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“Auto dos Físicos”: médicos e professores com condições especiais

Quarta-feira, Setembro 24th, 2014

É já amanhã a estreia de “Auto dos Físicos”, de Gil Vicente.

O espectáculo fica em cena para o público em geral por apenas 4 dias – até domingo, dia 28 -, pelo que aconselhamos vivamente a reserva antecipada de lugares.

Desta vez, oferecemos condições especiais a duas classes profissionais:

– no âmbito da co-produção com a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, os MÉDICOS têm direito à oferta de um bilhete na compra de outro a preço normal. Este espectáculo também é deles e por isso são convidados a convidar os seus amigos;

– o espectáculo mantém-se em cena para o público escolar até 13 de Novembro, em sessões especiais, realizadas em horário diurno, mediante marcação prévia. Para que possam conhecer antecipadamente o espectáculo e preparar a vinda ao teatro com os seus alunos, os PROFESSORES têm entrada gratuita em qualquer uma destas sessões.

Faça-nos companhia!

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Miguel Magalhães, Filipe Eusébio e Maria João Robalo, “Auto dos Físicos”

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Miguel Magalhães, Maria João Robalo, Igor Lebreaud, Filipe Eusébio e Sofia Lobo, “Auto dos Físicos”

 

Auto dos Físicos
de Gil Vicente
pel’A Escola da Noite
encenação António Augusto Barros interpretação Filipe Eusébio, Igor Lebreaud, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Sofia Lobo elemento cénico João Mendes Ribeiro figurinos e adereços Ana Rosa Assunção apoio vocal Sofia Portugal luz Rui Valente som Zé Diogo vídeo Eduardo Pinto co-produção A Escola da Noite / Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos

ESTREIA E TEMPORADA PARA O PÚBLICO EM GERAL
25 a 28 de Setembro
quinta a sábado, 21h30; domingo, 16h00
Teatro da Cerca de São Bernardo
5 a 10 Euros
entrada gratuita para professores

SESSÕES PARA ESCOLAS
30 de Setembro a 13 de Novembro
terça a quinta-feira, 11h00 ou 15h00
Teatro da Cerca de São Bernardo
3 Euros / aluno; entrada gratuita para professores acompanhantes e alunos abrangidos pelo escalão A da ASE

informações e reservas: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

Hoje no Pavilhão Centro de Portugal: ante-estreia de “Auto dos Físicos”

Domingo, Setembro 14th, 2014

FILIPE
Fazei o que vos eu digo
qu’essa febre é velhaca
procede da cardiaca.
Atentais no que vos digo?
Até vermos se se apraca
faç’ele embora as ourinas
e pola menhã eu virei
entendeis? e vos direi
entendeis? se são sanguinhas
entendeis? Entam virei.

Igor Lebreaud, Miguel Magalhães e Sofia Lobo, ensaios de "Auto dos Físicos" (foto: Pedro Rodrigues)

Igor Lebreaud, Miguel Magalhães e Sofia Lobo, ensaios de “Auto dos Físicos” (foto: Pedro Rodrigues)

É já hoje a ante-estreia de “Auto dos Físicos”!

Acontece no âmbito das comemorações dos 35 anos do Serviço Nacional de Saúde, no Pavilhão Centro de Portugal, pelas 17h00. Tem entrada gratuita.

Venha rir por último, connosco e com a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos. E com Gil Vicente, claro!

Auto dos Físicos
de Gil Vicente
pel’A Escola da Noite
encenação António Augusto Barros interpretação Filipe Eusébio, Igor Lebreaud, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Sofia Lobo elemento cénico João Mendes Ribeiro figurinos e adereços Ana Rosa Assunção co-produção A Escola da Noite / Ordem dos Médicos

ANTE-ESTREIA
14 de Setembro
domingo, 17h00
Pavilhão Centro de Portugal
entrada livre
no âmbito das comemorações do 35º aniversário do Serviço Nacional de Saúde

ESTREIA E TEMPORADA PARA O PÚBLICO EM GERAL
25 a 28 de Setembro
quinta a sábado, 21h30; domingo, 16h00
Teatro da Cerca de São Bernardo
5 a 10 Euros
entrada gratuita para professores

SESSÕES PARA ESCOLAS
30 de Setembro a 13 de Novembro
terça a quinta-feira, 11h00 ou 15h00
Teatro da Cerca de São Bernardo
3 Euros / aluno; entrada gratuita para professores acompanhantes e alunos abrangidos pelo escalão A da ASE

informações e reservas: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

 

Rir por último

Segunda-feira, Setembro 8th, 2014
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Igor Lebreaud, Miguel Magalhães e Sofia Lobo, ensaio de “Auto dos Físicos” (foto: Pedro Rodrigues)

Começam hoje as comemorações do 35º aniversário do Serviço Nacional de Saúde, organizadas pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

A Escola da Noite, que integra a programação com a ante-estreia de “Auto dos Físicos”, tem orgulho em viver num país que soube inventar o SNS. E não aceita que o destruam.

