Posts Tagged ‘Luis Vicente’

Hoje no TCSB: “Nossa Senhora da Açoteia”, pela ACTA

Quinta-feira, Maio 14th, 2015

A Companhia de Teatro do Algarve (ACTA) volta hoje ao TCSB, com “Nossa Senhora da Açoteia”, um monólogo escrito por Luís Campião e interpretado por Luís Vicente.

O texto venceu o Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva em 2012. Uma mulher fala-nos de três gerações da sua família: “Depois de terem passado por uma espiral de abusos, elas acabam por se vingar de uma forma também violenta, até macabra”, descreve o próprio autor.

“O que a personagem narra é em muitas ocasiões risível, mas colectivamente trágico; assim como é em muitas ocasiões trágico, mas colectivamente risível. É a vida! Que foi assim; que é assim. A essência da natureza humana afirma-se na sua plenitude intemporal.” – acrescenta a ACTA.

Ainda está a tempo. Faça a reserva dos seus bilhetes pelos contactos habituais do TCSB: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt.

cartazacta

TEATRO
Nossa Senhora da Açoteia
de Luis Campião
pela ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve

texto Luís Campião criação e interpretação Luís Vicente execução cénica Tó Quintas desenho de luz Octávio Oliveira operação de luz Nuno Silvestre

Coimbra
Teatro da Cerca de São Bernardo
14 de Maio de 2015
quinta-feira, 21h30
M/14 > 60? > 6 a 10 Euros

informações e reservas
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

trailer

ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve

Luís Vicente citando Churchill: “estamos a fazer esta guerra para quê?”

Sexta-feira, Junho 8th, 2012

Luis Vicente faz hoje dois espectáculos em Évora, no Festival das Companhias da Descentralização.

Eis o artigo que escreveu – sob a forma de carta a um amigo – para a terceira edição do Jornal das Companhias.

Luís Vicente em "Cavalo Manco Não Trota", de Luis del Val (foto: Carlos Sousa)

Caro Pedro,

Pedes-me um artigo de opinião. Não sei que te diga. Terei eu opinião que conte para alguma coisa significativa nos dias que correm?! Contou para alguma coisa significativa a minha opinião nos últimos anos?! Não fizeram sempre os políticos – a generalidade deles – exactamente aquilo que lhes dizíamos que não deviam fazer?! Não andámos nós a desgastar-nos, literal e absolutamente para NADA?! Conheces hoje algum político que se disponibilize um minuto para nos ouvir e reflectir sincera e empenhadamente acerca do que possamos dizer?! Tem entre nós a Cultura em geral, e a Arte do Teatro em particular, alguma importância nos tempos que correm? O Teatro que fazemos – numa perspectiva cultural, claro está, e não numa perspectiva de mero divertimento – serve para quê?!

Vivemos tempos em que tudo é descartável; tempos em que só a linguagem dos números vinga nos mais sérios e graves discursos televisivos – não há peru que não seja comentador de desgraças ou vendedor de elogios. Sófocles?!, Shakespeare?!, Gil Vicente… para quê?! São tão bonitos os mercados (Carlos Abreu Amorim, sic). Em quantos políticos de hoje encontramos nós um discurso coerente, sólido, estruturado e substancial fora dos parâmetros do lodaçal dos mercados?! Quantos lêem Dostoievski ou Saramago?! Quantos vemos nós no Teatro?! Em quantos identificamos profundidade e elevação no entendimento da coisa cultural?!…

Conta-se que quando Churchill convocou a Inglaterra para um redobrado esforço de guerra, a fim de avançar com medidas que no plano bélico eram tidas como imperiosas para a sobrevivência dos ingleses e dos povos europeus face aos avanços da besta nazi, terá sido abordado pelo responsável da Cultura do seu governo que lhe terá dito, conformado, “Lá vamos ter de cortar na Cultura!”, ao que Churchill terá respondido: “Nem pense nisso, homem! Então, estamos a fazer esta guerra para quê?!…”.

Nos tempos críticos que correm – no contexto dos quais fomos nós, agentes culturais, os primeiros a sofrer as consequências e os mais duramente penalizados – de quantos políticos portugueses podemos esperar o tipo de entendimento que Churchill expressou?!

Embora Churchill não soubesse (da fonte segura que hoje o sabemos nós, graças às neurociências) que o homem partilha com o chimpanzé a consciência do Ser, sabia, no entanto, que o chimpanzé não compartilha com o homem a consciência do Saber: não escreve, não pinta, não dança, não esculpe, não representa, em suma, não cria – desconhece, portanto, o que seja Arte e Cultura.

Churchill sabia da importância da Arte e da Cultura, designadamente para a construção do edifício do Saber, e que tal património é exclusivamente humano. Sabia que o que nos distingue do chimpanzé – que é bicho que pertence à categoria taxonómica que nos é mais próxima – é ser impossível descodificarmo-nos e compreendermo-nos sem o Saber que nos proporcionam a Arte e a Cultura. Sabia que sem Arte e sem Cultura não haveria Humanidade, o homem não seria o Homem.

Entre nós, de quantos políticos podemos dizer o mesmo? – é uma pergunta de retórica, não vale a pena responderes.

Luís Vicente

ACTA em Coimbra: último dia

Quarta-feira, Maio 30th, 2012

A ACTA – Companhia de Teatro do Algarve despede-se hoje de Coimbra com o espectáculo “Cavalo Manco Não Trota”, o monólogo de Luis del Val interpretado por Luís Vicente.

Reserve o seu lugar pelos contactos habituais (239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt)

Até logo!

fotos: Ana d'Almeida

No momento em que o Juiz pergunta se o réu se considera culpado ou inocente,  Miguel Torres é remetido, num ápice, para um turbilhão de memórias que começam na infância, precisamente aos oito anos, quando pela primeira vez lhe foi feita a mesma pergunta, e terminam no momento e na circunstância em que agora se encontra, volvidos quase quarenta anos. É o filme da sua vida que revisita em segundos na memória, mas que na narrativa dura cerca de 1 hora. Os conflitos de infância, a fuga de casa dos pais, a juventude de um estudante de origens humildes na universidade e depois como marinheiro, os amores impossíveis e os amores destruídos, o seu desempenho como construtor civil corrupto…a morte do filho.
Tudo é convocado para um “ajuste de contas” pessoal, a um tempo divertido, irónico e amargo.

Cavalo manco não trota

de Luis del Val

30 de Maio, quarta-feira, 21h30

tradução Maria João Neves encenação Bruno Martins intérprete Luís Vicente desenho e operação de luz Octávio Oliveira espaço cénico Luís Vicente figurino ACTA

M/16 > 1h20

Cavalo Manco Não Trota

Terça-feira, Maio 29th, 2012

O que é que se faz com um monstro quando o monstro é o nosso filho?

A ACTA – Companhia de Teatro do Algarve está em Coimbra, hoje e amanhã.

Não perca!

operação dupla

Terça-feira, Maio 29th, 2012

Há um preço especial (15 Euros) para quem assistir aos dois espectáculos que a ACTA apresenta em Coimbra hoje e amanhã.

E mantêm-se as campanhas que tornam ainda mais barato vir ao teatro: Até ao Próximo, Teatro na Baixa e assinaturas TCSB.

Aproveite!

Mário Spencer e Luis Vicente, "Laço de Sangue" (foto: Ana d'Almeida)

Luis Vicente, "Cavalo Manco Não Trota" (foto: Ana d'Almeida)

Informações e reservas: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt