Pó e Batom | CENDREV

Pó e Batom é uma fantasia lírica de Esther F Carrodeguas, a partir de duas conhecidas mulheres de Santiago de Compostela. Maruxa e Coralia Fandiño Ricart são duas irmãs que todos os dias cumprem escrupulosamente o mesmo ritual, saindo às duas em ponto para passear, vestidas e maquilhadas de forma garrida, repetindo percursos e enfrentando a cinzenta sociedade franquista que as marginaliza e maltrata, por serem de família republicana anarcossindicalista. Par inseparável que reinventa o sentido da vida, ora de forma cómica, ora ácida, resistindo e sobrevivendo em situação muito adversa. São galegas, mas reconhecemo-las em outros lugares e outros tempos, ao percorrermos a ponte que vai do particular ao universal, como pode acontecer quando temos nas mãos uma peça de teatro tão bela como esta.

TEATRO
Pó e Batom
CENDREV
2 e 3 de Fevereiro de 2024
sexta-feira, 19h00
sábado, 21h30
> M/14 > 90 min > 5 a 10€

informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / bilheteira@aescoladanoite.pt
Bilheteira online

Pó e Batom, pelo CENDREV (foto © Carolina Lecoq)

texto Esther F Carrodeguas
interpretação Ana Meira e Rosário Gonzaga
tradução e encenação Sofia Lobo
cenário, figurinos e adereços Filipa Malva música e direcção musical Jarbas Bittencourt desenho de luz António Rebocho operação de som Beatriz Sousa operação de luz Fabrisio Canifa fotografia e vídeo Carolina Lecoq design gráfico Alexandra Mariano execução de figurinos Adozinda Cunha e Eliana Valentine execução de cenário Serralharia Pedro & Pegacho, Lda. comunicação e divulgação Helena Estanislau direcção técnica António Rebocho direcção de produção Cláudia Silvano produção executiva Beatriz Sousa agradecimentos Câmara Municipal de Évora e Vanesa Sotelo

Pó e Batom, pelo CENDREV (foto © Carolina Lecoq)

Sofia Lobo
Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Português/Inglês). Integrou o Teatro Experimental de Mortágua e o Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra.
Co-fundadora d’A Escola da Noite, entre 1992 e 2021 foi atriz em 45 espetáculos, encenados por António Augusto Barros, Nuno Carinhas, Konrad Zschiedrich, Pierre Voltz, Rogério de Carvalho, Sílvia Brito e outros. Trabalhou autores clássicos e contemporâneos, de Ésquilo e Eurípides a Gil Vicente, de Lorca e Sinisterra a Pinter. Encenou Play, com peças curtas de Samuel Beckett, que traduziu do inglês e do francês; Noite de Amores Efémeros, com peças curtas de Paloma Pedrero, que traduziu do castelhano; Nunca Estive em Bagdad, de Abel Neves; Desmesura, de Hélia Correia (com Igor Lebreaud e Jarbas Bittencourt) e A Mulher como Campo de Batalha, de Matéi Visniec, que traduziu do francês com Ana Teresa Santos. Traduziu ainda, com o autor, Cándido Pazó, A Canoa, para o espectáculo por este dirigido, e O Cartógrafo, de Juan Mayorga (edição Livrinhos de Teatro Artistas Unidos/ Cotovia). Foi formadora em Uma aula vicentina, oficina para professores; Tchékhov em um acto, para grupos de amadores; Oficina de artes, para alunos dos Estudos Artísticos da Faculdade de Letras da Univ. Coimbra. Sócia da Cena Lusófona — Associação Portuguesa para o Intercâmbio Teatral, trabalhou com actores africanos e brasileiros, participou em espectáculos em Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Brasil, fez produção executiva em São Tomé e Príncipe e foi formadora no III Estágio Internacional de Actores. No âmbito das actividades desta associação, fez recentemente a tradução, a partir do galego, de textos de AveLina Pérez, Esther Carrodeguas, Luísa Villalta, Marcos Abalde e Vanesa Sotelo, para uma antologia bilingue de teatro galego contemporâneo a ser editada em breve.

Ana Meira
Actriz e marionetista fez o Curso de Formação Teatral, no Centro Cultural de Évora (1977-1979). Em 1979 integra a Equipa Artística do Teatro de Animação de Setúbal (TAS) e em 1981 regressa ao Centro Cultural de Évora, hoje CENDREV, onde tem desenvolvido a sua actividade como actriz integrando o elenco de peças de variados autores desde Goldoni, Marivaux, Shakespeare, Brecht, Gil Vicente, Mérimée, Federico García Lorca, Almeida Garret, Ödön von Horváth, Eduardo de Filipo, Michäel Ende, Miguel de Cervantes, Michel Vinaver, Molière, entre outros. Trabalhou com encenadores como Mário Barradas, Luís Varela, Pierre Étienne Heymann, entre outros e Pedro Álvarez-Ossorio com quem trabalhou como assistente de encenação. É uma das marionetistas do elenco dos Bonecos de Santo Aleixo desde 1983, tendo participado na recolha e fixação deste património popular alentejano no Centro Cultural de Évora, actual CENDREV, e integra a equipa organizadora da BIME desde 1987, ano da sua criação.
Participou em teatro para televisão nas peças: A Corda Bamba, Auto da Lusitânia e Romagem dos Agravados, e em Cinema, nos filmes: Azul Azul de Sá Caetano, A Casa Esquecida de Teresa Garcia, A Falha de João Mário Grilo e O Outro Lado do Arco-íris de João Galvão Teles. Foi actriz assistente dos alunos de Mestrado, em Dramaturgia e Encenação, da Universidade de Évora (2008-2009) e colabora em oficinas de Teatro para crianças e jovens. Colabora, desde 1991 em algumas produções do Era uma Vez, Teatro de Marionetas.

Rosário Gonzaga
Escola de Formação Teatral do CCÉvora, hoje CENDREV. Bolsa do Gov. Francês em Paris e Strasbourg. Curso Especialização em Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Cruzou-se com: Philippe Adrian, Philippe Gaulier, etc. Integra o CENDREV desde 1976 e a direcção desde 2002. Trabalhou com: Teatro da Rainha, Teatro Malaposta, La Fundición, Los Astilleros, TEatroensaio, A Escola da Noite, etc. Colabora com Associações Culturais e Produtoras Artísticas locais. Na sua carreira entrou em mais de 90 produções teatrais em que trabalhou textos de mais de 40 dramaturgos portugueses e estrangeiros e foi dirigida por mais de 30 encenadores. Assistente de encenação em espectáculos diri- gidos por: Pierre Étienne Heymann e por Pedro Álvarez-Ossorio. Encenou: Auto da Sibila Cassandra; Pranto da Maria Parda; Com o Autor Não Se Brinca, Estes Autos que Ora Vereis; Sermão de Abrantes.
Foi professora na Escola de Formação Teatral do CENDREV na área de interpretação. Leccionou as cadeiras de Oficina Prática de Dramaturgia I e II na licenciatura em Estudos Teatrais na Universidade de Évora. Formadora responsável no projecto Formação de Novos Públicos em Meio Escolar. Foi coordenadora da área de intervenção do CENDREV junto das escolas do distrito de Évora, dá apoio a grupos de teatro escolar e visitas guiadas ao Teatro Garcia de Resende. Em 1983 recebeu prémio Associação Portuguesa de Críticos, categoria revelação. Em 1987 é nomeada para prémio Garrett, categoria melhor atriz.

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