Posts Tagged ‘DGArtes’

Amanhã no IV Festival das Companhias

Quarta-feira, Junho 23rd, 2010

Quinta 24

15h00 Casa Municipal da Cultura, Sala Sá de Miranda | Mesa Redonda – A criação artística nas cidades médias

com as presenças confirmadas de: Dr. Jorge Barreto Xavier, Director da DGArtes; Dr. João Luis Sequeira da Direcção Regional de Cultura do Norte; Dra. Cláudia Sousa Pereira, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Évora; Dra. Dália Paulo, da Direcção Regional de Cultura do Algarve; Dra. Ilda Carneiro, Vereadora da Cultura da CMBraga; Prof. Doutora Maria José Azevedo Santos, Vereador da Cultura da CMCoimbra.

21:30 Teatro da Cerca de São Bernardo | O Fim, apresentado pelo Centro Dramático de Évora (CENDREV) 

“O Fim”, de António Patrício (1878-1930), é uma fábula cénica alucinatória na qual o dramaturgo transfigurou a iminente queda da monarquia em Portugal, que aconteceria um ano depois da peça ser publicada em 1909.

Uma velha Rainha louca num Paço arruinado que aguarda uma recepção de aniversário que não se realizará; o país a ser invadido por potências estrangeiras que desembarcam em Lisboa; a resistência popular, sacrificial e espontaneamente organizada, contra as forças ocupantes; a perturbante personagem épica de um desconhecido que relata a batalha mortal que ocorre nas ruas, à maneira de um mensageiro de tragédia grega.

Editado um ano antes da queda, nele anunciada e efabulada, do regime monárquico em Portugal, esta obra dramática, que permanece polémica e paradoxal, é hoje a mais representada das peças de António Patrício, após a sua tardia estreia cénica em 1971, na Casa da Comédia, graças ao encenador Jorge Listopad, que então a redescobriu.

texto António Patrício versão dramatúrgica Armando Nascimento Rosa e Victor Zambujo encenação Victor Zambujo cenografia Acácio Carvalho figurinos Manuela Bronze orgânica sonora David Martins interpretação Álvaro Corte Real, Jorge Baião, Maria Marrafa, Rosário Gonzaga e Rui Nuno

ecos do Festival (3) – resposta da DGArtes

Sexta-feira, Junho 19th, 2009

Em reacção às conclusões do III Festival das Companhias, a Direcção-Geral das Artes fez-nos chegar cópia do comunicado que enviou à agência Lusa, que transcrevemos na íntegra:

 

À Edição de Cultura 

Ex.ma Responsável Editorial

 

A Direcçao Geral das Artes manifesta a sua perplexidade perante as notícias veiculadas na comunicação social à data de ontem a partir de texto elaborado pela Agência Lusa. Não tendo tido acesso ao comunicado citado pela Agência Lusa, comentam-se as afirmações por esta citadas:

 

1. Não se percebe o que se considera “práticas centralistas”. As entidades apoiadas pela DGArtes são de todo o País. A  percentagem de entidades apoiadas fora de Lisboa é superior à existente, por exemplo, no Reino Unido, onde mais de 50% das entidades apoiadas pelo Arts Council of England são de Londres. Refere-se os valores atribuídos para o ano de 2009 em todo o País: 19.977.595,59€ . Lisboa, no âmbito desse valor, recebe  7.143.660,37, o que configura 35, 75% do valor total. Note-se que é em Lisboa que um número muito significativo de entidades culturais exerce a sua actividade, o que, naturalmente, não pode ser ignorado. Note-se que o financiamento para todo o País aumentou descriminando negativamente as entidades sedeadas em Lisboa, como decorria do próprio aviso de abertura do concurso.

