Já começou o V Circuito de Teatro Português de São Paulo. Anteontem, sexta-feira, a responsável pela organização Creusa Borges, o Director do Teatro Municipal de São Carlos, Almir Martins, e representantes dos seis grupos participantes – Dragão7 (Brasil), A Escola da Noite, Art’imagem, Companhia de Teatro de Braga, Teatro Constantino Nery (Portugal) e Elinga Teatro (Angola) – intervieram na sessão de abertura, no auditório do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Ontem, sábado, aconteceram os primeiros espectáculos: “Auto da Índia: aula prática”, pel’A Escola da Noite, no auditório do MASP; “O Escurial”, pelo Art’imagem, no Teatro Colectivo (Rua da Consolação); “Adriana Mater”, pelo Elinga Teatro (na cidade de Limeira); e “Amor Solúvel”, pelo Teatro Constantino Nery, no Teatro Municipal de São Carlos. Mais de uma centena de pessoas assistiu ao primeiro espectáculo d’A Escola da Noite no circuito, recebendo-o com grande entusiasmo. Como sempre acontece com esta “aula prática”, a sessão incluiu um momento de debate com o público, no final da representação, foi aproveitado pela audiência para comentar o espectáculo e para colocar algumas questões sobre o trabalho da companhia e, em particular, sobre a nossa forma de abordar Gil Vicente. Amanhã, segunda-feira, A Escola da Noite parte para Botucatu, onde inicia a sua digressão pelo interior do estado de São Paulo: Botucatu, Teatro Camillo Fernandez Dinucci, 20/07, 20h30 e São Carlos, Teatro Municipal Dr. Alderico Vieira Perdigão, 20h00.
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no Brasil
Domingo, Julho 18th, 2010“Auto da Índia”
Domingo, Dezembro 6th, 2009
A Escola da Noite vai apresentar “Auto da Índia: aula prática” no próximo dia 9 de Dezembro, quarta, pelas 14h30, no Auditório Municipal de Pedrogão Grande.
“Auto da Índia: aula prática” inscreve-se na matriz vicentina que caracteriza o reportório e o percurso artístico d’A Escola da Noite. Estreado no final de 2007, o espectáculo inclui, para além da versão integral de um dos mais conhecidos e estudados textos de Gil Vicente, uma introdução em que os actores apresentam sumariamente algusn dos aspectos mais relevantes da vida e da época do autor e ainda um período de debate entre o público e a equipa criativa do espectáculo.
Esta apresentação decorre no âmbito do Programa Território Artes do Ministério da Cultura.
Diário do Festival: quinta-feira
Sexta-feira, Junho 12th, 2009
O segundo dia do Festival foi um dia longo para A Escola da Noite. Começou cedo, no Teatro Ribeiro Conceição (TRC), com a montagem de “Bonecos & Farelos”. O Teatro é belíssimo. Finalmente bem recuperado, concilia a arquitectura tradicional dos teatros “à italiana” com a funcionalidade das novas tecnologias de cena. Estávamos um pouco preocupados com a adaptação. Estreado na Oficina Municipal do Teatro e reposto apenas no Teatro da Cerca de São Bernardo, ambos em Coimbra e com bancadas em anfiteatro, nunca tinha sido apresentado em teatros convencionais. Receávamos sobretudo a distância em relação à plateia, que poderia afectar a fruição dos pequenos bonecos concebidos pelo António Jorge. Num teatro como estes, nunca é bem a mesma coisa. Mas ele é suficientemente acolhedor para permitir a melhor fruição do espectáculo. Ficámos com essa impressão à tarde e confirmámo-lo à noite, com a recepção e os comentários dos espectadores.
Ontem era dia de feira semanal e de procissão do Corpo de Deus, que terminou na Sé, mesmo em frente ao Teatro. A cidade estava cheia de gente e de sol, num verdadeiro ambiente de festa que inevitavelmente nos contaminou. Dificilmente podíamos ter conseguido melhor!
O trabalho de preparação do espectáculo da noite impediu-nos, contudo, de acompanhar o workshop do Abel Neves, realizado na sala de ensaios do TRC. Contou com cerca de 20 pessoas, entre elementos das companhias e público em geral, e tratou-se de uma conversa informal sobre o trabalho deste autor, que a companhia conhece bem. É curioso, aliás, que três das seis companhias que integram a Plataforma (para além da EN, também o Teatro de Montemuro e o Cendrev) apresentaram já textos do Abel. E é muito simpático tê-lo a acompanhar o Festival durante estes dias.
Regressados ao Hotel, à noite, continuámos o clima de confraternização e de troca de experiências que tem marcado este encontro. À volta da mesa de snooker e na varanda com vista para a Serra de Montemuro, fizemos o que tantas vezes falta no Teatro em Portugal – uma conversa informal, mas franca, sobre o nosso trabalho e as condições que temos para o fazer.
Para o terceiro dia (sexta-feira) estão agendadas duas iniciativas: o debate com representantes institucionais (DGArtes, Direcção Regional de Cultura do Centro e autarquias) e a apresentação do espectáculo do Cendrev “Memórias de Branca Dias”, no Auditório Municipal de Cultura, em Castro Daire.
Faça-nos companhia!















