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Bosco Brasil: “esse é meu texto mais engajado”

Quinta-feira, Janeiro 24th, 2013

Bosco Brasil

Há muitos anos milito pela causa dos refugiados no mundo. E esse é meu texto mais engajado nesse sentido (…). Os valores relativos ao recolhimento de direitos autorais de “Novas Diretrizes…” devem ser revertidos diretamente a uma ONG que cuide de refugiados na cidade ou país onde a peça for encenada, indicada pelo escritório regional do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados).

Assim nos escreveu Bosco Brasil, no primeiro e-mail que trocámos há alguns meses. Amanhã, o autor chega a Coimbra, para assistir às ante-estreias de “Novas diretrizes em tempos de paz”, conversar com o público e participar no debate que organizamos a propósito do tema dos refugiados.

Junte-se a nós!

A nova guerra dos “tempos de paz”: debate no TCSB

Sexta-feira, Janeiro 18th, 2013

A propósito da estreia do seu mais recente espectáculo – “Novas diretrizes em tempos de paz” – A Escola da Noite organiza em Coimbra um debate público dedicado ao tema dos refugiados, em Portugal e no Mundo:

 

Refugiados:
A nova guerra dos “tempos de paz”

DEBATE PÚBLICO COM
Bosco Brasil
dramaturgo, autor de “Novas diretrizes em tempos de paz”

José Manuel Pureza
professor de relações internacionais e investigador universitário,
co-coordenador do Núcleo de Humanidades, Migrações e Estudos para a Paz do CES/UC

Teresa Tito de Morais
presidente do Conselho Português para os Refugiados

Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
25 de Janeiro de 2013, sexta-feira
17h30: debate
21h30: ante-estreia do espectáculo “Novas diretrizes em tempos de paz” (M/16)
[entrada livre]

 

Segundo dados do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), existem actualmente perto de 15 milhões de refugiados em todo o Mundo. Obrigados a abandonar os seus países devido a guerras ou perseguições por questões de raça, religião, nacionalidade ou outras, vivem em campos, em abrigos improvisados ou simplesmente ao ar livre. Para além do afastamento das suas terras, enfrentam, durante meses ou anos, dificílimas condições de vida, enquanto procuram uma de três soluções: o repatriamento, a integração no país de acolhimento ou a reinstalação noutro local.
Ásia, África e Médio-Oriente são actualmente as zonas com maior incidência deste flagelo, fazendo com que pareça por vezes um problema externo aos países e aos cidadãos europeus. Para além da dimensão humana, que a todos diz respeito, a realidade diz-nos que não é assim. Em 2012, Portugal recebeu cerca de 300 pedidos de asilo, de pessoas originárias de mais de 40 países de todos os continentes. São acompanhados pelo Conselho Português para os Refugiados (CPR), uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento fundada em 1991, distinguida em 2000 pela Assembleia da República com o “Prémio Direitos Humanos”.
Por outro lado, a criação do ACNUR está intrinsecamente relacionada com a história recente da Europa. Ele foi criado em 1951, para apoiar cerca de 1 milhão de pessoas que, seis anos depois do final da II Guerra Mundial, ainda se encontravam afastadas dos seus países.
Como Clausewitz, esse actor polaco que um dia chegou à alfândega do Rio de Janeiro e que Bosco Brasil nos apresenta em “Novas diretrizes”.