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Arístides Vargas, o autor de “A idade da pavía”

Quinta-feira, Junho 19th, 2014

aristides

Arístides Vargas (Córdoba, Argentina, 1995) é forçado a exilar-se no Equador, com apenas 20 anos, devido ao golpe militar no seu país. Este facto marca toda a sua obra dramatúrgica.
Dirigiu importantes grupos e compahias latino-americanas entre as quais se destacam a Compañía Nacional de Teatro de Costa Rica, o grupo Justo Rufino Garay (Nicaragua), o grupo Taller del Sótano (México), a Companhia Ire (Puerto Rico). É fundador de um dos grupos mais prestigiados da América Latina: o grupo Malayerba, do Equador, que ainda hoje dirige.
Para além de “A idade da pavía” (“La edad de la ciruela”), que o Sarabela Teatro apresenta hoje no TCSB, é autor das peças “Jardín de Pulpos”, “Pluma”, “Donde el viento hace buñuelos” e “Nuestra Señora de las Nubes”, entre outras.
A temática da sua dramaturgia gira em torno da memória, o desenraizamento, a marginalidade. A sua escrita combina poesia e humor com uma certa amargura e oscila entre a inocência de quem crê que o mundo pode ser mudado e a crueldade da negação dessa esperança.
Numa entrevista de 2012, reconhece as marcas que a ditadura argentina e o exílio a que foi forçado deixaram na sua vida e na sua obra: “Sou um escritor traumatizado por certos factos que ocorreram numa Argentina que, ainda que esteja perdida no tempo, não devemos esquecer. Porque a ditadura afectou só o povo argentino mas todo o projecto humano. Foi nefasta e horrenda. Eu escrevo sobre esses temas. É uma opção ética falar sobre eles”.

 

TEATRO
A idade da pavía
de Arístides Vargas
Sarabela Teatro (Galiza, Espanha)
19 de Junho
quinta-feira, 21h30
M/12 > 5 Euros (preço único – “Quintas no Teatro”)

A idade da pavía

Domingo, Junho 15th, 2014

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TEATRO
A idade da pavía
de Arístides Vargas
Sarabela Teatro (Galiza, Espanha)
19 de Junho
quinta-feira, 21h30
M/12 > 5 Euros (preço único – “Quintas no Teatro”)

Obra do dramaturgo argentino Arístides Vargas, “A idade da pavía” conta a história de nove mulheres de três gerações diferentes, sob um “realismo mágico” em que o passado e as recordações são os protagonistas. Sobre o público incidem emoções contraditórias e um sabor agri-doce: o espectáculo mistura ironia, ternura e momentos de dor.

O Sarabela Teatro
Sediado em Ourense, o Sarabela Teatro foi fundado em 1980 e funciona como companhia profissional desde 1990. É dirigido por Ánxeles Cuña Bóveda e conta com mais de 40 espectáculos apresentados e com vários prémios no seu palmarés. É responsável pela organização do Festival Internacional de Teatro de Ourense (FITO) e pela Mostra Internacional de Teatro Universitário (MITEU).
Assumindo que é no “tecido interno” que encontra o calor, as emoções e a motivação para criar os seus trabalhos, mantém como objectivos: “fazer um teatro bom, um teatro vivo, arriscado, contemporâneo, coerente; com rigor, auto-crítica, responsabilidade, resistência…”.
Esta é a quarta vez que o Sarabela vem a Coimbra a convite d’A Escola da Noite, depois de ter aqui apresentado “Así que pasen cinco años”, de Federico García Lorca (Oficina Municipal do Teatro, 2003, no âmbito da Estação da Cena Lusófona) e, já no TCSB, “A Esmorga”, de Eduardo Blanco-Amor (2009, no âmbito do I Encontro Internacional sobre Políticas de Intercâmbio), e “Rosalía: os cantares das musas”, na abertura da I edição da Mostra de Teatro Galego (2013).