Archive for Julho, 2011

nova temporada em Setembro

Sábado, Julho 30th, 2011

TEATRO MENOR textos José Sanchis Sinisterra  tradução, dramaturgia  e encenação António Augusto Barros elenco Igor Lebreaud, Miguel Lança, Miguel Magalhães, Paula Garcia, Rafaela Bidarra, Sofia Lobo espaço cénico João Mendes Ribeiro, António Augusto Barros figurinos e imagem gráfica Ana Rosa Assunção desenho de luz Jorge Ribeiro sonoplastia Eduardo Gama 8 a 15 DE SETEMBRO  | terça a sábado, às 21h30 e domingo às 16h00 | TEATRO DA CERCA DE SÃO BERNARDO | Coimbra | Maiores de 12 anos | info 239718238 | 966302488 | geral@aescoladanoite.pt

“Verdades escondidas”

Sexta-feira, Julho 29th, 2011

Dois casais, cujo homem e mulher de cada um deles acaba por se envolver um com o outro, são a materialização de um mal estar social. A peça, assume Solveig Nordlund é amplamente influenciada pelo teatro de Jon Fosse. Ou seja, “é um teatro de poucas palavras muito minimalista e até absurdo”. Praticamente sem indicações cénicas há um jogo de actores que faz com que as palavras se tornem enunciados de acção e que, “em cada cena, como no cinema, existam várias pequenas cenas”.

O microcosmos representado por estas quatro personagens é visto pela lupa de Lars Nóren, com o objectivo de implicar o espectador num processo de identificação.

Essas frases, que escondem detalhes, são o detonador das bombas que o autor instalou por entre os desejos dos espectadores. “Parecem banalidades, coisas quase práticas, mas que escondem a realidade”. A falsa banalidade que caracteriza muita da escrita dos autores do Norte da Europa, parte do que é indistinto para denunciar o que é singular. E, desse modo, “são os pequenos detalhes do quotidiano que fazem a diferença”. No fundo, apanhar em falso o que é verdadeiro.

Será sempre assim por entre as revoluções são os rostos que ficam, os nomes que se distinguem, as praças que ficamos a conhecer. E a história que fazemos, por via do teatro ou do que existe por dentro dele, a ser permanentemente escrita.”

Tiago Bartolomeu Costa, “Público“, 7 de Julho de 2011

 

29 e 30 de Julho de 2011, sexta e sábado, 21h30
Teatro da Cerca de São Bernardo

Autor: Lars Norén Tradução e Encenação: Solveig Nordlund, com o apoio do Kulturradet – Conselho das Artes da Suécia Cenário e figurinos: Ana Paula Rocha Luz: Acácio Almeida Intérpretes: Joana Brandão, Joana Barcia, Manuel Wiborg, Nuno Nunes, Paulo Guerreiro Co-Produção Teatro Municipal de Almada / Festival das Artes
Espectáculo integrado no Festival das Artes | Mais informações disponíveis aqui.

“Do Amor” de Lars Norén

Quinta-feira, Julho 28th, 2011

 

Lars Norén


Lars Norén, o dramaturgo sueco mais encenado depois de Strindberg, é cada vez mais autobiográfico. A peça Do amor baseia-se grandemente no seu Diário de um dramaturgo, de 2008). Mas, ao mesmo tempo, Norén é também cada vez mais universal. Em Do Amor, as personagens não têm nomes: são A, B, C D e E, anónimas e permutáveis.
A história é banal: B e C apaixonam-se numa excursão a Lanzarote, e isso modificará as relações entre A e B e C e D, e, consequentemente, as suas vidas futuras – um dos casais tem um filho, o outro casal quer adoptar. Há uma paixão inicial, com encontros às escondidas, mentiras, e as consequentes terapia familiar e separação. As personagens recuam perante a verdade, evitam-na, são incapazes de falar do que realmente importa, perdem-se em obrigações do dia-a-dia.
A história corresponde à experiência de inúmeros casais incapazes de comunicar, sem coragem para tomar decisões e indefesos perante o amor. A peça é escrita como um guião cinematográfico, sem linearidade temporal, com mudanças constantes de cena, e diálogos minimalistas que conferem grande liberdade interpretativa. Para a encenadora Solveig Nordlund, transportar para o palco este testemunho pessoal constituiu um desafio.

29 e 30 de Julho de 2011, sexta e sábado, 21h30
Teatro da Cerca de São Bernardo

Autor: Lars Norén Tradução e Encenação: Solveig Nordlund, com o apoio do Kulturradet – Conselho das Artes da Suécia Cenário e figurinos: Ana Paula Rocha Luz: Acácio Almeida Intérpretes: Joana Brandão, Joana Barcia, Manuel Wiborg, Nuno Nunes, Paulo Guerreiro Co-Produção Teatro Municipal de Almada / Festival das Artes
Espectáculo integrado no Festival das Artes | Mais informações disponíveis aqui.

Hoje à noite no Pátio da Inquisição!

Quarta-feira, Julho 27th, 2011

Uma selecção de textos de Gil Vicente e Januário de Oliveira com actores e bonecos, que tem animado dezenas de largos e praças em todo o país, para falar do “desconserto do mundo”.

Com música ao vivo e pensado para espaços ao ar livre, o espectáculo inspira-se no universo popular português e brasileiro e aposta na “fusão de actores/bonecos/músicos, subvertendo as unidades de tempo, lugar e acção, deixando soltar-se a imaginação dos espectadores”.

Para além de excertos de algumas das peças de Gil Vicente, o espectáculo inclui textos de Januário de Oliveira (Ginu), mestre da arte do “mamulengo” (teatro de bonecos) nascido no Recife (Brasil), em 1910. É autor, entre outras, das peças “As Aventuras de Uma Viúva Alucinada”, “Manuel o Pequenino – O Filho Amaldiçoado” e “As Bravatas do Professor Tiridá na Usina do Coronel Javunda”.

o CENDREV apresenta SE O MUNDO FOSSE BOM, O DONO MORAVA NELE
a partir de textos de Gil Vicente e Januário de Oliveira
26 e 27 de Julho de 2011 | Terça e Quarta | 21h30
Pátio da Inquisição | Entrada Gratuita

“Se o mundo fosse bom, o dono morava nele”

Terça-feira, Julho 26th, 2011

no Pátio da Inquisição!