 

"Auto dos Físicos" (ensaio; foto: Pedro Rodrigues)

Miguel Magalhães e Filipe Eusébio, ensaio de “Auto dos Físicos” (foto: Pedro Rodrigues)

RIR POR ÚLTIMO

Um século antes de Molière escrever “O doente imaginário”, Gil Vicente resolveu brincar com os médicos da Corte, caricaturando quatro dos mais conhecidos “físicos” da sua época.

Na senda do que é uma irresistível tentação dos artistas desde a Antiguidade e dentro do espírito bem humorado com que nos deixou retratado o Portugal de Quinhentos, Vicente não podia ignorar uma “classe” que, pela matéria com que trabalha e pelo estatuto que adquire, sempre suscita entre os comuns mortais uma mistura de sentimentos: admiração, respeito, idolatria, desconfiança, suspeita, inveja, inquietação. Não por acaso, eles são aqui colocados “a par” dos padres – uma “razão a mais – escreveu Alberto da Rocha Brito em 1936 – para estarmos nós, os médicos, gratos a Gil Vicente pela amável companhia dada aos nossos quatro remotíssimos colegas”.

Vem mais do que nunca a propósito o velho ditado: “rir é o melhor remédio”. Se é certo que os contraditórios diagnósticos que os quatro médicos trazem à cena terão divertido a plateia da época, é hoje um desafio perceber se o humor de Vicente sobreviveu ao passar dos séculos. Tal como é motivador avaliar até que ponto mantemos – não obstante os avanços da ciência e da técnica, as alterações nas hierarquias sociais e as dificuldades com que nos confrontamos no dia-a-dia – a capacidade de nos rirmos, sobretudo das coisas sérias e incluindo de nós próprios.

Assim como Gil Vicente e os seus espectadores se divertiram com estes “físicos”, também vários médicos se divertiram, ao longo dos anos, a escalpelizar a peça e os “actos médicos” nela enunciados. Ricardo Jorge, Egas Moniz, Maximiano Lemos e Rocha Brito são apenas alguns exemplos do interesse que o texto tem suscitado entre a classe.
Muitos destacam a fidelidade das prescrições ao conhecimento médico-científico que existia na altura, o que não deixa de ser assinalável e contém um inegável interesse histórico. Mas é ainda mais relevante o diálogo construído pelo autor entre o conhecimento científico, a sabedoria popular e uma miríade de crendices e superstições, muitas das quais perduram até aos nossos dias. É frequentemente assinalado o génio de Gil Vicente, materializado na capacidade de ver além do seu tempo e de transformar essa visão em objectos artísticos. Eis, na forma desassombrada e sem preconceitos com que nos apresenta estas diferentes formas de conhecimento, uma prova mais da contemporaneidade de um homem que viveu e escreveu há 500 anos.
Numa outra perspectiva, não obrigatoriamente contraditória com este registo, há quem não tenha dúvidas em afirmar que o verdadeiro alvo da sátira não são os médicos em si (e muito menos os quatro escolhidos como personagens), mas a própria medicina que em Portugal se praticava na altura – “estagnada, enquistada, cristalizada nos velhos moldes da escolástica” (Alberto da Rocha Brito). A par da moralidade cristã que nunca escondeu, Gil Vicente integra na sua obra marcas de inconformismo e preocupações com um mundo mais livre e mais humano que ainda hoje nos interpelam.

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Filipe Eusébio e Maria João Robalo, ensaio de “Auto dos Físicos” (foto: Pedro Rodrigues)

Não é necessário recuar 500 anos nem sair de Portugal para perceber que o mundo e as condições de vida podem melhorar. Porque tratam da vida e da morte, as questões da saúde são aquelas a que somos mais sensíveis e não há regime ou governo que ouse desvalorizá-las publicamente.
A experiência, contudo, obriga-nos a estar atentos. Se não o sentíssemos nos nossos corpos e nos corpos dos nossos pais e dos nossos avós, as estatísticas seriam suficientes para o provar: o Serviço Nacional de Saúde, criado em 1979, é uma das principais conquistas da democracia portuguesa. Tão justo e ajustado à dignidade humana que facilmente é dado como natural, até por quem sabe o que foi viver sem ele – como se sempre tivesse existido, como se existisse em todo o lado e como se não precisássemos de fazer nada para que continue a existir.
Talvez seja por isso que demoramos a acreditar e a perceber que está a ser destruído, em nome de um liberalismo selvagem que atropela a humanidade e a solidariedade em nome do dinheiro e da ganância.
Festejar os 35 anos do SNS na terra de um dos seus principais criadores – o Dr. António Arnaut – é pois mais do que um acto de justiça e de memória. É a demonstração de que instituições e cidadãos, profissionais e utentes, não se resignam nem se conformam com supostas inevitabilidades.
Entre outras formas, demonstramo-lo rindo, tirando o maior partido dessa capacidade humana que sobrevive até às maiores adversidades.
Rimos por princípio e havemos de rir por último.

A Escola da Noite
Setembro de 2014

Auto dos Físicos
de Gil Vicente
pel’A Escola da Noite
encenação António Augusto Barros interpretação Filipe Eusébio, Igor Lebreaud, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Sofia Lobo elemento cénico João Mendes Ribeiro figurinos e adereços Ana Rosa Assunção co-produção A Escola da Noite / Ordem dos Médicos

ANTE-ESTREIA
14 de Setembro
domingo, 17h00
Pavilhão Centro de Portugal
entrada livre
no âmbito das comemorações do 35º aniversário do Serviço Nacional de Saúde

ESTREIA E TEMPORADA PARA O PÚBLICO EM GERAL
25 a 28 de Setembro
quinta a sábado, 21h30; domingo, 16h00
Teatro da Cerca de São Bernardo
5 a 10 Euros
entrada gratuita para professores

SESSÕES PARA ESCOLAS
30 de Setembro a 13 de Novembro
terça a quinta-feira, 11h00 ou 15h00
Teatro da Cerca de São Bernardo
3 Euros / aluno; entrada gratuita para professores acompanhantes e alunos abrangidos pelo escalão A da ASE

informações e reservas: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

Hoje no TCSB: “As Orações de Mansata” despede-se com matiné

Domingo, Março 30th, 2014

KAMALA DJONKO

O que era papel, firme e prestimoso, transformou-se em cinza e fumo…

DJINNA HARA

Guarda a cinza e segue o fumo…

YEWTA YAWTA?

E faz com que não voltemos a ver-te aqui…

AMAMBARKA

Mas…

YEWTA YAWTA

Recolhe a cinza e segue as pegadas do fumo!

“As Orações de Mansata”, Abdulai Sila

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TEATRO
As Orações de Mansata
de Abdulai Sila
co-produção Cena Lusófona / A Escola da Noite / Companhia de Teatro de Braga / Teatro Vila Velha (Salvador, Brasil)
dramaturgia e encenação António Augusto Barros elenco Amador Fernandes, Ella Nascimento, Emílio Lucombo, Igor Lebreaud, Jorge Biague, Marleny Musa, Miguel Magalhães, Paulo Figueira, Ridson Reis, Rogério Boane, Solange Sá, Trindade Gomes da Costa, Wilson de Sousa cenografia João Mendes Ribeiro e Luísa Bebiano figurinos e adereços Ana Rosa Assunção direcção musical Jarbas Bittencourt apoio coreográfico / movimento Zebrinha desenho de luz Fernando Conceição
até 30 de Março
quinta a sábado, 21h30; domingos, 16h00
2h30 com intervalo > M/12 > 5 a 10 Euros
assinaturas TCSB: 30 Euros (5 bilhetes); 50 Euros (10 + 1 bilhete)

Esta semana no TCSB: o regresso de Flores de Livro e a despedida de “As Orações”

Terça-feira, Março 25th, 2014

O regresso de “Flores de Livro” e a despedida definitiva de “As Orações de Mansata” marcam a programação desta semana no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra. O espectáculo que junta em palco 13 actores de seis países de língua portuguesa parte logo a seguir em digressão internacional, passando por Espanha, Guiné-Bissau e Angola.

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Cláudia Sousa no Bar do TCSB (foto: Ana Rosa Assunção)

Como habitualmente no último sábado de cada mês, o TCSB recebe no próximo dia 29 de Março, pelas 11h00, mais uma sessão de “Flores de Livro”, a leitura de contos para a infância por Cláudia Sousa. Com uma adesão crescente por parte do público da cidade, as sessões duram cerca de 50 minutos e são aconselhadas para crianças com 4 ou mais anos. A seguir à leitura, que tem lugar no bar do Teatro, as crianças são convidadas a manusear os livros que foram lidos e a fazer desenhos, com materiais cedidos pela companhia. Os pais e adultos acompanhantes são igualmente muito bem-vindos em todos os momentos da iniciativa.
Para garantir uma experiência mais rica para todos os intervenientes, a lotação destas sessões é limitada a 25 espectadores, pelo que se recomenda a reserva antecipada de lugares, que pode ser feita ao longo da semana, pelos contactos habituais do TCSB.

“As Orações de Mansata” vai embora
Esta é também a semana das últimas oportunidades para assistir em Coimbra a “As Orações de Mansata”, o mais recente espectáculo d’A Escola da Noite, construído em co-produção com a Cena Lusófona, a Companhia de Teatro de Braga e o Teatro Vila Velha (Salvador, Brasil).

Jorge Biague, Ridson Reis e Igor Lebreaud, "As Orações de Mansata" (foto: Augusto Baptista)

Jorge Biague, Ridson Reis e Igor Lebreaud, “As Orações de Mansata” (foto: Augusto Baptista)

Escrita por Abdulai Sila, a peça é o primeiro texto dramático impresso da literatura guineense e constitui um impiedoso retrato dos mecanismos de corrupção, luta pelo poder e violência extrema que caracterizam vários regimes políticos em todo o mundo. A busca das Orações de Mansata, que supostamente darão aos seus detentores os poderes necessários para dominar o povo, desenrola-se num processo em que a traição, a tortura e a morte são reduzidas à banalidade.
O espectáculo tem encenação de António Augusto Barros e resulta do P-STAGE – IV Estágio Internacional de Actores, um projecto de formação, criação e difusão teatral desenvolvido pela Cena Lusófona em parceria com diversas outras instituições nacionais e internacionais, que conta com o apoio da União Europeia, através do programa ACP Cultures+. Em palco estão 13 actores, oriundos de seis países de língua portuguesa – Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe –, que constituem um elenco muitíssimo rico e invulgar em qualquer palco do mundo.
Em Coimbra, o espectáculo pode ser visto pelas últimas vezes até 30 de Março (de quinta a sábado às 21h30 e no domingo às 16h00). Logo após esta temporada, “As Orações de Mansata” segue para Bragança (Teatro Municipal, 5 de Abril), Santiago de Compostela (Salón Teatro, 11 e 12 de Abril), Figueira da Foz (CAE, 17 de Abril), Bissau (Centro Cultural Franco-Guineense, 8 e 9 de Maio) e Luanda (15 e 16 de Maio).

TEATRO
As Orações de Mansata
de Abdulai Sila
co-produção Cena Lusófona / A Escola da Noite / Companhia de Teatro de Braga / Teatro Vila Velha (Salvador, Brasil)
dramaturgia e encenação António Augusto Barros elenco Amador Fernandes, Ella Nascimento, Emílio Lucombo, Igor Lebreaud, Jorge Biague, Marleny Musa, Miguel Magalhães, Paulo Figueira, Ridson Reis, Rogério Boane, Solange Sá, Trindade Gomes da Costa, Wilson de Sousa cenografia João Mendes Ribeiro e Luísa Bebiano figurinos e adereços Ana Rosa Assunção direcção musical Jarbas Bittencourt apoio coreográfico / movimento Zebrinha desenho de luz Fernando Conceição
20 a 30 de Março
quinta a sábado, 21h30; domingos, 16h00
2h30 com intervalo > M/12 > 5 a 10 Euros
assinaturas TCSB: 30 Euros (5 bilhetes); 50 Euros (10 + 1 bilhete)

LEITURA DE CONTOS PARA A INFÂNCIA
Flores de Livro
por Cláudia Sousa
29 de Março
sábado, 11h00
M/4 > 60′ > 3 Euros; 5 Euros (criança + adulto)

Informações e reservas: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt