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uma longa didascália

Quarta-feira, Fevereiro 24th, 2010

Na próxima semana, no dia 4 de Março, quinta-feira, Ana Bustorff estará em Coimbra no Teatro Académico Gil Vicente. Integrado no ciclo “do monólogo, coisa pública”, programado pel’A Escola da Noite, “Concerto à la carte“, espectáculo da Companhia de Teatro de Braga com encenação de Rui Madeira é um dos que marcam a XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, com um exigentíssimo trabalho da actriz perante o texto (uma longa didascália) do dramaturgo alemão Franz Xaver Kroetz.

“A história dos dias da senhora Rasch, quando chega a casa, é assim. Um após o outro, todos iguais, frios, abandonados. A vidinha, como sói dizer-se, na mais crua das rotinas. E no mais pesado dos silêncios. Um desafio particular à expressividade de qualquer actriz: a senhora Rasch não dirá uma única palavra. O alemão Franz Xaver Kroetz retratou, em 1971, a solidão de uma mulher entregue à depressão e à obsessão pelas coisas arrumadas. No regresso à Companhia de Teatro de Braga, que assinala com esta peça a sua centésima produção, Ana Bustorff é a exímia solista deste concerto de sentimentos mudos.”


Estreia 30 de Outubro

Domingo, Outubro 25th, 2009

Sabina Freire de Manoel Teixeira-Gomes Uma Comédia ”sem Moral nenhuma”

“O Autor escreve para se entreter e o mais curioso é afigurar-se-lhe que deve insistir na classificação de COMÉDIA a uma peça na qual há veneno e Morte em cena. Afirmando o Autor que “riu e riu com gosto ainda nas passagens mais trágicas e que COMÉDIA será eternamente.”

Theatro Circo (Braga)
30 de Outubro a 13 de Novembro
Terça a sábado – 21h30
Domingo – 16h00

Teatro da Cerca de São Bernardo (Coimbra)
19 de Novembro a 3 de Dezembro
Terça a sábado – 21h30
Domingo – 16h00

uma co-produção
A ESCOLA DA NOITE/COMPANHIA DE TEATRO DE BRAGA
no âmbito das Comemorações do Centenário da República

Um espectáculo construído a partir de um texto notável, de um intelectual de elevada craveira que foi, também, nosso Presidente da República: Manoel Teixeira-Gomes. Estadista e escritor, vindo a ser Presidente da Repúblico entre 1923/1925, quando o regime parlamentar atravessava alguns dos seus momentos mais críticos. Como diplomata coube-lhe enfrentar situações de grande complexidade, como combater a hostilidade das monarquias europeias perante o regime republicano implantado. Na sua actividade literárias da qual se destacam obras como Gente Singular, Novelas Eróticas, Maria Adelaide e Sabina Freire, única peça de teatro publicada, de quem Fialho D’Almeida disse: “é uma obra-prima: é o mais estranho trabalho que há 20 anos tem aparecido. O teatro Português moderno não tem nada que se lhe compare. Radia génio.” Pelo mesmo diapasão se manifestaram intelectuais como Carlos Malheiro Dias ou Urbano Tavares Rodrigues… Singular e premonitório foi também o tempo da sua Presidência, o modo como a exerceu e a forma como renuncia e parte para um exílio voluntário na Argélia, em 1925, onde viria a morrer. Em 1926, a 28 de Maio, acontece o golpe fascista.

Rui Madeira

Encenação: Rui Madeira Elenco: Actores da CTB: Solange Sá (Sabina Freire), André Laires (Júlio Freire), Jaime Soares (Dr. Fino), Carlos Feio (Padre Correia e Procurador Ferreira). Actores d’A Escola da Noite: Sílvia Brito (Maria Freire), António Jorge (Augusto César e Ministro), Ricardo Kalash (Epifânio), Miguel Magalhães (Josezinho Soares), Lina Nóbrega (Josefina). Cenografia: Rui Anahory Figurinos: Sílvia Alves Desenho de Luz: Fred Rompante Criação de Som e Imagem: Luís Lopes Criação Gráfica: Carlos Sampaio