 

2. Todas as entidades signatárias do comunicado são apoiadas pela DGArtes financeiramente a nível plurianual sendo o financiamento em causa decisivo para a prossecução das suas actividades e tendo todas elas, excepto uma aumentado o valor de apoio nos concursos cujos resultados foram divulgados em Abril em relação ao apoio atribuído anteriormente. O valor financeiro atribuído ao conjunto destas seis estruturas é de 5.009.044,64€ para o período de apoio aprovado (bienal ou quadrienal).

 

3. O Director-Geral das Artes contactou, telefonicamente, com Paula Teixeira, produtora do Teatro de Montemuro e do Festival, explicando as razões da sua indisponibilidade para estar presente no debate para o qual tinha sido convidado. As razões eram ponderosas, pelo que a ausência referida, nos termos referidos, também não se percebe. O Director-Geral das Artes informou que se faria representar pelo Director de Serviço de Apoio às Artes, que por razões de saúde não pôde estar presente. Não se descortina qual a desconsideração que esta situação, explicada oportunamente à entidade organizadora, configura.

 

3. O Director-Geral das Artes já recebeu todas as entidades signatárias do comunicado assim como dezenas de outras organizações culturais de todo o País.

 

4. A Direcção-Geral das Artes, com o GPEARI do Ministério da Cultura, promove a divulgação de apoios para a actividade dos agentes culturais, tendo a primeira sessão decorrido em Aveiro à data de 04 de Junho, seguindo-se Lisboa a 19, Santarém aa 22, Faro a 23, Évora a 25, Coimbra a 30, e em Julho, Vila Real a 01 e Porto a 02.

 

Se for possível, solicitávamos à Agência Lusa a possibilidade de exercer o contraditório sobre estas matérias  na “situação noticiosa” e não depois dela, pois como se sabe o efeito é diferente. Sendo a DGArtes acusada de ausência, teria sido mais  clara a notícia se confrontada esta DG com a razão da ausência.

 

Agradecendo a divulgação desta nota, ao abrigo do direito de resposta, permitam-me a apresentação dos melhores cumprimentos.


Jorge Barreto Xavier

Director-Geral

 

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Saramago quer que ninguém esqueça a declaração de Sócrates sobre Cultura

Sexta-feira, Junho 19th, 2009

(Público, 18/06/2009, 20h58)

 

 

O escritor José Saramago afirmou hoje em Figueira de Castelo Rodrigo que a “linguagem política é profundamente hipócrita” e que “esses senhores confiam muito na nossa falta de memória”.

O Prémio Nobel da Literatura comentava assim as declarações de ontem do primeiro-ministro José Sócrates, que apontou como exemplo de um erro cometido pelo seu Governo a ausência de um investimento volumoso na área da cultura. 

Para José Saramago, as declarações “comprometem” mas “está na mão de cada cidadão recordar e fazer recordar aos políticos essas declarações”. “Neste caso, e dada a coincidência das declarações do ministro da Cultura e do primeiro-ministro, espero que sejam levadas a sério”, afirmou. 

“O Ministério da Cultura tem uma verba ridícula para fazer o que quer que seja”, disse. “Fico satisfeito com essas declarações, mas que considero-as intenções”, salientou. 

“Espero que a assunção de um erro, que às vezes é necessária, seja acompanhada de propostas concretas. Se ficar simplesmente por assumir um erro, isso esquece, principalmente o próprio.” 

José Saramago falava à chegada à localidade fronteiriça de Figueira de Castelo Rodrigo, a terra que escolheu no seu livro “Viagem do Elefante” para a passagem de testemunho “ibérico” do elefante “Salomão”, oferta do rei D. João III a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria. 

O escritor iniciou ontem uma viagem de autocarro pela rota seguida pela comitiva do elefante Salomão. Amanhã, a viagem prossegue em direcção a Valladolid.

Vasco Graça Moura diz que Sócrates não faz a “mínima ideia” do que é política cultural

Sexta-feira, Junho 19th, 2009

(Público, 17/06/2009, 21h31)

 

 

O escritor Vasco Graça Moura defendeu hoje que o primeiro-ministro não faz “a mínima ideia” do que seja política cultural, depois de Sócrates ter apontado como um erro do Governo a ausência de um maior investimento na Cultura.

