“Memórias de Branca Dias” é o título do espectáculo que o Centro Dramático de Évora (Cendrev) apresentará no próximo dia 12 de Junho em Castro Daire, no âmbito do III Festival das Companhias.
Com encenação de Filomena Oliveira a partir do romance homónimo de Miguel Real, publicado em 2003, “Memórias de Branca Dias” apresenta-nos uma personagem cujos contornos se encontram entre a História e a lenda, representada em palco, a solo, pela actriz Rosário Gonzaga.
Considerada uma das matriarcas do Pernambuco, Branca Dias é, no século XVI, no Brasil, símbolo do povo miúdo português no Novo Mundo, evidenciando o lado popular do heroísmo quotidiano, exultante e aziago, miscigenador e dizimador, generoso e rapace dos primeiros colonos portugueses no Brasil.
Denunciada pela própria mãe e pela irmã, é presa pela Inquisição em Lisboa, de onde parte clandestinamente com sete filhos, para o Pernambuco. Com Diogo Fernandes, seu marido, constrói Camaragibe, um dos primeiros engenhos de açúcar do Pernambuco, onde cria os seus onze filhos, e onde permanecerá dez anos depois da morte do marido como a primeira senhora de engenho do Brasil. Vende Camaragibe para se instalar em Olinda, onde se torna mestra de meninas, criando a primeira escola de costura e de cozinha.
MEMÓRIAS DE BRANCA DIAS
pelo CENDREV
Auditório Municipal de Cultura, Castro Daire
12 de Junho, 21h30
autoria Miguel Real adaptação dramatúrgica e encenação Filomena Oliveira interpretação Rosário Gonzaga orgânica sonora e música original David Martins arranjos para voz Andreia Lopes concepção cenográfica Ricardo Assis Rosa desenho de luz Paulo Cunha pesquisa e desenho de figurino Ana Bruno
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