Mircea Cantor

Mircea Cantor (© Giorgio Benni)

Nascido em 1977 em Oradea, Roménia, é um artista que “vive e trabalha na Terra”. Criador em busca da poesia visual, da reflexão, da meditação e cuja prática polimorfa se inspira na vida quotidiana, Cantor consegue, através de engenhosos jogos de repetição, ritmo e simetria, criar imagens poéticas poderosas que deixam uma marca indelével na mente. As suas obras encorajam-nos a meditar sobre a nossa própria liberdade de movimentos, os conceitos de fronteiras e limitações e sobre as corajosas, mas tantas vezes audaciosas, tentativas de sublimação e subversão do mundo.
Em 2003, chamou a atenção com o filme “The Landscape Is Changing”, no qual os manifestantes brandiam grandes espelhos como slogans. Dois anos depois, realizou o vídeo “Deeparture”, que mostra o encontro entre um lobo e uma corça no espaço vazio da galeria Yvon Lambert, em Paris. Para além do vídeo, experimenta escultura, instalação, fotografia, desenho ou, mais recentemente, cenografia (“O Principezinho”, encenação de Alexandru Dabija, Teatrul de Comedie de Bucareste, 2017). As suas obras integram importantes colecções internacionais como o MoMA (Nova York), o Walker Art Center (Minneapolis), o Musée National d’Art Moderne – Centre Pompidou (Paris), o Museum Albteiberg (Mönchengladbach), o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia (Madrid), o Kunsthaus (Zurique), a Colecção Pinault (Paris), a Colecção Rennie (Vancouver) ou o Castello di Rivoli (Turim). Realizou recentemente exposições individuais em Itália, França, Japão e Canadá. Ganhou o Prémio Marcel Duchamp (2011) e o Prémio Paul Ricard Corporate Foundation (2004).
Foi condecorado com a Ordem de Oficial das Artes e Letras, França (2019) e com a Ordem Nacional do Mérito com o grau de Cavaleiro, Roménia (2019).
A sua mais recente monografia detalhada foi publicada em 2020 pela Dilecta, Paris.

[CAFÉ BONHEUR — Página do espectáculo]

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