhem no apoio a refugiados, nos diferentes países em que “Novas diretrizes” é apresentado.
Partilhando com Bosco a preocupação com um dos grandes flagelos que afecta a humanidade nos dias de hoje, A Escola da Noite decidiu organizar um debate público sobre o assunto, que contará com as intervenções do autor, do professor de relações internacionais e investigador universitário José Manuel Pureza e de Teresa Tito de Morais, presidente do Comité Português para os Refugiados, a ONG parceira em Portugal do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

1% para a cultura
À noite, após a primeira das duas ante-estreias agendadas para este fim-de-semana (ambas com entrada livre), A Escola da Noite acolhe no TCSB o primeiro de um ciclo de debates organizados pelo Núcleo de Coimbra do Manifesto em Defesa da Cultura, assinalando a passagem do primeiro aniversário do documento. Tempo para um balanço da actividade desenvolvida ao longo dos últimos meses – com destaque para o “dia em defesa da cultura”, que mexeu com as ruas da cidade no final de Setembro de 2012 – mas também para preparar novas formas de valorizar e discutir a importância do financiamento público da actividade artística.

o teatro de Bosco
Aproveitando a presença de Bosco Brasil na cidade, a companhia de Coimbra não quis deixar de partilhar com o público um pouco mais da sua obra. No sábado à tarde, pelas 16h00, os actores d’A Escola da Noite farão uma leitura pública de excertos de outras peças suas, após a qual será possível trocar impressões com o dramaturgo, num modelo recentemente ensaiado, com sucesso, no âmbito das jornadas de dramaturgia espanhola contemporânea.

encontro de cenografia
Finalmente, A Escola da Noite tem o prazer de se associar ao programa do III Encontro Nacional de Cenografia, que decorre em Coimbra entre 26 e 27 de Janeiro, trazendo à cidade os mais importantes nomes da cenografia e da concepção de figurinos em Portugal. Depois de mais uma ante-estreia especialmente dedicada aos participantes do Encontro (também às 21h30), a noite de sábado incluirá ainda uma conversa informal entre os artistas presentes, alargada ao público em geral.

A estreia oficial de “Novas diretrizes em tempos de paz”, inicialmente prevista para 24 de Janeiro, foi adiada uma semana. O espectáculo ficará em cena entre 31 de Janeiro e 10 de Fevereiro, de quinta a sábado às 21h30 e aos domingos às 16h00. Entre 5 e 8 de Fevereiro, A Escola da Noite agendará ainda, mediante marcações prévias que já estão abertas, sessões especiais para o público escolar (ensino secundário) da cidade e da região.

A Escola da Noite / TCSB

programação

sexta-feira, 25/01
17h30
Refugiados: A nova guerra dos “tempos de paz”

DEBATE PÚBLICO COM:
Bosco Brasil
dramaturgo, autor de “Novas diretrizes em tempos de paz”
José Manuel Pureza
professor de relações internacionais e investigador universitário,
co-coordenador do Núcleo de Humanidades, Migrações e Estudos para a Paz do CES/UC
Teresa Tito de Morais
presidente do Conselho Português para os Refugiados
[entrada livre]

21h30
ante-estreia de “Novas diretrizes em tempos de paz”
[M/16 > entrada livre]

22h30
debate sobre o financiamento público da cultura
org. Núcleo de Coimbra do Manifesto em Defesa da Cultura
[entrada livre]

sábado, 26/01
16h00
leitura de excertos de peças de Bosco Brasil
pelos actores d’A Escola da Noite, seguida de conversa com o autor

21h30
ante-estreia de “Novas diretrizes em tempos de paz”
[M/16 > entrada livre > no âmbito do programa do III Encontro Nacional de Cenografia]

22h30
conversa com o autor, a equipa artística do espectáculo e os participantes do III Encontro Nacional de Cenografia
[entrada livre]

31 de Janeiro a 10 de Fevereiro
quinta a sábado, 21h30
domingos, 16h00
“Novas diretrizes em tempos de paz”, de Bosco Brasil
pel’A Escola da Noite
[M/16 > 5 a 10 Euros]

informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

manifesto em defesa da cultura: reunião no TCSB

Quarta-feira, Janeiro 2nd, 2013

Dia em defesa da cultura - Coimbra, 29/09/12 (foto: Paulo Abrantes)

Amanhã à noite (21h30) há reunião do Núcleo de Coimbra do Manifesto em Defesa da Cultura. É no bar do Teatro da Cerca de São Bernardo e, como sempre, é aberta a todos/as.

Na ordem de trabalhos está a discussão das próximas actividades a realizar, incluindo a celebração do primeiro aniversário do Manifesto.

Todas as pessoas e ideias são bem-vindas. Apareçam!

carta aberta

Quarta-feira, Outubro 31st, 2012

O Núcleo de Coimbra do Manifesto em Defesa da Cultura lançou ontem uma carta aberta, na sequência do Dia em defesa da cultura e a propósito da proposta de Orçamento Geral do Estado que está a votação.