“Não me parece que ele tenha descoberto a pólvora vindo agora dizer isso: um Governo como o dele, que decapitou o Teatro de São Carlos mandando embora o Pinamonti, o Teatro Nacional D. Maria II mandando embora o António Lagarto e o Museu Nacional de Arte Antiga mandando embora Dalila Rodrigues mostra bem que o primeiro-ministro não só nunca prestou atenção nenhuma à Cultura, como não faz a mínima ideia do que seja política cultural”, disse hoje à Lusa Vasco Graça Moura. 

Militante do Partido Social-Democrata (PSD), Graça Moura reagiu assim às declarações de José Sócrates à imprensa, no final do debate da moção de censura do CDS-PP ao seu executivo, chumbada com os votos da maioria absoluta socialista. 

Instado ao longo do debate pela bancada centrista a apontar um erro cometido pelo Governo que dirige, Sócrates acabou por afirmar, no final e perante a insistência dos jornalistas: “Se há um erro que é possível identificar ao longo destes anos é que talvez devêssemos ter investido mais em cultura, tal como fizemos em ciência”. 

“Promessas ao contrário

Segundo Graça Moura, este Governo “não fez nada” em termos de Cultura, depois de José António Pinto Ribeiro ter declarado, assim que tomou posse, que faria “mais com menos”. 

“O problema do primeiro-ministro – comentou o escritor – é que ainda por cima está a conduzir o ministro dele, o ministro da Cultura, a um beco sem saída com essas declarações (…) é um caso de demissão imediata, acho eu”. 

No entanto, – acrescentou – “se ele diz que vai corrigir, também não é de tomar a sério, porque normalmente quando ele diz que vai mudar, vai mudar para pior. As promessas dele são sempre ao contrário”. 

“Para mim, não é fiável nada do que diz o primeiro-ministro. É absolutamente evidente que é um jogo de danças e contradanças ao sabor do palpite eleitoral – que explicou a campanha eleitoral inacreditável que ele fez, como explica outras mudanças”, observou Graça Moura, dando como exemplo o projecto do TGV, apresentado pelo executivo socialista como uma decisão assente e que repentinamente, depois das eleições europeias de 7 de Junho, passou para a próxima legislatura.

Isabel Pires de Lima e actual ministro satisfeitos com afirmações de Sócrates

Sexta-feira, Junho 19th, 2009

(TSF, 17/06/2009, 23h54)

 

 

Isabel Pires de Lima, ex-ministra da Cultura, mostrou-se, esta quarta-feira, «satisfeita» por o primeiro-ministro ter reconhecido que se devia ter feito um maior investimento na Cultura. Também em declarações à TSF, o actual ministro aplaudiu as declarações de Sócrates.

O primeiro-ministro apontou, esta quarta-feira, como exemplo de um erro cometido pelo seu Governo nesta legislatura a ausência de um investimento volumoso na área da cultura, tal como aconteceu com a ciência nos últimos anos.

Mostrando-se «satisfeita» com o reconhecimento de José Sócrates, a antiga governante disse ter «alguma pena que esse reconhecimento não tivesse ocorrido enquanto ela tinha «responsabilidades governamentais».
   
Pires de Lima, que antecedeu José António Pinto Ribeiro na pasta da Cultura, lembrou que sempre defendeu que «o investimento em cultura era uma forma extremamente eficaz de potenciar o elevado investimento que este Governo estava a fazer na área da Educação e da Ciência».

Por seu lado, o actual titular da pasta da Cultura, encarou as declarações do Chefe do Governo como um «juízo justo de que se calhar teria sido melhor, apesar desta situação toda, ter feito um investimento» na Cultura.

Para José António Pinto Ribeiro esse investimento não necessitava de ser «muito grande», substituindo por exemplo os 200 milhões de euros do orçamento actual por 500 milhões, o que teria efeitos culturais e sociais.