Desde Ese Silencio | AVELINA PÉREZ

© Daniel Casquero

“Ese Silencio”, de AveLina Pérez, foi publicado em 2022. É um monólogo no qual ELA se dirige directamente a TI, sem piedade e sem tréguas, procurando que as palavras encubram, por um momento, o inevitável: a visão nítida do mundo.
Uma incorrecção necessária, pelo menos para quem fala.
Um texto doloroso, que mostra uma ferida aberta, uma tentativa de fuga… e uma forma de olhar.

A convite da Mostra de Teatro Galego, AveLina Pérez realiza em Coimbra uma residência de criação artística, parte do processo de construção da instalação/performance com que pretende apresentá-lo ao público.
O formato escolhido visa encontrar um equilíbrio – ou desequilíbrio – entre a viagem íntima através do som e o contexto físico que os espectadores habitam que, neste caso, será público.
O objectivo é investigar os elementos necessários para concretizar uma proposta cénica na qual os/as espectadores/as possam realizar uma viagem sonora, pessoal, através de um texto teatral dedicado a cada um deles/as.
Utilizando principalmente recursos sonoros, pretende-se investigar acerca da palavra cénica da intimidade e transformar o texto teatral numa viagem íntima – num espaço público e partilhado – para cada um/a dos/as espectadores/as.
No final da residência, AveLina Perez mostra o ponto da situação do seu trabalho e abre as portas do seu laboratório, em três sessões abertas ao público, que incluirão um momento de conversa com os/as espectadores/as.
A entrada é gratuita mas sujeita a marcação prévia, tendo em conta a lotação muito reduzida de cada apresentação.

INSTALAÇÃO / PERFORMANCE
Desde Ese Silencio
AVELINA PÉREZ
6 e 7 de Outubro de 2023
sexta-feira, 21h30
sábado, 16h00 e 19h00
> Cena Lusófona – Sala Brincante
> M/16 > 45 min 
> entrada gratuita sujeita a reserva

criação cénica AveLina Pérez vídeo e som Jesús Andrés Tejada 
colaboração Cena Lusófona, Teatro Ensalle

informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

AVELINA PÉREZ
Nasceu em Santa María de Oia, Pontevedra, em 1969.
Diplomada em Educação Social e formada em interpretação pela escola Santart e em encenação e dramaturgia pela ESAD de Galicia. Depois de anos dedicada à educação social em contextos de exclusão, abandona radicalmente a sua profissão e centra o seu foco nas artes cénicas. Foi directora da companhia Teatro do Lume, reconduzindo posteriormente o seu trabalho para um projecto de criação com o seu próprio nome.
É encenadora, dramaturga e actriz das peças “Segunda man. Estado aceptable”, “Por favor, ténteo novamente máis tarde”, “Eco”, “Deixa de Tocala, Sam”, “Os cans non comprenden a Kandinsky” (Prémio Coiro de Pita 2018, da Sala Ingrávida), “A que non podes dicir cocacola?”, “Gañaremos o pan coa suor da túa fronte” e “Vaguedás”.
Recebeu vários prémios de dramaturgia breve e de teatro radiofónico e, em 2018, o Prémio Abrente de textos teatrais pela peça “O día no que bicar a terra” e o premio Álvaro Cunqueiro por “Ás oito da tarde, cando morren as nais”, peça levada à cena pelo Centro Dramático Galego em 2022, com encenação de Marta Pazos, num espectáculo que foi apresentado em Coimbra, no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Maio desse mesmo ano.
“Ás oito da tarde, cando morren as nais” está traduzida em Português e integra a Antologia de Teatro Galego Contemporâneo, publicada em 2022 pela Cena Lusófona.
“Ese Silencio” (Edicións Positivas, 2022) é o seu mais recente texto publicado.

[MOSTRA DE TEATRO GALEGO EM COIMBRA 2023]

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