Archive for the ‘divulgação’ Category

O Leitor

Quarta-feira, Março 31st, 2010

José Rubem Fonseca fotografado pelo filho, José Henrique Fonseca, no Rio de Janeiro, a 30 de Outubro de 2009

Concordo com García Márquez, quando ele diz, “se você diz que o romance está morto, não é o romance, é você que está morto”. Mas na minha crônica eu reconheço que uma coisa talvez esteja acontecendo: a literatura de ficção não acabou, o que está acabando é o leitor. Poderá vir a ocorrer este paradoxo, o leitor acaba, mas não o escritor? Ou seja, a literatura de ficção e a poesia continuam existindo, mesmo que os escritores escrevam apenas para meia dúzia de gatos pingados?

[Rubem Fonseca, in Cadê o leitor?]

“Um ciclo de álbuns que abriu novos caminhos”

Terça-feira, Fevereiro 23rd, 2010

Enquanto António Pinho Vargas não chega ao palco do Teatro Académico de Gil Vicente, para o concerto comemorativo dos 720 anos da Universidade de Coimbra, naquele que é o primeiro espectáculo do ciclo “do monólogo, coisa pública”, pode ler aqui a entrevista que este compositor deu em Outubro passado a Nuno Galopim do “Diário de Notícias” — “Um ciclo de álbuns que abriu novos caminhos” — e que posteriormente foi publicada no blog sound–vision.blogspot.com.

Parte 1Parte 2Parte 3Parte 4Parte 5

Solo I e II | António Pinho Vargas | 1 de Março | segunda | 21h30 | Teatro Académico de Gil Vicente

Máscaras — Gramática de um Aprendiz

Terça-feira, Fevereiro 9th, 2010

No próximo dia 12 de Fevereiro, sexta-feira, pelas 21h30, inaugura “Máscaras — Gramática de um Aprendiz”, na Sala de Exposições Temporárias do Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques, na Lousã. “Máscaras — Gramática de um Aprendiz” é uma exposição de máscaras criadas por António Jorge — actor, encenador e cenógrafo d’A Escola da Noite, numa iniciativa da Câmara Municipal da Lousã, integrada no Programa “Entrudo 2010”. As máscaras agora expostas resultam de um trabalho iniciado há mais de 10 anos por António Jorge e já foram “ca[u]sa”  de um espectáculo d’A Escola da Noite: “700 Máscaras à procura de um rosto ou Um artista da fome”. Esta é uma nova oportunidade para ver ou rever o extraordinário trabalho de criação, nos mais diversos materiais, deste objecto de ancestrais tradições teatrais e antropológicas.

Exposição organizada pela Câmara Municipal da Lousã, integrada no Programa “Entrudo 2010”. António Jorge nasceu em 1966. Foi membro fundador d’A Escola da Noite e iniciou a sua actividade teatral no TEUC, em 1987. Integrou a organização da Bienal Universitária de Coimbra, em 1990. Participou como actor em praticamente todos os espectáculos da companhia A Escola da Noite, sendo ainda responsável pela cenografia e adereços em muitos deles. Na companhia encenou “Amado monstro”, de Javier Tomeo (1992, com José Neves), “Além do infinito”, de Abel Neves (2004, com Ana Rosa Assunção, António Augusto Barros e Sílvia Brito), “Noivas”, de Cleise Mendes (2005), “Prometeu 06”, a partir de Ésquilo, Kafka e Heiner Müller (2006), “Auto da Índia: aula prática” (2007, com António Augusto Barros, Sílvia Brito e Sofia Lobo) e “Bonecos & farelos”, de Gil Vicente (2008). Foi formador em iniciativas da companhia como o “III Estágio Internacional de Actores”, “Tchékhov em um acto”, “Oficina de artes” e “Uma aula vicentina”.

Rubem Fonseca – Contos

Quinta-feira, Janeiro 21st, 2010

A Escola da Noite em co-produção com a Companhia de Teatro de Braga prepara o próximo espectáculo, desta vez em torno da obra do brasileiro Rubem Fonseca. Através do nosso blogue podem ficar a conhecer um pouco melhor a vida e obra do vencedor do Prémio Camões em 2003.

José Rubem Fonseca, nasceu em Juiz de Fora (Minas Gerais), em 1925. Formado em Direito, exerceu várias profissões antes de se dedicar inteiramente à escrita literária. Acredita, como Joseph Brodsky, que a verdadeira biografia de um escritor está nos seus livros. Mora no Rio de Janeiro desde os 8 anos de idade. Hoje reproduz-se um excerto do conto “Uma Mulher Diferente” presente no livro “Pequenas Criaturas” editado em 2002 pela Companhia das Letras.

“(…) Vivi passou a olhar com atenção as calças que ele usava, pensativa, silenciosa. Um dia, surpreendeu-a contemplando as roupas dele no armário. Compreendeu que, se não tirasse as calças e ficasse inteiramente nu, iria perdê-la. Mas se as tirasse, também a perderia, a mulher diferente de todas as outras. Sentiu-se muito infeliz, pois estava num beco sem saída. Um dia, depois de ficar nua, Vivi exigiu que ele tirasse as calças.

Tira hoje, ou está tudo acabado.

Ele a abraçou. Não posso, disse.

Você é um obstinado, disse Vivi se afastando, não quer se livrar dessa extravagância neurótica, nem eu implorando, como estou fazendo agora.

Se eu tirar as calças será o fim do nosso amor.(…)”


A Sociedade

Quarta-feira, Janeiro 13th, 2010

foto ensaio 1

A Casa do Povo de Abrunheira e Curral da Mula-Grupo de Teatro de Abrunheira estreiam ” A Sociedade”, no próximo dia 16 de Janeiro, pelas 21h30, na sala da Casa do Povo de Abrunheira, com texto e encenação de Ricardo Kalash.

Colaborador habitual d’A Escola da Noite, Ricardo Kalash  trabalhou com a companhia  em produções como “Susn” [1993], “Além as Estrelas são a Nossa Casa” [2000], “Na Estrada Real” [2007], “Bonecos & Farelos” [2008], “TNT Tumulto no Teatro” [2008], bem como nas três produções d’A Escola da Noite de 2009, “Atravessando as palavras…”, “Este Oeste Éden” e “Sabina Freire”.

Em “A Sociedade”, o actor, neste caso autor e encenador, colabora com o Curral da Mula, recordamos que este grupo de teatro da Abrunheira já colaborou também com a companhia no âmbito de vários projectos de formação para grupos de teatro amador, nomeadamente em “Tchékhov em um Acto”.

Após a actuação é lançado o livro com o texto do espectáculo, editado pela Mar da Palavra.

No domingo, 17 de Janeiro, no mesmo local, pelas 16h30, a peça volta a subir à cena.

Informações e reservas através do número: 932218779