“Como se desenha a Música?…” e “Contos da caixa” nos Sábados para a Infância no TCSB

Março 14th, 2023

Esta semana os Sábados para a Infância no TCSB recebem a dupla de músicas e ilustradoras Joana Corker e Érika Machado para uma nova edição da oficina Como se desenha a Música?….
No sábado seguinte, pais e filhos voltam a ter a oportunidade de se deliciarem com os Contos da Caixa escolhidos e contados pela actriz e educadora Helena Faria, na sua segunda passagem pelos Sábados para a Infância no TCSB.

ILUSTRAÇÃO | MÚSICA | OFICINA
Como se desenha a Música?…
JOANA CORKER e ÉRIKA MACHADO

-> LOTAÇÃO ESGOTADA <-
18 de Março de 2023
sábado, 11h00
> Sub-palco do TCSB
> M/4 > 90 min > 5€

HISTÓRIAS
Contos da Caixa
HELENA FARIA

25 de Março de 2023
sábado, 11h00
> Bar/Livraria do TCSB
> M/3 > 45 min > 5€

informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

“REI UBU” no Clube de Leitura Teatral de Março

Março 2nd, 2023
Hugo Inácio

O actor e encenador Hugo Inácio (Amadora, 1991), que muito recentemente integrou o elenco do espectáculo “Aqui, onde acaba a estrada”, é o convidado de Março do Clube de Leitura Teatral.
Propõe a peça “Rei Ubu”, escrita por Alfred Jarry (1873-1907) no final do século XIX, e adianta algumas razões: “Rei Ubu” é um grito à imaginação que trespassa o manto do ‘real’ e entra acutilante nos nossos desejos mais profundos, proibidos e subversivos que se vão alojando confortavelmente num canto escondido do corpo. É como um jogo de crianças. Elas criam um espaço alternativo com regras específicas que as transportam para uma realidade alternativa, e onde podem ser livres de fugir de um verdadeiro urso que as quer devorar, ou de transformarem a sala num grande aquário onde habitam como peixes que nadam de barriga para o ar. As leis da física, da moral, da religião, do género e da política não estão a salvo. O corpo permite-se entrar numa bolha onde tudo é permitido e onde o erro é ouro!”

Considerado um pioneiro do teatro do absurdo, o trabalho de Alfred Jarry influenciou os movimentos Surrealista e Dada e esteve na origem da “Patafísica”, a “ciência das soluções imaginárias”.
Para além da revisitação a um autor marcante para os caminhos modernos do teatro, ler “Rei Ubu” nos dias que correm – acredita Hugo Inácio – é “um dos meios de dar espaço à imaginação e ao jogo para que actuem no corpo com aquilo que têm de mais revolucionário: a luta contra a alienação e o ‘mercado da personalidade’”.

A leitura terá lugar no Bar/Livraria do TCSB no dia 7 de Março, terça-feira, às 18h30, com entrada gratuita. As pessoas interessadas em participar como leitoras devem inscrever-se através do e-mail clube.leitura.teatral@gmail.com e participar nas sessões preparatórias, que acontecem na véspera ao final da tarde e ao longo da tarde do próprio dia. O Clube de Leitura Teatral é uma iniciativa conjunta d’A Escola da Noite e do Teatro Académico de Gil Vicente que desde 2015 partilha mensalmente com o público um texto dramático através de uma leitura pública. É aberta à participação de qualquer pessoa, independentemente da formação, idade, ocupação profissional ou experiência em artes cénicas.

Março no TCSB

Fevereiro 28th, 2023

Consulte aqui a programação completa.

A Escola da Noite ensaia “Trilogia de Alice”, de Tom Murphy, com encenação de Nuno Carinhas

Fevereiro 24th, 2023
equipa de “Trilogia de Alice” (fotografia © Eduardo Pinto)

A Escola da Noite está a preparar a sua próxima produção: “Trilogia de Alice”, do dramaturgo irlandês Tom Murphy. O espectáculo é encenado por Nuno Carinhas e estreia no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra, a 27 de Março, Dia Mundial do Teatro, encerrando as comemorações do trigésimo aniversário da companhia.

Inédita em Portugal, “Trilogia de Alice” foi escrita em 2005 e originalmente produzida pelo Royal Court Theatre, em Londres. A peça oferece-nos uma viagem por três momentos da vida de uma mesma personagem (Alice, uma doméstica casada com um banqueiro de sucesso, mãe de filhos), ao longo de três décadas e meia – entre os anos 80 do século XX e o início do século XXI. 
A jornada, adianta o encenador, relata a “peregrinação interior” desta mulher, através de “ligações, em tempos alternados, de experiências, de descobertas, de anseios” da personagem e de “breves relatos de vidas que se cruzam com a sua, respectivos gestos falhados e (des)ilusões”. “Talvez sejam só fantasmas em viagem, que transportam o desconforto da existência cheia de ‘desconhecido a que dão o nome de Deus’” – acrescenta Nuno Carinhas, citando uma das frases de Alice.
Responsável pela apresentação em Portugal de várias obras da dramaturgia irlandesa contemporânea, o encenador afirma que “esta Alice multiplicada está inscrita na linhagem do teatro irlandês das personagens femininas com voz, que se contam por direito e necessidade de partilha. Mulheres que combatem, com as palavras ditas, a dificuldade de existirem”.

Uma equipa reforçada em ano de aniversário
Com a tradução, encomendada para o efeito, de Paulo Marques Dias, a peça de Tom Murphy foi o texto escolhido para encerrar as comemorações dos 30 anos d’A Escola da Noite e assinala o regresso de Nuno Carinhas ao trabalho com a companhia, três décadas depois de aqui ter encenado “Comédia Sobre a Divisa da Cidade de Coimbra”, de Gil Vicente, em 1993. 
Ao elenco residente do grupo – Ana Teresa Santos, Igor Lebreaud, Miguel Magalhães e Ricardo Kalash – junta-se a actriz Rita Brütt, precisamente no papel de Alice. A equipa artística inclui ainda uma outra estreia na companhia – o arquitecto e cenógrafo Henrique Pimentel –, Ana Rosa Assunção (figurinos), Danilo Pinto (luz) e Zé Diogo (som).
A 75.ª criação d’A Escola da Noite tem estreia marcada para o próximo Dia Mundial do Teatro (27 de Março) e cumprirá no Teatro da Cerca de São Bernardo a habitual temporada de quatro semanas.

Aconteceu hoje no TCSB: apresentação do livro “Peças breves sobre a ascensão e queda de uma egoísta chamada Europa”

Fevereiro 23rd, 2023

Hoje acolhemos na Livraria do TCSB a apresentação do livro “Peças breves sobre a ascensão e queda de uma egoísta chamada Europa“, de e com a coordenação de Ricardo Correia, uma edição da Húmus e Casa da Esquina.

A sessão contou com a presença dos autores Ricardo Correia e Vanesa Sotelo e a apresentação de Fernando Matos de Oliveira, professor universitário e director do Teatro Académico de Gil Vicente.

“Tal como um álbum de música”, o livro está dividido em dois lados. O Lado A é composto por peças curtas escritas por Ricardo Correia antes da pandemia de Covid-19. A este conjunto de textos o autor deu o título “Welcome to Europe”. O Lado B é composto por peças curtas escritas já no pós-pandemia. Sob o título geral de “Huis-Clos – A Europa entre 4 paredes”, as peças foram escritas por Ricardo Correia (Portugal), Vanesa Sotelo (Galiza, Espanha), Maxi Obexer (Alemanha / Itália), Julia Holewinska (Polónia) e Deborah Pearson (Reino Unido / Canadá).

Estas peças de teatro – esclarece Ricardo Correia – “conduzem-nos numa viagem ao coração da Europa a partir de vários ângulos, diferentes sensibilidades e vozes sobre a construção da identidade individual, nacional e europeia”.