Posts Tagged ‘Companhia de Teatro de Braga’

“Falar verdade a mentir” no TCSB

Quinta-feira, Março 7th, 2013

A Companhia de Teatro de Braga apresenta no Teatro da Cerca de São Bernardo, no próximo dia 13 de Março, “Falar Verdade a Mentir”, de Almeida Garrett. O espectáculo, um dos clássicos do teatro português, é também apresentado em sessões para o público escolar, em sessões diurnas nos dias 12 e 13.

Escrita em 1845, “Falar verdade a mentir” é uma crítica, em forma de comédia, à sociedade portuguesa da época, em particular à importância das “aparências” no seio das classes mais altas e ao oportunismo. O humor refinado de Garrett mantém-se actual até hoje.
Rui Madeira, encenador deste espectáculo, destaca a modernidade da peça, que não se fixa “no culto do passado que encontramos noutros autores” e onde “podemos observar com humor corrosivo onde o discurso é passadista, sem vida e onde se cruza com o novo olhar dos tempos e das desilusões do presente”. A obra está no “cerne da revolução romântica”, com “a promoção do «sujeito» em instância estruturante de si mesmo e do mundo em que evolui”, explicita.

A CTB e Almeida Garrett
O espectáculo insere-se no trabalho que a Companhia de Teatro de Braga vem desenvolvendo para os jovens públicos, designadamente na exploração de textos e autores que integram os programas curriculares de Português e de Literatura: Gil Vicente, Eça de Queirós, Almada Negreiros, Manoel Teixeira-Gomes, Sophia de Mello Breyner, Manuel António Pina, Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda e Camilo Castelo Branco, entre outros.
Almeida Garrett (1799-1854) foi dramaturgo, poeta, romancista, jornalista e político. Considerado um inovador da escrita e da composição literária do século XIX, é o criador da prosa moderna em Portugal e um dos nomes principais da estética romântica no nosso país.
No teatro, propôs-se criar um reportório dramático nacional e foi responsável pela criação do Teatro Nacional e do Conservatório.

13 de Março de 2013
quarta-feira, 21h30
“Falar verdade a mentir”
de Almeida Garrett
pela Companhia de Teatro de Braga

encenação e dramaturgia Rui Madeira actores André Laires, Carlos Feio, Jaime Monsanto, Rogério Boane, Solange Sá, Thamara Thais cenografia Carlos Sampaio, Rui Madeira figurinos Sílvia Alves criação vídeo Frederico Bustorff Madeira criação sonora Luís Lopes
M/12 > 60′ > 5 a 10 Euros
[espectáculo apresentado em Coimbra no âmbito da rede Culturbe – Braga, Coimbra e Évora]

sessões para escolas (mediante marcação prévia):
12 e 13 de Março
terça e quarta-feira, 11h00 e 15h00
3 Euros/aluno

informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

“Novas diretrizes” e “Falar verdade a mentir” para escolas: novas datas

Quinta-feira, Janeiro 17th, 2013

Miguel Lança e Igor Lebreaud, "Novas diretrizes em tempos de paz" (foto de ensaios, de Eduardo Pinto)

As sessões especiais para escolas no TCSB no primeiro trimestre de 2013 têm novas datas:

“Novas diretrizes em tempos de paz”
de Bosco Brasil
pel’A Escola da Noite
5 a 8 de Fevereiro, 11h00 e 15h00

“Falar verdade a mentir”
de Almeida Garrett
pela Companhia de Teatro de Braga
12 e 13 de Março, 11h00 e 15h00

Informações e reservas:

239 178 238 / 966 302 488/ geral@aescoladanoite.pt

TCSB: programação para escolas em Fevereiro e Março

Segunda-feira, Janeiro 7th, 2013

Começamos o ano com duas boas propostas para o público escolar da cidade e da região: haverá sessões especiais de “Novas diretrizes em tempos de paz”, a nova produção d’A Escola da Noite, e de “Falar verdade a mentir”, o clássico de Almeida Garrett trazido pela Companhia de Teatro de Braga. Mantêm-se as condições normalmente praticadas no TCSB.

Novas diretrizes em tempos de paz
de Bosco Brasil
pel’A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra

Miguel Lança e Igor Lebreaud, "Novas diretrizes em tempos de paz" (foto de ensaio de Eduardo Pinto)

Em 18 de Abril de 1945, quando a II Guerra Mundial está perto do fim, um emigrante polaco, Clausewitz, desembarca no porto do Rio de Janeiro, em busca de uma nova vida como agricultor. No cais é colocado perante Segismundo, um oficial da alfândega que desconfia das intenções da entrada de Clausewitz no Brasil.
Sem o salvo-conduto assinado por Segismundo, Clausewitz será obrigado a voltar ao cargueiro e seguir viagem. Para a obtenção desse salvo-conduto, Segismundo propõe um desafio ao estrangeiro, o que leva as duas personagens, que partilham a mesma idade do séc. XX, a confrontar as suas memórias: de um lado um actor que perdeu familiares e amigos, do outro um ex-torturador que sempre cumpriu ordens.

ficha artística
encenação António Augusto Barros figurinos Ana Rosa Assunção interpretação Igor Lebreaud e Miguel Lança > duração 50′

Bosco Brasil (Sorocaba, São Paulo, 1960)
Dramaturgo brasileiro, formado pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Estreia-se na dramaturgia com o espectáculo “Budro”, encenado em 1994, sob a direcção de Emílio di Biasi, pelo qual recebe os Prémios Molière e Shell de Melhor Autor. É o fundador do Teatro de Câmara de São Paulo, inspirado no Teatro de Câmara de Estocolmo, criado por Strindberg. Em 1995, estreia este espaço como autor e encenador de “Atos e Omissões”, texto em que contextualiza a discussão da juventude na periferia, debruçando-se sobre personagens das camadas excluídas da sociedade. No mesmo ano escreve “O Acidente”.
Em 2001, obtém um grande reconhecimento da crítica e do público com “Novas diretrizes em tempos de paz”, considerado um dos melhores textos da dramaturgia brasileira contemporânea. Com esta obra, ganhou os Prémios Shell e APCA de melhor autor em 2002. Em 2009, Daniel Filho dirige “Tempos de Paz”, adaptação cinematográfica da obra.
É ainda autor de “Blitz”, “Abelardo e Berilo” e “Cheiro de Chuva”. Fundou a “Caliban” Editorial e lançou a colecção “Teatro Brasileiro de Bolso”, dedicada à dramaturgia contemporânea brasileira. Além do teatro, Bosco escreve para a televisão, sendo o autor de novelas como “Bicho do Mato” e “Tempos Modernos”.

SESSÕES ESPECIAIS PARA O PÚBLICO ESCOLAR [ENSINO SECUNDÁRIO]
05 a 08/02/2013 [terça a sexta-feira, 11h00 e 15h00, mediante marcação prévia]

Falar verdade a mentir
de Almeida Garrett
pela Companhia de Teatro de Braga

Com Falar Verdade a Mentir pegamos num texto de um autor maior, na tentativa de «mostrar» aos espectadores as ideias que subjazem na estrutura dramática da peça. A luta do autor pela revolução romântica nas letras e no texto português. A verdadeira modernidade, sem se fixar no culto do passado que encontramos noutros autores. Com Almeida Garrett e com Falar Verdade a Mentir podemos observar com humor corrosivo onde o discurso é passadista, sem vida e onde se cruza com o novo olhar dos tempos e das desilusões do Presente. Com Almeida Garrett e Falar Verdade a Mentir são razões estéticas e ideológicas que enformam o discurso teatral, é o cerne da revolução romântica. A promoção do «sujeito» em instância estruturante de si mesmo e do mundo em que evolui. E essa dinâmica está explícita nos discursos dos vários personagens. Um divertimento teatral num espaço de debate e experimentação.

Rui Madeira

ficha artística
encenação e dramaturgia Rui Madeira actores André Laires, Carlos Feio, Jaime Monsanto, Rogério Boane, Solange Sá, Thamara Thais cenografia Carlos Sampaio, Rui Madeira figurinos Sílvia Alves criação vídeo Frederico Bustorff Madeira criação sonora Luís Lopes > duração 60′

A CTB e o público escolar
Ao longo dos anos, a CTB tem vindo a inscrever nas suas escolhas espectáculos dirigidos aos jovens públicos, usando textos clássicos ou contemporâneos que integram os curricula de Português e Literatura: Gil Vicente, Eça de Queirós, Almada Negreiros, Manoel Teixeira-Gomes, Sophia de Mello Breyner, Manuel António Pina, Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda e Camilo Castelo Branco, entre outros. Este espectáculo é mais um reflexo dessa vontade de possibilitar aos futuros públicos a aproximação a um autor fundamental da nossa cultura.
Através de uma série de acções concentradas, queremos criar condições para que esses jovens públicos e professores se possam apropriar dos processos de criação, ganhando um “olhar por dentro” da coisa artística, aprendendo a “ler” e a interrogar esses textos à luz de uma nova realidade – a prática teatral. O objectivo é criar melhores públicos, novos espectadores que dominem melhor os códigos de leitura dramática, capazes de se estimularem para lá do que lhes é apresentado, entendendo que toda a obra de arte é/ deve ser aberta. E que a sua posição de espectador activo é que lhe há-de conferir o seu verdadeiro significado.

SESSÕES ESPECIAIS PARA O PÚBLICO ESCOLAR [3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO]
12 e 13/03/2013 [quarta e quinta, 11h00 e 15h00, mediante marcação prévia]

CONDIÇÕES DE ACESSO
3 Euros por aluno/a
(entrada gratuita para professores/as acompanhantes e alunos/as abrangidos/as pelo escalão A da ASE)

informações e reservas
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

[post actualizado em 17/01/2013: alteração das datas]

COMUNICADO

Terça-feira, Novembro 13th, 2012

Em meados de Junho, o ex-Secretário de Estado da Cultura prometeu, na Assembleia da República e à comunicação social, que os concursos para apoio à criação artística nos próximos anos abririam até ao final de Setembro. Tal não aconteceu. A única coisa que saiu foi um comunicado lacónico da Direcção-Geral das Artes, recentemente retirado do site da instituição, dizendo que estavam a aguardar autorização das Finanças.
O Secretário de Estado da Cultura foi entretanto substituído, mas continua a não haver qualquer indicação sobre a abertura destes concursos. O novo titular da pasta não fez sequer qualquer declaração sobre a situação do sector.
O que significa que todas as estruturas de criação artística que são financiadas pelo Estado estão neste momento sem saber com o que podem contar para daqui a pouco mais de mês e meio. Estão impedidas de planificar a sua actividade e de concorrer a outros apoios, sem saber se podem manter os vínculos com os seus trabalhadores, sem saber se podem continuar a existir.
Como se isto não bastasse, surgiu entretanto um problema adicional. A DGArtes começou em Outubro a falhar os pagamentos contratualizados para este ano. As prestações relativas ao financiamento de 2012 previstas para o mês passado não foram pagas e a justificação que é dada é a mesma: aguarda autorização das Finanças.
Por causa disto, as companhias estão impedidas de honrar os compromissos com os seus trabalhadores, com fornedores e com o próprio Estado (impostos, segurança social, etc.). Em alguns casos, nomeadamente no que diz respeito a projectos comunitários, arriscam mesmo perder milhares de Euros por incapacidade de liquidar dentro dos prazos previstos despesas que seriam co-financiadas.
Mais uma vez se comprova que, para este Governo, os contratos assinados com os agentes culturais não são para levar a sério. O facto de não serem respeitados não merece sequer uma palavra das instituições (neste caso a Direção Geral das Artes) que teriam a obrigação de os executar – limitam-se, quando questionados,  a descartar responsabilidades para o Ministério das Finanças.
Acontece que nos disseram que a cultura dependia directamente do Primeiro-Ministro.
É por isso a ele que exigimos:
– a regularização imediata das prestações relativas aos apoios de 2012, nos termos contratualizados;
– uma informação clara, com indicação de prazos e orçamentos, quanto à abertura dos concursos para apoio às artes nos próximos anos, como decorre do Decreto-Lei 196/2008, de 6 de Outubro.
Só assim se conseguirá evitar a desagregação completa do tecido cultural em Portugal, o encerramento de dezenas de estruturas profissionais por todo o país e o despedimento de centenas de trabalhadores.

