Posts Tagged ‘Maria João Robalo’

às quintas o teatro é mais barato

Quinta-feira, Maio 17th, 2012

Miguel Lança, Maria João Robalo e José Russo, "O Abajur Lilás" (foto: Paulo Nuno Silva)

Às quintas-feiras, A Escola da Noite pratica o preço único de 5 Euros, no âmbito da iniciativa “Quintas no Teatro”.

Aproveite e venha conhecer o nosso mais recente espectáculo: “O Abajur Lilás”, de Plínio Marcos.

 

Maio no TCSB: dois novos espectáculos d’A Escola da Noite e o regresso da ACTA

Domingo, Maio 6th, 2012

Maio é um mês repleto de teatro na Cerca de São Bernardo. Para além dos dois novos espectáculos d’A Escola da Noite (um deles em estreia absoluta), a companhia recebe na sua casa duas peças da ACTA – Companhia de Teatro do Algarve, no âmbito da rede Culturbe.

Maria João Robalo em "O Abajur Lilás" (foto: Paulo Nuno Silva)

“O Abajur Lilás”, de Plínio Marcos, estreado há menos de um mês na cidade de Évora, chega a Coimbra no dia 16 de Maio para uma temporada de duas semanas. Com encenação de António Augusto Barros, esta co-produção com o Cendrev apresenta um elenco misto. Três prostitutas – Dilma, Célia e Leninha (interpretadas, respectivamente, por Rosário Gonzaga, Ana Meira e Maria João Robalo) – partilham o quarto onde vivem e trabalham. O proprietário do prostíbulo (Giro/José Russo) exerce pressão sobre elas para que aumentem a produtividade, socorrendo-se sempre que necessário de Osvaldo, o seu capanga (Miguel Lança).

O espectáculo está em cena no Teatro da Cerca de São Bernardo até 27 de Maio, de terça a sábado à noite e aos domingos à tarde.

em estreia: Santíssima Apunhalada

Apenas uma semana depois da estreia em Coimbra de “O Abajur Lilás”, A Escola da Noite estreia um novo espectáculo, apresentado em horário alternativo. Na sequência do trabalho que vem desenvolvendo em torno da dramaturgia espanhola contemporânea, a companhia apresenta agora “Santíssima apunhalada”, peça curta de Antonio Onetti, um dos autores que recentemente vieram a Coimbra a convite d’A Escola da Noite. O espectáculo tem encenação e interpretação de Igor Lebreaud e Miguel Magalhães: na Sevilha dos dias de hoje, nas vésperas da Semana Santa, um ladrão mal encarado e um travesti anafado e cinquentão encontram-se num jardim, sob o olhar da Virgem, a quem alguém roubou as jóias.

Com a duração aproximada de 30 minutos, o espectáculo estreia a 22 de Maio e é apresentado ao final da tarde (19h00), numa curta temporada de seis dias consecutivos (terça a domingo).

dois espectáculos da ACTA

Logo após as temporadas dos novos espectáculos d’A Escola da Noite, é a vez da ACTA – Companhia de Teatro do Algarve regressar ao palco do TCSB, com uma proposta dupla: “Laço de Sangue” e “Cavalo manco não trota”, ambos com intepretação de Luís Vicente, director artístico do grupo (ao qual se junta, no primeiro caso, o actor Mário Spencer).

TCSB

Maio 2012 – programação

Teatro

[estreia em Coimbra]

O Abajur Lilás

de Plínio Marcos

A Escola da Noite / Cendrev

encenação António Augusto Barros interpretação Ana Meira, José Russo, Maria João Robalo, Miguel Lança, Rosário Gonzaga cenografia João Mendes Ribeiro e Luisa Bebiano figurinos Ana Rosa Assunção luz António Rebocho música André Penas

16 a 27 de Maio

terça a sábado, 21h30; domingos, 16h00

M/16 > 1h40 c/ intervalo > 5 a 10,00

Teatro

[estreia]

Santíssima Apunhalada

de António Onetti

A Escola da Noite

tradução Clara Riso encenação e interpretação Igor Lebreaud e Miguel Magalhães figurinos e elementos cénicos Ana Rosa Assunção luz Danilo Pinto som Eduardo Gama

22 a 27 de Maio

terça a domingo, 19h00

M/12 > 25′ > preço único: 5,00

Teatro

Laço de Sangue

de Athol Fugard

ACTA – Companhia de Teatro do Algarve

encenação Luís Vicente interpretação Luís Vicente e Mário Spencer

29 de Maio terça-feira, 21h30

M/12 > 1h10 > 5 a 10,00

Cavalo manco não trota

de Luis del Val

ACTA – Companhia de Teatro do Algarve

encenação Bruno Martins interpretação Luís Vicente

30 de Maio

quarta-feira, 21h30

M/16 > 1h20 > 5 a 10,00 Euros

faróis

Quarta-feira, Abril 25th, 2012

José Russo, Ana Meira, Miguel Lança e Maria João Robalo em "O Abajur Lilás" (foto de ensaio, Paulo Nuno Silva)

Onde vamos?

O gado pasta dormindo.

Para o poeta, o castigo.

Para o santo, a forca.

Para o profeta, a Cruz.

Para o condutor, bala.

Onde vamos?

Onde vamos?

Onde vamos?

O jato encurta a distância.

A solidão aumenta o tempo.

Cedo ou tarde, a morte está à espreita.

Onde vamos?

Onde vamos?

Onde vamos?

O herói ganha medalhas e agonia.

Nos restos dos festins, os cães coçam as pulgas.

Choram as viúvas.

A lua está mais perto.

A canalha contente.

Onde vamos?

Onde vamos?

Onde vamos?

Os faróis que nos guiam são pálidos.

Onde vamos?

Onde vamos?

Onde vamos?

A temporada de “O Abajur Lilás” em Évora recomeça hoje, dia 25 de Abril.

E continua até sábado. Faça-nos companhia!

 

ensaio geral

Quarta-feira, Abril 18th, 2012

Rosário Gonzaga e José Russo em "O Abajur Lilás" (foto de ensaio, de Paulo Nuno SIlva)

 

Maria João Robalo, Ana Meira e José Russo em "O Abajur Lilás" (foto de ensaio, de Paulo Nuno Silva)

Hoje é dia de ensaio geral.

Esperamos por si a partir de amanhã, no Teatro de Garcia de Resende, em Évora.

 

“O Abajur Lilás” estreia esta semana no Garcia de Resende

Segunda-feira, Abril 16th, 2012

Estreia esta quinta-feira em Évora, no Teatro Garcia de Resende, “O Abajur Lilás”, de Plínio Marcos. O espectáculo é uma co-produção entre A Escola da Noite e o Cendrev e tem encenação de António Augusto Barros, que dirige um elenco com actores das duas companhias.

 

Rosário Gonzaga em "O Abajur Lilás" (foto de ensaio, de Paulo Nuno Silva)

Maria João Robalo e José Russo em "O Abajur Lilás" (foto de ensaio, de Paulo Nuno Silva)

Três prostitutas – Dilma, Célia e Leninha (interpretadas, respectivamente, por Rosário Gonzaga, Ana Meira e Maria João Robalo) – partilham o quarto onde vivem e trabalham. O proprietário do prostíbulo (Giro/José Russo) exerce pressão sobre elas para que aumentem a produtividade, socorrendo-se sempre que necessário de Osvaldo, o seu capanga (Miguel Lança). As relações entre as diferentes personagens são utilizadas por Plínio Marcos para falar da situação do Brasil na década de 60, sob a ditadura – a peça foi escrita (e proibida pela primeira vez) em 1969. Em 1975, depois de uma segunda proibição, “O Abajur Lilás” viria mesmo a tornar-se uma bandeira em defesa da liberdade de expressão e contra as diferentes formas de opressão e exploração. Sábato Magaldi, crítico brasileiro, considerou-a como “a mais incisiva, dura e violenta” das peças que analisaram a situação brasileira pós-1964 (data do golpe de estado que instituiu a ditadura militar) e afirmou que ela servia “de desnudamento de um período de terror”. Salientou, também, a universalidade e a intemporalidade do tema que, metaforicamente, percorre toda a obra: ela é “um contundente veredicto contra o poder ilegítimo”.

Um português amplo

Reconhecido pela linguagem marginal que utilizava nas suas peças, Plínio Marcos assumia a intenção: “escrevia como se falava nas cadeias. Como se falava nos puteiros. Se o pessoal das faculdades de linguística começou a usar minhas peças nas suas aulas e pesquisas, que bom! Isso era uma contribuição para o melhor entendimento entre as classes sociais”. “O Abajur Lilás” está carregado dessa gíria específica, identificado com a zona portuária da cidade de Santos (São Paulo), de onde o autor era natural. Mas Plínio acrescentava sempre expressões e palavras novas, criadas por si, repletas de significado, força e poesia. Propositadamente, a versão apresentada pelo Cendrev e pel’A Escola da Noite respeita o texto original praticamente na íntegra. Por um lado, porque seria impossível fazer uma adaptação ao “português de Portugal” sem afectar a estrutura original da peça; por outro lado, porque este português amplo oferece ao espectador um surpreendente conjunto de palavras e expressões pouco utilizadas na linguagem do dia a dia mas que fazem parte da diversidade e da riqueza da língua portuguesa, que demasiadas vezes permanecem esquecidas.

Esta co-produção

O Cendrev (fundado em 1975) e A Escola da Noite (fundada em 1992) pertencem a duas “vagas” distintas da descentralização artística em Portugal e mantêm há muito relações de colaboração e intercâmbio. “O Abajur Lilás” é a primeira co-produção entre os dois grupos. Depois da estreia e da temporada em Évora, no Teatro Garcia de Resende (19 a 28 de Abril), o espectáculo será apresentado em Coimbra, no Teatro da Cerca de São Bernardo, a partir de 16 de Maio.

 

O Abajur Lilás

de Plínio Marcos

encenação António Augusto Barros interpretação Ana Meira, José Russo e Rosário Gonzaga (Cendrev) e Maria João Robalo e Miguel Lança (A Escola da Noite) cenografia João Mendes Ribeiro e Luisa Bebiano figurinos Ana Rosa Assunção desenho de luz António Rebocho música André Penas

Évora, Teatro Garcia de Resende

19 a 28 de Abril quarta a sábado, 21h30; domingo, 16h00

M/16 > 4 a 8,00 Euros > 1h40, com intervalo

Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo

16 a 27 de Maio e 21 de Junho a 1 de Julho