Miguel Magalhães e Maria João Robalo, "Nunca estive em Bagdad" (foto de ensaio de Eduardo Pinto)
Ainda pode inscrever-se para assistir ao ensaio aberto a professores/as de “Nunca estive em Bagdad”, de Abel Neves, que A Escola da Noite realiza na próxima quarta-feira, 10 de Outubro, pelas 21h30.
Faça-o por mail ou telefone (239 718 238 / 966 302 488).
Igor Lebreaud e Miguel Lança, "Novas diretrizes em tempos de paz" (ensaio, foto de Eduardo Pinto)
Com a confrontação de quem “sempre obedece” com o suposto agricultor (…) Bosco Brasil constrói uma peça de primeira linha, tão encharcada de teatro que faz exemplar uso do mais lindo momento de “A vida é sonho”, de Calderón de la Barca, de modo a entretecê-lo sem qualquer costura aparente em seu clímax.
“Novas diretrizes em tempos de paz”, afinal é um ótimo exemplo de tudo o que, no texto, é dito sobre o papel do teatro, e que podemos verificar ter tido os mesmos méritos em tempos de guerra, paz ou terrorismo.
Bárbara Heliodora
Segundo Caderno, O Globo, 14/09/2002
em ante-estreia, HOJE, na Figueira da Foz
Miguel Lança, "Novas diretrizes em tempos de paz" (ensaio, foto de Eduardo Pinto)
A Escola da Noite apresenta no próximo Sábado, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, uma ante-estreia do espectáculo “Novas diretrizes em tempos de paz”, do autor brasileiro Bosco Brasil. A iniciativa enquadra-se na mostra Criativa 2012 – Encontro de criadores da Figueira da Foz e fica a dever-se ao trabalho do actor Miguel Lança, criador figueirense, que integra o elenco do espectáculo.
Em 18 de Abril de 1945, quando a II Guerra Mundial está perto do fim, um emigrante polaco, Clausewitz (Igor Lebreaud), desembarca no porto do Rio de Janeiro, em busca de uma nova vida como agricultor. No cais é colocado perante Segismundo (Miguel Lança), um oficial da alfândega que desconfia das intenções da entrada de Clausewitz no Brasil.
Sem o salvo-conduto assinado por Segismundo, Clausewitz será obrigado a voltar ao cargueiro e seguir viagem. Para a obtenção desse salvo-conduto, Segismundo propõe um desafio ao estrangeiro, o que leva as duas personagens, que partilham a mesma idade do séc. XX, a confrontar as suas memórias: de um lado um actor que perdeu familiares e amigos, do outro um ex-torturador que sempre cumpriu ordens.
“Novas directrizes em tempo de paz” é considerado um dos melhores textos da dramaturgia brasileira contemporânea, tendo sido distinguida com os Prémios Shell e APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor autor em 2002.
Bosco Brasil (São Paulo, 1960) é dramaturgo, encenador e guionista. Foi fundador do Teatro de Câmara de São Paulo e escreveu peças como “Atos e Omissões”, “O Acidente”, “Os Coveiros” ou “Cheiro de Chuva”. “Novas diretrizes…” foi escrita em 2011 e garantiu-lhe o reconhecimento da crítica e do público:
Criadores da Figueira da Foz
Miguel Lança (Figueira da Foz, 1981) é formado em Teatro e Educação pela Escola Superior de Educação de Coimbra. Este é o quarto espectáculo consecutivo em que colabora com A Escola da Noite, depois de “Teatro Menor”, de José Sanchis Sinisterra (2011), “Animais Nocturnos”, de Juan Mayorga (2011), e “O Abajur Lilás”, de Plínio Marcos (2012).
A Mostra Criativa 2012, organizada pela Câmara Municipal da Figueira da Foz decorre entre 5 e 7 de Outubro, integra dezenas de iniciativas e envolve masi de 200 criadores figueirenses, nas áreas do teatro, da dança, da poesia, do cinema e multimédia, entre outras.
A ante-estreia de “Novas diretrizes em tempos de paz” terá lugar no pequeno auditório do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz no dia 6 de Outubro (sábado), pelas 22h30. A entrada é gratuita.
Novas diretrizes em tempos de paz
de Bosco Brasil
ante-estreia no âmbito da mostra Criativa 2012 – Encontro de criadores da Figueira da Foz
Figueira da Foz, Pequeno Auditório do Centro de Artes e Espectáculos
sábado, 6 de Outubro, 22h30
entrada gratuita
encenação António Augusto Barros elenco Igor Lebreaud e Miguel Lança
espaço cénico António Augusto Barros figurinos e imagem gráfica Ana Rosa Assunção
A Escola da Noite realiza na próxima quarta-feira, dia 10 de Outubro, pelas 21h30, um ensaio aberto a professores do espectáculo “Nunca estive em Bagdad”, de Abel Neves.
Maria João Robalo e Miguel Magalhães, "Nunca estive em Bagdad" (ensaio, foto de Eduardo Pinto)
“Nunca estive em Bagdad” é a história de um jovem casal português a braços com uma mudança de casa, passada na altura da Guerra do Iraque, em 2003. Enquanto a mudança vai sendo feita, Glória combate uma doença grave e Rogério não descola da televisão, que lhe oferece a guerra em directo.
O confronto entre as duas escalas – conflitos caseiros e globais, tragédias íntimas e civilizacionais – amplia o efeito de ambas, junto das personagens e junto dos espectadores, a maior parte dos quais se lembrará ainda do contexto em que esta peça é situada.
As reflexões suscitadas pelo texto, com muitas referências facilmente reconhecíveis, tornam o espectáculo muito indicado para ser visto por jovens em idade escolar, designadamente a partir do final do 3.º Ciclo do Ensino Básico.
Este ensaio aberto é uma oportunidade para partilhar o processo de trabalho com os professores e ouvir as suas opiniões. No final da sessão, terá lugar uma conversa informal com aqueles/as que quiserem e puderem comentar, pedir esclarecimentos ou simplesmente trocar ideias.
A entrada, restrita a professores/as, é gratuita. Inscreva-se por e-mail ou por telefone (239 718 238 / 966 302 488).
Faça-nos companhia!
Nunca estive em Bagdad
texto Abel Neves encenação Sofia Lobo interpretação Maria João Robalo e Miguel Magalhães espaço cénico Ana Rosa Assunção e Sofia Lobo figurinos Ana Rosa Assunção desenho de luz Danilo Pinto
Miguel Magalhães e Maria João Robalo, "Nunca estive em Bagdad" (ensaio, foto de Eduardo Pinto)
ROGÉRIO
Estão sem luz. Fodido. Passaram a linha vermelha. Agora é que se vai ver se há armas químicas ou não. Podes ir buscar o pacote das batatas?
Nunca estive em Bagdad, de Abel Neves
estreia em Outubro, no TCSB
