Catarina e os Mouros

CATARINA E OS MOUROS, BOOK-cópia (2)

A Escola da Noite tem o prazer de acolher no TCSB, a 14 de Maio, o sexteto “Catarina e os Mouros”, agora com uma nova formação, “renovada e aumentada”. Ao lado da vocalista Catarina Moura estão Luís Pedro Madeira, Manuel Rocha, Miguel Veras, Ni Ferreirinha e Quiné Teles.

O grupo interpreta música tradicional portuguesa e existe com este nome desde 2010, tendo realizado apresentações em diversos locais do país. O concerto no TCSB constitui também uma oportunidade para pré-apresentar ao público da cidade o seu primeiro trabalho discográfico, que está em preparação e será editado em breve.

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Catarina e os Mouros
Por cá, mouros somos quase todos – sangues de azeite e laranjas virados para a terra, entalados entre espanhas e mares. Catarinas também somos, por cá e lá longe, imperatrizes cruéis, inconformadas camponesas e, aqui mais perto, cantadeiras também: a Chitas, de Penha Garcia, e esta agora, que é Catarina e é Moura também, e inventa vozes em cantigas dos tempos todos. Que cantigas? Umas – de judeus errantes, outras – de sedentários camponeses, marinheiros, pastores e pedintes, pregoeiros e todos os demais – quem no cantar tenha agrado – que a música é coisa de ricos e pobres, homens e mulheres (mais de mulheres, justiça seja feita), concertistas e desafinados.
Esta Catarina, a Moura, tem tendência a recantar modas desusadas, de quando havia ceifas e pregões e trabalhos com mãos e vozes. Acabados os trabalhos – ou transformados em outros trabalhos – e as vozes que os cantavam, ficaram as cantigas no esquecimento. No esquecimento não – na memória. Porque é de memória que primeiro são as cantigas que a Catarina quer cantar, como quem se arma em deus e sopra vida ao corpo que parecia morto, tão morto pois tão caído no esquecimento. Primeiro cantou-as sozinha aos ouvidos de uns poucos que também se agradaram das cantigas e se lhe juntaram, a ela, com vozes a que falta o músculo, mas sobram as peles, a madeira, o metal e os circuitos integrados de que se fazem as gaitas do nosso e de outros tempos. Mouros como ela, fizeram com o seu nome aquilo que ela fez às cantigas de outras vozes – roubaram-lho. E passaram a dar pelo nome de Catarina e os Mouros.

MÚSICA

Catarina e os Mouros

voz Catarina Moura piano, braguesa, bandolim, cavaquinho, concertina Luís Pedro Madeira percussões Quiné Teles guitarra acústica Miguel Veras baixo acústico Ni Ferreirinha violino, bandolim Manuel Rocha

14 de Maio de 2016
sábado, 21h30
M/ 6 > 60′
Preços: bilhete normal – 10 Euros; estudante, jovem, > 65 anos e profissionais e amadores de teatro – 6 Euros; entidades protocoladas e funcionários da CMC – 5 Euros; assinaturas TCSB – 5 entradas, 30 Euros / 10+1 entradas, 50 Euros

informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

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