13 de Novembro de 2012

A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra
ACERT
ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve
BAAL 17
Centro Dramático de Évora
Companhia de Teatro de Braga
F.C. Produções Teatrais
Jangada – Cooperativa de Teatro Profissional
Lendias d’Encantar
MARIONET
O Teatrão
Peripécia Teatro
Seiva Trupe – Teatro Vivo
Teatro Art’Imagem
Teatro das Beiras
Teatro do Montemuro
Teatro Extremo
Teatro Fórum de Moura

(lista de subscritores actualizada às 23h23)

A Escola da Noite acolhe Centro Dramático Galego

Quinta-feira, Novembro 1st, 2012

A Escola da Noite acolhe no Teatro da Cerca de São Bernardo, nos dias 8 e 9 de Novembro, o espectáculo “O Profesional”, do Centro Dramático Galego. A iniciativa reata o intercâmbio entre as duas companhias e insere-se na rede Culturbe – Braga, Coimbra e Évora.

"O Profesional", pelo Centro Dramático Galego (foto: Miguel Fernández)

Escrito por Dusan Kovacevic, dramaturgo de origem sérvia e uma das grandes figuras do teatro europeu contemporâneo, “O Profissional” passa-se em Belgrado, em 1990, 10 anos depois da morte de Tito. A peça é definida pela companhia galega como uma “fábula ácida e grotesca” sobre o poder e a forma como este é exercido em sociedades totalitárias. No caos de uma editora à beira da falência, e com um ambiente de festa como pano de fundo, duas gerações confrontam-se, num país em mudança acelerada, em que os papéis de vítima e verdugo, de controlado e “controleiro”, se redefinem, se invertem e se confundem.
Anterior à Guerra dos Balcãs, a peça deixa já transparecer o início das lutas pelo poder que acompanharam a transição do regime na ex-Jugoslávia e as desconfianças em relação ao outro que estariam na origem de uma das maiores tragédias da Europa no final do século passado.
O texto questiona “a fragilidade dos ideais e a grandeza e a miséria do espírito humano”, com “a cómica tristeza dos que um dia foram ficando sem pátria ou daqueles a quem a pátria lhes foi roubando a identidade”, afirma Manuel Guede, director da companhia galega e encenador do espectáculo. Definindo o seu espectáculo como uma “algazarra triste, uma gargalhada áspera à beira do abismo”, Guede acrescenta: “Kovacevic sabe bem que o que uma sociedade nunca deve perder é a sua capacidade de rir. O riso é a arma mais poderosa contra a iniquidade, a vilania, a ignomínia; é o fracasso da repressão”.

intercâmbio com a Galiza
O espectáculo agora apresentado é uma co-produção entre o Centro Dramático Galego e a Companhia de Teatro de Braga. Uma primeira versão, com um elenco português, foi estreada no Theatro Circo em 2007. Agora, 20 anos depois do início da Guerra dos Balcãs, o Centro Dramático Galego apresenta uma nova montagem, com um elenco inteiramente galego.
A vinda do espectáculo a Portugal insere-se no programa Culturbe. Depois de Coimbra, ele é apresentado em Braga, a 13 de Novembro, no âmbito da rede que une, há mais de dois anos, os teatros municipais de Braga, Coimbra e Évora. Por outro lado, estas apresentações reatam uma relação de intercâmbio entre A Escola da Noite e o Centro Dramático Galego, iniciada em 2002, e vêm na sequência do acolhimento de outros artistas e companhias galegas no TCSB – Sarabela Teatro, em 2009, e Cándido Pazó, em 2009 e em 2010. No próximo mês de Dezembro, será a vez de A Escola da Noite apresentar o seu mais recente espectáculo – “Nunca estive em Bagdad” – em Santiago de Compostela.
As sessões de “O Profesional” em Coimbra estão agendadas para as 21h30 e os preços (sujeitos aos habituais descontos praticados pelo TCSB) variam entre os 5 e os 10 Euros.

O Profesional
de Dusan Kovacevic
pelo Centro Dramático Galego

adaptação e encenação Manuel Guede Oliva cenografia Arquitecto José Carvalho Araújo figurinos María Negreira desenho de luz Juanjo Amado criação vídeo Hugo Carvalho Araújo espaço sonoro Manuel Guede Oliva e Pedro Pinto assistente de encenação Inma Antonio Souto elenco Ernesto Chao, Miguel Pernas, Rebeca Montero e Rodrigo Roel

M/12 > 90 minutos > 5 a 10 Euros
[ESPECTÁCULO EM GALEGO]

Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
8 e 9 de Novembro de 2012
quinta e sexta-feira, 21h30

informações e reservas: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt