Os regressos de Amílcar Cabral? | CES / OEGB-C

Amílcar Cabral

Alguns meses depois do Ciclo de Cinema sobre a Guiné-Bissau, e um dia depois de mais um aniversário do assassinato de Amílcar Cabral, A Escola da Noite acolhe no TCSB a sessão “Os regressos de Amílcar Cabral?”, promovida pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (projecto DEOTHERING) e pela Organização dos Estudantes da Guiné-Bissau em Coimbra. Com entrada gratuita, a sessão inclui a projecção do documentário “O Regresso de Amílcar Cabral”, realizado em 1976 por um conjunto de realizadores guineenses, e um debate no final.

Amílcar Cabral foi assassinado a 20 de Janeiro de 1973. Passados 47 anos do seu assassinato, continua a ser frequente a utilização de expressões que remetem para a imortalidade do seu pensamento e da sua acção. No entanto, essas expressões isoladas dizem pouco sobre quais as possibilidades de emergência de eventuais legados que se situem simultaneamente no plano político e quotidiano, local e transnacional. É sobre essas possibilidades que se procura reflectir e discutir nesta sessão, partindo do filme que convoca reais e potenciais retornos de Amílcar Cabral.

O filme “O Regresso de Amílcar Cabral” mostra a cerimónia solene em torno do retorno dos restos mortais de Amílcar Cabral de Conacri, onde foi assassinado em Janeiro de 1973, para Bissau, em 1976. Foi um trabalho colectivo dos cineastas guineenses e um dos poucos documentários que conseguiram terminar. De acordo com Sana na N’Hada, o objetivo original deste filme foi convidar a diáspora guineense a retornar à recém-libertada nação.

O debate conta com a participação de Alexandra Santos, investigadora do Centro de Estudos Sociais, Vice-presidente do INMUNE, ativista pelos direitos de pessoas queer, LGBTI+, assistente social e fundadora do queeringstyle; Yussef, militante do Movimento Africano de Trabalhadores e estudantes-RGB e do Colectivo Consciência negra; e Marinho Pina, nascido em Sonaco, verbómano inveterado e contador de histórias em diferentes formatos (é também Geraldo Pina, investigador do Dinâmia’CET-IUL e bolseiro da FCT).
Sílvia Roque, investigadora do CES-UC com trabalho sobre a Guiné-Bissau e mais recentemente sobre a figura de Amílcar Cabral e os seus múltiplos significados na atualidade, assegura a facilitação da conversa após a exibição do filme.

CINEMA
O Regresso de Amílcar Cabral
de Flora Gomes, José Bolama, Josefina Crato e Sana na N’Hada
seguido de debate com Alexandra Santos, Yussef e Marinho Pina, facilitado por Sílvia Roque
21 de Janeiro de 2020
terça-feira, 21h30
31′ > Guiné-Bissau, 1976 > M/12
entrada gratuita
(filme falado em Crioulo, Francês e Português, com legendas em Inglês)

organização: Organização dos Estudantes da Guiné-Bissau em Coimbra, (DE)OTHERING/NHUMEP-CES

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