Posts Tagged ‘António Augusto Barros’

As Orações de Mansata: começaram os ensaios

Quarta-feira, Agosto 7th, 2013

Começaram esta terça-feira, em São Tomé e Príncipe, os ensaios da próxima produção d’A Escola da Noite, “As Orações de Mansata”, de Abdulai Sila.

O espectáculo é uma co-produção com a Cena Lusófona, a Companhia de Teatro de Braga e o Bando de Teatro Olodum (Salvador, Brasil), no âmbito do projecto P-STAGE.

O elenco tem 13 actores, oriundos de seis países de língua portuguesa:

Rogério Boane, Igor Lebreaud, Paulo Figueira, Miguel Miguel Magalhaes, Ella Nasimento, Solange Sá, Jorge Quintino Biague, Marleny Musa, Emílio Lucombo, Wilson de Sousa ("Pepelinho"), Amador Fernandes, António Augusto Barros, Trindade da Costa, Ridson Reis. (foto: Sofia Lobo)

Rogério Boane, Igor Lebreaud, Paulo Figueira, Miguel Miguel Magalhaes, Ella Nasimento, Solange Sá, Jorge Quintino Biague, Marleny Musa, Emílio Lucombo, Wilson de Sousa (“Pepelinho”), Amador Fernandes, António Augusto Barros, Trindade da Costa, Ridson Reis. (foto: Sofia Lobo)

5 anos de TCSB: uma aventura em três actos

Sábado, Junho 29th, 2013

rubem

O que era para ser um espectáculo a partir dos contos de Rubem Fonseca resultou numa trilogia, apresentada em co-produção com a Companhia de Teatro de Braga.

Os três espectáculos estrearam no TCSB em três semanas consecutivas, entre 15 e 29 de Abril de 2010, e rumariam depois a Braga.

Recordamos as palavras da crítica Helena Simões, do Jornal de Letras:

“Quem encenou com eficácia e saber, mas sobretudo dirigiu primorosamente os actores, foi o director da Escola da Noite, António Augusto Barros. A qualidade maior foi a de saber harmonizar actores de duas Companhias, a tal ponto que não reconhecemos as pertenças de origem. De realçar igualmente o guarda-roupa [Ana Rosa Assunção], expressivo e rigoroso a sinalar o deslizamento para uma sub-humanidade incurável. Um dispositivo cénico minimal, bem iluminado [Jorge Ribeiro], feito de objectos que prolongam as personagens, num palco novo, de um teatro construído de raíz, o Teatro da Cerca de São Bernardo, espaço feliz e bem organizado.”

5 anos de TCSB [2008 – 2013]

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5 anos de TCSB: Atravessando as palavras há restos de luz

Domingo, Fevereiro 17th, 2013

Atravessando as palavras há restos de luz (enc. de António Augusto Barros)

Ao terceiro dia de Abril de 2009, A Escola da Noite estreava “Atravessando as palavras há restos de luz”, o resultado de um processo de pesquisa e experimentação iniciado um ano antes, com os alunos de Estudos Artísticos da FLUC, no âmbito da primeira edição da Oficina de Artes.

Aos seis actores da companhia – António Jorge, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash, Sílvia Brito e Sofia Lobo – juntavam-se três actores estagiários – Heloísa Simões e Igor Lebreaud, da FLUC, e Ana Mota Ferreira, da Universidade de Évora – para explorar o universo de Kafka. Contávamos, ainda, com a colaboração da cineasta Fátima Ribeiro, que documentou todo o processo e realizou os vídeos que integravam o espectáculo.

Hoje recordamos o excerto de “O Grande Ditador”, de Chaplin, que inspirava uma das cenas apresentadas:

 

E voltamos a agradecer à espectadora que, descrevendo o espectáculo como “desvairadamente kafkiano”, nos dedicou estas palavras:

Gostei particularmente do desespero do cavaleiro que anseia por carvão, daquele desejo mortal, do misto de quem quer psicóticamente uma coisa banal que sem querer se transforma noutra de máxima importância, quase vital e inexorável, como se se não a obtivesse a seguir fosse morrer.
Gostei também do inevitável vazio do homem que, preso no espinheiro, aguardava pelo salvamento de quem não vem. Fez-me lembrar a vida, por vezes parva, ridícula e solitária. Gostei ainda dos diálogos com máscaras, cruéis, quase ensanguentados com tanta ira. Foi bom, foi como renascer, foi inspirador.

 

5 anos de TCSB [2008 – 2013]

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Hoje no TCSB: leituras com o autor, ante-estreia e conversa

Sábado, Janeiro 26th, 2013

Prossegue hoje, à tarde e à noite, o fim-de-semana de ante-estreias de “Novas diretrizes em tempos de paz”.

Faça-nos companhia!

Bosco Brasil no TCSB, ontem à tarde, com José Manuel Pureza, Teresa Tito de Morais e António Augusto Barros (foto: Pedro Rodrigues)

16h00 – LEITURA
Excertos de peças de Bosco Brasil – “Budro”, “100 gramas de dentes”, “O acidente” e “Blitz” – pelos actores d’A Escola da Noite, seguida de conversa com o autor
entrada livre

21h30 – TEATRO
Novas diretrizes em tempos de paz [ante-estreia]
A Escola da Noite
M/16 > 50′ > entrada livre

22h30 – CONVERSA
conversa com Bosco Brasil,
a equipa artística do espectáculo e os participantes do III Encontro Nacional de Cenografia
org. Associação Portuguesa de Cenografia >
entrada livre

TCSB: programação para escolas em Fevereiro e Março

Segunda-feira, Janeiro 7th, 2013

Começamos o ano com duas boas propostas para o público escolar da cidade e da região: haverá sessões especiais de “Novas diretrizes em tempos de paz”, a nova produção d’A Escola da Noite, e de “Falar verdade a mentir”, o clássico de Almeida Garrett trazido pela Companhia de Teatro de Braga. Mantêm-se as condições normalmente praticadas no TCSB.

Novas diretrizes em tempos de paz
de Bosco Brasil
pel’A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra

Miguel Lança e Igor Lebreaud, "Novas diretrizes em tempos de paz" (foto de ensaio de Eduardo Pinto)

Em 18 de Abril de 1945, quando a II Guerra Mundial está perto do fim, um emigrante polaco, Clausewitz, desembarca no porto do Rio de Janeiro, em busca de uma nova vida como agricultor. No cais é colocado perante Segismundo, um oficial da alfândega que desconfia das intenções da entrada de Clausewitz no Brasil.
Sem o salvo-conduto assinado por Segismundo, Clausewitz será obrigado a voltar ao cargueiro e seguir viagem. Para a obtenção desse salvo-conduto, Segismundo propõe um desafio ao estrangeiro, o que leva as duas personagens, que partilham a mesma idade do séc. XX, a confrontar as suas memórias: de um lado um actor que perdeu familiares e amigos, do outro um ex-torturador que sempre cumpriu ordens.

ficha artística
encenação António Augusto Barros figurinos Ana Rosa Assunção interpretação Igor Lebreaud e Miguel Lança > duração 50′

Bosco Brasil (Sorocaba, São Paulo, 1960)
Dramaturgo brasileiro, formado pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Estreia-se na dramaturgia com o espectáculo “Budro”, encenado em 1994, sob a direcção de Emílio di Biasi, pelo qual recebe os Prémios Molière e Shell de Melhor Autor. É o fundador do Teatro de Câmara de São Paulo, inspirado no Teatro de Câmara de Estocolmo, criado por Strindberg. Em 1995, estreia este espaço como autor e encenador de “Atos e Omissões”, texto em que contextualiza a discussão da juventude na periferia, debruçando-se sobre personagens das camadas excluídas da sociedade. No mesmo ano escreve “O Acidente”.
Em 2001, obtém um grande reconhecimento da crítica e do público com “Novas diretrizes em tempos de paz”, considerado um dos melhores textos da dramaturgia brasileira contemporânea. Com esta obra, ganhou os Prémios Shell e APCA de melhor autor em 2002. Em 2009, Daniel Filho dirige “Tempos de Paz”, adaptação cinematográfica da obra.
É ainda autor de “Blitz”, “Abelardo e Berilo” e “Cheiro de Chuva”. Fundou a “Caliban” Editorial e lançou a colecção “Teatro Brasileiro de Bolso”, dedicada à dramaturgia contemporânea brasileira. Além do teatro, Bosco escreve para a televisão, sendo o autor de novelas como “Bicho do Mato” e “Tempos Modernos”.

