Ao mesmo tempo que acolhe em Coimbra “Pequenas Certezas”, do Sarabela Teatro (Ourense, Galiza), A Escola da Noite apresenta “Auto dos Físicos” em Campo Benfeito, no espaço do Teatro do Montemuro.
Venha ao Teatro esta noite!
TEATRO
Pequenas Certezas
de Bárbara Colío
Sarabela Teatro (Galiza)
Apresentada como uma “história de cruzamentos, suspense e humor hilariante”, a peça “Pequenas Certezas” foi escrita pela dramaturga mexicana Barbara Colío, distinguida em 2004 com o Prémio Internacional María Teresa Léon, atribuído pela Sociedad General de Autores y Editores de Espanha (SGAE).
O texto está construído como um processo fotográfico, em cinco partes, e assume contornos de “um policial”, com uma forte componente visual. Cinco personagens dão a sua visão do desaparecimento de uma pessoa, no qual, de uma forma ou de outra, todas estão implicadas. A identidade, a orfandade e a fragilidade da memória são alguns dos temas chave deste espectáculo. “A vida não se detém”, escreve a autora no programa do espectáculo. “Quando cremos tê-la alcançado, converte-se em passado e escorrega-nos pelas mãos, como um vento fresco que não conseguimos agarrar”. As máquinas fotográficas servem para congelar essa memória: “precisamos de evidências físicas que nos mostrem que alguma vez fomos felizes, que alguma vez andámos de bicicleta sem mãos, que alguma vez fomos beijados à chuva”. Precisamos de algo, acrescenta, “que nos dê essa pequena certeza de que não foi tudo um sonho.”
encenação Ánxeles Cuña Bóveda elenco Fernando Dacosta, Elena Seijo, Nate Borrajo, Sabela Gago, Fina Calleja cenografia Suso Montero desenho de luz Baltasar Patiño figurinos Marta Anta
Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
24 de Outubro
sexta-feira, 21h30
M/8 > 5 a 10 Euros
informações e reservas: 239 718 238 / 966 302 488 /geral@aescoladanoite.pt
TEATRO
Auto dos Físicos
de Gil Vicente
pel’A Escola da Noite
O “Auto dos Físicos” foi escrito e representado pela primeira vez entre 1519 e 1524. Um padre “morre” de um amor não correspondido e quatro médicos (os “físicos”) visitam-no à vez, sugerindo estranhos remédios. Brásia Dias, a comadre que primeiro o tenta ajudar, um moço transformado em (fraco) alcoviteiro e um padre confessor que compreende “bem demais” o sofrimento do seu colega completam o leque de personagens desta divertida farsa, que termina com uma “ensalada” poética e musical, com referências a outras peças do autor e a elementos do cancioneiro tradicional.
A peça apresenta caricaturas de pessoas concretas – os quatro “físicos” correspondem a pessoas que realmente existiam e que o público facilmente reconhecia – mas é também, como quase toda a obra de Vicente, um retrato da corte, da Igreja e da sociedade portuguesas do século XVI em Portugal
encenação António Augusto Barros interpretação Filipe Eusébio, Igor Lebreaud, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Sofia Lobo elemento cénico João Mendes Ribeiro figurinos e adereços Ana Rosa Assunção luzRui Valente som Zé Diogo apoio vocal Sofia Portugal co-produção A Escola da Noite / Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos
Campo Benfeito, Castro Daire
Teatro do Montemuro
24 de Outubro
sexta-feira, 21h30
M/12 > 50′ (aprox.)