E o que é pior é que a gente trabalha, trabalha e todo mundo acha que a gente é puta. Então, a ordem é ser puta mesmo. Mas devagar. Sem perereco. Quás-quás-quás não dá camisa a ninguém.
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Leninha
Sexta-feira, Abril 13th, 2012um repórter incómodo
Sexta-feira, Abril 13th, 2012Durante os últimos anos da década de 60 e os primeiros da década de 70, Plínio Marcos foi preso duas vezes e detido para interrogatório em diversas ocasiões. Nessa época todas as suas peças estavam censuradas. Mesmo Dois Perdidos numa Noite Suja e Navalha na Carne, que já haviam sido apresentadas em diversas regiões do país, foram interditadas em todo o território nacional.
“Eu, há dezessete anos, sou um dramaturgo. Há dezessete anos pago o preço de nunca escrever para agradar os poderosos. Há dezessete anos tenho minha peça de estréia [Barrela] proibida. A solidão, a miséria, nada me abateu, nem me desviou do meu caminho de crítico da sociedade, de repórter incômodo e até provocador. Eu estou no campo. Não corro. Não saio. E pago qualquer preço pela pátria do meu povo.” (1973)
Biografia de Plínio Marcos, autor de “O Abajur Lilás”,