SESSÕES ESPECIAIS PARA O PÚBLICO ESCOLAR [ENSINO SECUNDÁRIO]
05 a 08/02/2013 [terça a sexta-feira, 11h00 e 15h00, mediante marcação prévia]

Falar verdade a mentir
de Almeida Garrett
pela Companhia de Teatro de Braga

Com Falar Verdade a Mentir pegamos num texto de um autor maior, na tentativa de «mostrar» aos espectadores as ideias que subjazem na estrutura dramática da peça. A luta do autor pela revolução romântica nas letras e no texto português. A verdadeira modernidade, sem se fixar no culto do passado que encontramos noutros autores. Com Almeida Garrett e com Falar Verdade a Mentir podemos observar com humor corrosivo onde o discurso é passadista, sem vida e onde se cruza com o novo olhar dos tempos e das desilusões do Presente. Com Almeida Garrett e Falar Verdade a Mentir são razões estéticas e ideológicas que enformam o discurso teatral, é o cerne da revolução romântica. A promoção do «sujeito» em instância estruturante de si mesmo e do mundo em que evolui. E essa dinâmica está explícita nos discursos dos vários personagens. Um divertimento teatral num espaço de debate e experimentação.

Rui Madeira

ficha artística
encenação e dramaturgia Rui Madeira actores André Laires, Carlos Feio, Jaime Monsanto, Rogério Boane, Solange Sá, Thamara Thais cenografia Carlos Sampaio, Rui Madeira figurinos Sílvia Alves criação vídeo Frederico Bustorff Madeira criação sonora Luís Lopes > duração 60′

A CTB e o público escolar
Ao longo dos anos, a CTB tem vindo a inscrever nas suas escolhas espectáculos dirigidos aos jovens públicos, usando textos clássicos ou contemporâneos que integram os curricula de Português e Literatura: Gil Vicente, Eça de Queirós, Almada Negreiros, Manoel Teixeira-Gomes, Sophia de Mello Breyner, Manuel António Pina, Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda e Camilo Castelo Branco, entre outros. Este espectáculo é mais um reflexo dessa vontade de possibilitar aos futuros públicos a aproximação a um autor fundamental da nossa cultura.
Através de uma série de acções concentradas, queremos criar condições para que esses jovens públicos e professores se possam apropriar dos processos de criação, ganhando um “olhar por dentro” da coisa artística, aprendendo a “ler” e a interrogar esses textos à luz de uma nova realidade – a prática teatral. O objectivo é criar melhores públicos, novos espectadores que dominem melhor os códigos de leitura dramática, capazes de se estimularem para lá do que lhes é apresentado, entendendo que toda a obra de arte é/ deve ser aberta. E que a sua posição de espectador activo é que lhe há-de conferir o seu verdadeiro significado.

SESSÕES ESPECIAIS PARA O PÚBLICO ESCOLAR [3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO]
12 e 13/03/2013 [quarta e quinta, 11h00 e 15h00, mediante marcação prévia]

CONDIÇÕES DE ACESSO
3 Euros por aluno/a
(entrada gratuita para professores/as acompanhantes e alunos/as abrangidos/as pelo escalão A da ASE)

informações e reservas
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

[post actualizado em 17/01/2013: alteração das datas]