a primeira produção do Magnólia Teatro

Setembro 17th, 2010

Fotografia de Luís Belo

“Que bom se fosse sempre assim, envelhecer assim, eu própria, tudo com princípio, meio e… lembro-me que amanhã tenho que regar a magnólia. E adormeço, mas não consigo deixar de ficar acordada, porque tenho de tomar decisões. E se não tomar uma decisão até contar até dez, sei que vou morrer antes de acabar de viver toda a minha vida em que sou outra sempre que acordo na Primavera.”

A Escola da Noite acolhe hoje e amanhã, dias 17 e 18, às 21h30, no Teatro da Cerca de São Bernardo “MULHER MIM” um monólogo interpretado por Rafaela Santos, a primeira produção do Magnólia Teatro.
direcção artística Rafaela Santos encenação, movimento e espaço cénico Rafaela Santos e Leonor Keil interpretação Rafaela Santos dramaturgia Fernando Giestas figurino Rafaela Mapril desenho de luz Jorge Ribeiro desenho de som Tiago Cerqueira dramaturgia Fernando Giestas produção Rodrigo Francisco, Magnólia Teatro / Amarelo Silvestre co-produção Teatro Viriato (Viseu) / Centro Cultural Vila Flor (Guimarães)

M/12 > 60’ > 6 a 10€

Informações e reservas 239718238 | 966302488

“Mulher Mim”

Setembro 16th, 2010

“Mulher Mim será Elas, corpo de mulheres, consciência femininas, matéria e espírito, martírio e esperança.

O que é uma Mulher, a não ser tantas e tantos? Corpo e Consciência, Coerência e Contradição, Luta e Submissão, Mãe e Pai, Companheira e Filha.

O que é uma Mulher, a não ser Ser em Progresso? Falar de Mulher, hoje, tem essa pertinência: Ela é um Ser, verdadeiramente, em Progresso. A novidade é Ela.
Ela é acção transformadora em curso, talvez não para hoje, talvez não para amanhã, mas em movimento. O Mundo será outro, talvez não melhor, talvez não pior, mas Nosso. Verdadeiramente, dois olhares, quatro mãos, Ela e Ele, duas perspectivas, dois pesos e quantas e tantas medidas. E o Mundo será outro. E eu quero esse Mundo.

Hoje, como amanhã, como sempre, sou Adelaide Cabete (1867-1935) e digo, com aspas: “o Feminismo terminará onde acabam todas as ideias do Progresso e toda a esperança generosa, terminará onde acabam todas as aspirações justas”. Sou Adelaide.

Sobre Mulher Mim, o espectáculo, digo obrigado a Ana de Castro Osório, Maria Lamas, Dulce Maria Cardoso, Pina Bausch, Sophia de Mello Breyner Andresen, Virginia Woolf, Ana Vicente, Fernando Pessoa, Anton Tchékhov, António Gedeão, José Mário Branco, Rodrigo Leão, Karl Kraus, Samuel Beckett, Jean-Luc Godard e Ingmar Bergman (o que fazem os senhores aqui?), Nina Lugovskaia, Avó Rafaela, às Marias Isabel Barreno, Teresa Horta e Velho da Costa, Calamity Jane, Emma Santos, Emily Dickinson, Natália Correia, Adelaide Cabete, Simone de Beauvoir, Harold Pinter e Antonia Fraser, Isabel Allende, Paula Rego. Faltará alguém. Falta sempre. As palavras e as imagens da Mulher Mundo foram escritas por nós.

Obrigado, também, Amy Cutler. Pelo deslumbramento das imagens e pelo que nos dizes. “The gift of being puzzled”, essa dádiva de ser confrontado com peças soltas; o prazer, diria até o direito, de ser desafiado a construir, cada um de nós por si, o nosso próprio objecto artístico.

Foi tão bom.”

Fernando Giestas

17 e 18 de Setembro | sexta e sábado | 21h30

“Mulher Mim” — Magnólia Teatro

Informações e reservas 239718238 | 966302488

leram o livro? viram o filme? não percam a adaptação ao teatro…

Setembro 15th, 2010

A Escola da Noite acolhe hoje (dia 15, quarta, às 21h30) no Teatro da Cerca de São Bernardo, o grupo portuense Chão Concreto com uma surpreendente adaptação do romance “Noites Brancas” de Dostoievsky.

mancha em terras de cor

Setembro 13th, 2010


Hoje à noite “A Barca dos Castiços” apresenta ao vivo o seu primeiro disco: “Manchja em terras de cor”. O grupo,  sediado em Souselas,  foi criado em 2003. Utiliza o património da música tradicional portuguesa como base para a experimentação e para a fusão de vários géneros musicais. O grupo apresenta neste concerto o seu primeiro trabalho discográfico, “Mancha em terras de cor”, que inclui elementos tradicionais, mesclados com elementos da música erudita, do jazz, e também do pop-rock, correntes que fazem parte dos universos pessoais de cada um dos elementos. O resultado é uma matriz de trabalho própria, que cria uma ambiência característica e reflecte uma nova forma de experimentar a tradição.

voz, bandolim e flauta doce Patrícia Ferreira violino, guitarra, cavaquinho, tin twistle, gaita de foles, voz Daniel Crespo piano, cavaquinho/guitarrinho de Coimbra, guitarra David Lopes baixo e voz Fernando Santos guitarra, bateria/percussão e voz João Crespo concertina e percussão Sérgio Forte

entrada livre, mediante ingresso a levantar na bilheteira do TCSB

condições especiais

Setembro 10th, 2010

A Escola da Noite acolhe duas jovens companhias  no Teatro da Cerca de São Bernardo na próxima semana: duas primeiras obras, “Mulher Mim”, de Rafaela Santos, e um inusitado “Noites Brancas”, do grupo portuense Chão Concreto.

Quem desejar assistir aos dois espectáculos dos grupos de teatro que vão ser apresentados, pode fazê-lo em condições especiais: o preço do bilhete para um espectáculo varia entre 6 e 10 Euros e para os dois entre 10 e 15 Euros.