Hugo Soeiro Sanches

HUGO SOEIRO SANCHES (Porto, 1973)
É doutorado com distinção e louvor em Estudos Musicais pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC). Mestre e licenciado em música antiga (alaúde) pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Politécnico do Porto, Hugo desenvolve a sua carreira em 3 frentes: o ensino, a performance e a investigação.
No domínio do ensino, é actualmente coordenador do Curso de Música Antiga da ESMAE, onde lecciona teoria e prática interpretativa histórica, alaúde, música de câmara e baixo contínuo desde 2010.
No domínio artístico, o seu percurso divide-se em duas vertentes. Enquanto instrumentista especializado em instrumentos de corda pulsada histórica (alaúdes, tiorba, viola de mão e guitarra barroca), actua regularmente quer a solo, quer com reputados ensembles de formações e características diversificadas, destacando-se Arte Minima, Ensemble Hotteterre, Gli Incogniti, Os Músicos do Tejo, Orquestra Barroca da Casa da Música, Orquestra Barroca de Veneza e Sete Lágrimas.
Numa segunda vertente, Hugo Sanches dirige O Bando de Surunyo, ensemble que fundou em 2015 com a missão principal de recuperação, interpretação e divulgação de música inédita e pouco conhecida de fontes portuguesas dos séculos XVI e XVII. No decurso do seu historial de mais de meia centena de concertos, O Bando de Surunyo apresentou em primeira audição moderna mais de 30 obras do barroco peninsular, visitando também diferentes repertórios, desde a música ibérica aurissecular ao seicento italiano. Destacam-se os programas de obras inéditas “Cambarito – cânticos de devoção e independência durante a Guerra da Restauração”, “Ai dina, dina, dana – música para o Natal do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra” e “Que sonoramente canta – lírica, devoção e dança no primeiro barroco ibérico”.
É ainda investigador integrado do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da FLUC (CECH) onde se especializa no estudo do repertório ibérico do século XVII. O trabalho aqui desenvolvido materializa-se não só na frente académica – através da realização de comunicações e trabalhos escritos –, mas também na performativa – através dos concertos do Bando de Surunyo.

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