Aerograma Liberdade | CATARINA MOURA

“Aerograma Liberdade”, de Catarina Moura (© Cátia Vidinhas)

AEROGRAMA LIBERDADE – UMA CARTA CONCERTO

Mãe: onde fica a guerra? Se as cantigas são testemunhas, vontades, crónicas até, então a História é um imenso cancioneiro. Por isso vai cantar-se (contar-se) a história do soldadinho; e se calhar a da sorte dos justos na terra da injustiça; e também a dos emigrantes que trocaram a terra de nascença por sonhos de bem-viver e saudades.
No fundo de uma gaveta com papéis velhos descobriu-se um aerograma chegado dos lugares do fogo. “Mãe: que papeis são estes?”. Era um molho de aerogramas amarrados com um cordel, dos dias de pais ausentes dos dias dos seus meninos. Alguns voltaram, depois, quando a guerra se acabou. Por causa de uma Revolução dos escritores de aerogramas. Há quase 50 anos, num Abril de cravos, abraços e canções da Liberdade.

Os aerogramas, alcunhados de “bate-estradas”, eram um dos meios de correspondência mais utilizados entre os militares e as famílias durante a Guerra Colonial. Os aerogramas eram transportados e fornecidos gratuitamente aos militares e às suas famílias. Estima-se que tenham sido impressos mais de 300 milhões.
Este espetáculo carta em forma de concerto e com recurso a imagens ilustradas projetadas, constitui-se como um projeto de memória em que através da leitura de aerogramas ficcionados, vamos dando a conhecer a história de uma família separada pela guerra colonial, e que é também a história do Portugal da década de 60/70 até ao 25 de Abril.
Pretendemos que este trabalho de memória musicado seja “o passado por dentro do presente” do verso de Manuel Alegre.

Aerograma Liberdade

MÚSICA | TEATRO
Aerograma Liberdade
CATARINA MOURA
2 de Março de 2024
sábado, 11h00
> M/5 > 45 min > 5€

sessões para escolas:
1 de Março de 2024
sexta-feira, 10h30 e 14h30
[SÁBADOS PARA A INFÂNCIA NO TCSB]

informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / bilheteira@aescoladanoite.pt
Bilheteira online

ideia e concepção Catarina Moura, Luís Pedro Madeira e Ricardo Correia
textos dos aerogramas Ricardo Correia (Professor Adjunto IPC/ESEC)
músicos Catarina Moura – voz, Luís Pedro Madeira – guitarra elétrica e guitarra clássica, Quiné Teles – kalimba, balafon, caixa popular, adufe e bombo, Ricardo Grácio – viola beiroa, viola campaniça e flauta transversal

narração vozes Cláudia Carvalho, Miguel Moura Madeira e Ricardo Correia ilustrações e animações Cátia Vidinhas edição de vídeo Luís Pedro Madeira desenho de luz Guilherme Pompeu produção executiva Tarrafo co-produção Teatro da Cerca de São Bernardo e Escola da Noite
Uma encomenda do Município de Loulé para as comemorações do 25 de Abril de 2023.

CATARINA MOURA
Ana Catarina Ribeiro de Moura nasceu no Entroncamento, a 25 de Dezembro de 1975. Licenciada em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Trabalhou durante 13 anos na área de Educação de Adultos. Responsável desde 2018 pelo Projeto Educativo e Mediação de Público do Convento São Francisco em Coimbra.
Em 2015 cria o projeto Taleguinho com Luís Pedro Madeira direcionado para o público infantil, tendo por base as histórias e músicas tradicionais portuguesas, como extensão deste projeto desenvolve oficinas de canto tradicional e de trava-línguas para todas as idades.
Integra desde 1999 a Brigada Victor Jara. Membro fundador do grupo feminino de cantares tradicionais portugueses Segue-me à Capela e membro fundador do grupo Catarina e os Mouros.
Intérprete criadora do espetáculo “Fica no Singelo”, com direção artista e coreográfica de Clara Andermatt, uma produção da Companhia ACCCA e coprodução do Teatro Viriato, da Culturgest, Teatro Nacional S. João e Centro Cultural Vila Flor. Participou em bandas sonoras para curtas-metragens, enquanto intérprete participa no filme “Fados” de Carlos Saura. Intérprete na peça de teatro “A ilha desconhecida” uma produção do Trigo Limpo Acert e Fundação José Saramago.
Em 2020 recebe convite da Fábrica das Artes do CCB para produzir um espetáculo para todas as idades para o Centenário do Nascimento de Amália Rodrigues – “Assim Devera eu ser”.

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