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Bosco Brasil

Sexta-feira, Janeiro 4th, 2013

Bosco José Lopes Rebello da Fonseca Brasil, conhecido como Bosco Brasil, nasceu em 1960, em Sorocaba (São Paulo) e é dramaturgo brasileiro. Forma-se na Escola de Comunicação e Artes da USP, a ECA. Estreia-se na dramaturgia com o espectáculo “Budro”, encenado em 1994, sob a direcção de Emílio di Biasi. Por esse texto, Bosco recebe os Prémios Molière e Shell de Melhor Autor.

É o fundador do Teatro de Câmara de São Paulo, na Praça Roosevelt, juntamente com Ariela Goldmann, Jairo Mattos, Lavinia Panunzio e Luis Fruguli. Inspirado no Teatro de Câmara de Estocolmo, fundado por Strindberg, o grupo ambiciona criar uma companhia onde a direcção sirva mais como um “guarda de trânsito” da criação artística dos integrantes do grupo, à maneira dos grupos de música de câmara. O reportório é dedicado integralmente à dramaturgia contemporânea. Em 1995, estreia o novo espaço como autor e director de “Atos e Omissões”, texto em que contextualiza a discussão da juventude na periferia, debruçando-se sobre personagens das camadas excluídas da sociedade. No mesmo ano escreve “O Acidente”, que é encenado, em 2000, sob a direcção de Ariela Goldmann.

No ano de 2001, Bosco obtém um grande reconhecimento da crítica e do público com “Novas diretrizes em tempos de paz”. No espectáculo, encenado por Ariela Goldmann, ele apresenta o embate verbal entre um funcionário do governo brasileiro e um imigrante polaco, Clausewitz, que luta para conseguir o seu salvo-conduto e, para consegui-lo, submete-se a um desafio proposto pelo funcionário. “Novas diretrizes em tempo de paz” é considerado um dos melhores textos da dramaturgia brasileira contemporânea. Com esta obra, ganhou os Prémios Shell e APCA de melhor autor em 2002. Em 2009, Daniel Filho dirige “Tempos de Paz”, adaptação cinematográfica da obra.

Escrito ainda no ano de 2001, “Blitz”, também sob o formato de texto curto para a Mostra de Dramaturgia Contemporânea, empreendida por Renato Borghi, contrapõe um soldado e sua mulher, num momento de exasperação de suas vidas. Bosco Brasil também é autor das peças “Abelardo e Berilo”, uma remontagem da sua peça “Os Coveiros” de 1998, e “Cheiro de Chuva”, escrita em 2000 e apresentada em 2007.

Em 1996, Bosco Brasil fundou a “Caliban” Editorial e lançou a coleção “Teatro Brasileiro de Bolso”, dedicada à dramaturgia contemporânea brasileira.

Além do teatro, Bosco escreve para a televisão, sendo o autor de novelas como “Bicho do Mato” e “Tempos Modernos”.

Mais informações em SP Escola de Teatro,

Itaú Cultural e Dramaturgos Brasileiros