A Escola da Noite transcreve-a na íntegra e associa-se à pergunta que nela é feita:

 

O ORÇAMENTO “ADEQUADO”?
[Carta aberta aos membros do Executivo Municipal e da Assembleia Municipal de Coimbra e aos deputados eleitos pelo distrito de Coimbra]

27 iniciativas culturais em 14 espaços diferentes da cidade. Cerca de 80 artistas envolvidos, para além de membros do Manifesto em Defesa da Cultura. 1345 novos subscritores do manifesto nacional. Mais de três mil pessoas a assistir às actividades realizadas.

No passado dia 29 de Setembro, Coimbra deu um sinal muito forte em defesa da cultura. E, em concreto, em defesa da importância da criação artística na vida das pessoas, mesmo quando outras necessidades básicas estão ameaçadas pelas políticas de austeridade.

O Manifesto em Defesa da Cultura defende e justifica o reforço do investimento público na cultura como única forma de salvaguardar a diversidade da oferta e a todos os cidadãos a possibilidade de a ela acederem, independentemente da sua condição económica, localização geográfica ou outra. Denuncia a situação de catástrofe, social, cultural e civilizacional que a política de austeridade que sucessivos Governos PSD, CDS e PS – e agora com a Troika – vêm provocando. Exige o cumprimento da Constituição da República, quanto ao seu Artigo 78º, no que toca às garantias pelo Estado de um serviço público de cultura e do livre acesso à criação e fruição culturais. Estabelece um objectivo, ao mesmo tempo, aparentemente, irrisório e ambicioso: 1% do Orçamento Geral do Estado (OGE) para a Cultura.

Irrisório porque 1% é 1%. Um por cento do OGE significa 1% do peso destas actividades no conjunto da acção do Estado, no conjunto do investimento que é feito em nome de todos para o interesse colectivo, no conjunto das preocupações e da intervenção de quem governa o país.
Objectivo ambicioso, por outro lado, porque não podemos deixar de olhar para o que temos e para o que tem acontecido. Os sucessivos cortes no orçamento destinado à cultura têm reduzido de forma sistemática o peso da cultura no conjunto do investimento público. Ele representa hoje pouco mais do que 0,1% do OGE. Dez vezes menos, portanto, do que a “irrisória” meta que se reivindica (e que é internacionalmente recomendada como mínimo razoável, por exemplo, na Agenda 21 da Cultura, apresentada em Barcelona em 2004). Ambicioso, ainda, porque é enunciado num momento em que todas as áreas de investimento público sofrem uma pesada retracção e em que o discurso dominante procura impor “prioridades” e “prevalências” entre os diferentes direitos sociais, como se tivesse sido a garantia destes direitos a causar a crise em que estamos.

A isso respondeu, de forma muito significativa, a população de Coimbra. Recusou a demagogia e a chantagem e disse que não aceita esta aniquilação da cultura, no país e na cidade. Mostrou que sabe o que tem a perder e que não quer deixar de usufruir do trabalho dos seus artistas. Que corresponderam, demonstrando a sua consciência da dimensão social do seu trabalho, entregando-se generosamente a esta reivindicação, simultaneamente defendendo a sua dignidade profissional e a dimensão humana, colectiva e emancipatória da sua actividade.

Soube-se a 16 de Outubro que a proposta de Orçamento do Estado para 2013 prevê a manutenção do 0,1% para a Cultura e que o ex-responsável pela tutela, Francisco José Viegas, achava esse valor “adequado”. Se entretanto mudou o Secretário de Estado, mantém-se inalterado o Orçamento.
É altura dos eleitos com responsabilidade na matéria se pronunciarem. Os membros do executivo autárquico e Assembleia Municipal, que certamente aceitarão que o recente reconhecimento nacional da qualidade da programação cultural de Coimbra é também devedora da vitalidade até agora demonstrada pelos agentes culturais da cidade e que viram a sua cidade contestar na rua o subfinanciamento da cultura, também consideram “adequada” a situação? Os deputados eleitos por Coimbra, que vão discutir e votar o Orçamento de Estado sabendo que há no seu distrito várias estruturas profissionais à beira de desaparecerem, teatros a encerrar, museus em serviços mínimos – situação que a população de Coimbra mostrou recusar veementemente – também julgam que este orçamento é “adequado”?

O Núcleo de Coimbra do Manifesto em Defesa da Cultura
25 de Outubro de 2012

reunião do movimento em defesa da cultura

Quinta-feira, Outubro 11th, 2012

Dia em defesa da cultura em Coimbra (29 Set.) - concerto no Pátio da Inquisição (foto: Pedro Rodrigues)

Na próxima terça-feira, dia 16 de Outubro, há reunião do Núcleo de Coimbra do Manifesto em Defesa da Cultura. Tem lugar na Tabacaria da Oficina Municipal do Teatro, pelas 21h30.

Servirá para fazer o balanço das actividades do dia 29 e para pensar e planear novas actividades.

Como sempre, a reunião é aberta a todos/as quantos/as queiram aparecer.

São todos/as bem-vindos/as!