Posts Tagged ‘Miguel Lança’

em Luanda (4)

Sexta-feira, Maio 24th, 2013

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Interpretadas pro Igor Lebreaud e Miguel Lança, as “Novas diretrizes” de Bosco Brasil pisaram hoje o seu terceiro continente.
A ovação de pé e os comentários entusiasmados do público que voltou a encher o Elinga esta noite provam a universalidade da comovente homenagem ao teatro do autor brasileiro.
Obrigado, Elinga!

Novas Diretrizes no Rio (03)

Sábado, Abril 20th, 2013
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Igor Lebreaud, Pedro Rodrigues, Bosco Brasil, Miguel Lança e Fabianna Melo e Souza (Ágora Cultura Rio / Festival Dois Pontos)

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Completou-se o ciclo: depois de Bosco ter assistido à ante-estreia de “Novas Diretrizes” em Coimbra, nós devolvemos a visita e trouxemo-las ao Rio.

No final, uma óptima conversa com o público no Teatro Maria Clara Machado.

Hoje e amanhã há mais!

“Novas diretrizes” no Rio de Janeiro

Quinta-feira, Abril 11th, 2013

A Escola da Noite apresenta na próxima semana, no Rio de Janeiro, três sessões da sua mais recente produção: “Novas diretrizes em tempos de paz”, de Bosco Brasil. A digressão ocorre a convite do Festival Dois Pontos e inclui ainda a realização de um workshop sobre o percurso artístico do grupo de Coimbra.

Miguel Lança e Igor Lebraud, "Novas diretrizes em tempos de paz" (foto de ensaio de Eduardo Pinto)

“Novas diretrizes em tempos de paz” passa-se em Abril de 1945. Quase no fim da II Guerra Mundial, Clausewitz, um emigrante polaco, desembarca no porto do Rio de Janeiro, em busca de uma nova vida como agricultor. O oficial da alfândega, Segismundo, desconfia das intenções de Clausewitz e dificulta-lhe a emissão do salvo-conduto. A acção desenvolve-se a partir do desafio que o funcionário lança ao estrangeiro e do intenso e comovente diálogo entre as duas personagens, que confrontam memórias: de um lado um actor que perdeu familiares e amigos, do outro um ex-torturador que sempre cumpriu ordens.
A peça é considerada um dos melhores textos da dramaturgia brasileira contemporânea, tendo sido distinguida com os Prémios Shell e APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor autor em 2002. Desde então, tem sido várias vezes apresentada no Brasil e no estrangeiro e deu origem ao filme “Tempos de Paz”, de Daniel Filho (estreado em 2009, com Tony Ramos e Dan Stulbach no elenco).

Bosco Brasil
Bosco Brasil (São Paulo, 1960) é dramaturgo, encenador e guionista. Foi fundador do Teatro de Câmara de São Paulo e escreveu peças como “Atos e Omissões”, “O Acidente”, “Os Coveiros” ou “Cheiro de Chuva”. Por vontade expressa do dramaturgo, que assume o “engajamento” político do texto, os direitos de autor deste espectáculo revertem sempre para Organizações Não Governamentais que operem no apoio a refugiados, em articulação com os gabinetes locais do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O autor esteve em Coimbra em Janeiro, associando-se à estreia do espectáculo e participando num conjunto de actividades complementares que a companhia realizou nessa altura, incluindo uma sessão de leituras de outras peças suas e uma mesa-redonda com a Presidente do Comité Português para os Refugiados.

O Festival Dois Pontos
Esta é a terceira digressão da companhia ao Brasil e a segunda vez que se apresenta no Rio de Janeiro. Desta feita, o convite partiu do projecto de ocupação artística Ágora, do Teatro Maria Clara Machado. A iniciativa ocorre no âmbito do Festival Dois Pontos, integrado no Ano de Portugal no Brasil e que envolve seis teatros da Rede Municipal de Teatros do Rio de Janeiro. O Festival decorre entre 1 e 28 de Abril e a programação inclui a apresentação de vários espectáculos de teatro, dança e música, portugueses e brasileiros. A organização assume o objectivo de “fomentar a circulação de bens culturais” entre o Brasil e Portugal e de “consolidar um diálogo artístico permanente entre os dois países”.
Para além d’A Escola da Noite, participam nesta primeira edição do Festival Dois Pontos a Companhia de João Garcia Miguel, o Colectivo 84, a Companhia do Chapitô, Mundo Perfeito e Comedia à la Carte, entre outros.
Os espectáculos d’A Escola da Noite têm lugar no Teatro Maria Clara Machado nos dias 19 e 20 de Abril (sexta e sábado, às 21h00) e no dia 21 de Abril (domingo, às 20h00).  O workshop tem lugar ao longo da semana e destina-se a estudantes de teatro e artes cénicas. Incidirá sobre as principais linhas do percurso artístico, do reportório e dos processos de trabalho que a companhia tem desenvolvido ao longo do seu percurso de 20 anos e abordará alguns dos autores e textos mais emblemáticos da história da companhia, como Gil Vicente e o dramaturgo português Abel Neves, entre outros.
A programação completa do festival pode ser consultada na página do Festival.

Novas diretrizes em tempo de paz
de Bosco Brasil

encenação António Augusto Barros elenco Igor Lebreaud e Miguel Lança figurinos e imagem gráfica Ana Rosa Assunção

Rio de Janeiro (Brasil)
Teatro Maria Clara Machado
19 a 21 de Abril de 2013
sexta e sábado, 21h00; domingo, 20h00
M/16 > 50′ > 5 a 10 Reais

uma teia fascinante

Sábado, Fevereiro 2nd, 2013

Miguel Lança e Igor Lebreaud, "Novas diretrizes em tempos de paz" (foto de ensaio de Eduardo Pinto)

“Novas diretrizes em tempos de paz” traz o melhor texto nacional a aparecer em muito tempo: com uma dramaturgia ilusoriamente simples mas de elaboração complexa e primorosa, Bosco Brasil cria uma teia fascinante, que ao mesmo tempo descobre para os brasileiros um Brasil de crueldade até aqui ignorada e cria uma linda e comovente metáfora sobre as razões de ser do teatro.

Bárbara Heliodora, O Globo, 14/09/2002

Até 10 de Fevereiro, no TCSB. Não perca!

TCSB: programação para escolas em Fevereiro e Março

Segunda-feira, Janeiro 7th, 2013

Começamos o ano com duas boas propostas para o público escolar da cidade e da região: haverá sessões especiais de “Novas diretrizes em tempos de paz”, a nova produção d’A Escola da Noite, e de “Falar verdade a mentir”, o clássico de Almeida Garrett trazido pela Companhia de Teatro de Braga. Mantêm-se as condições normalmente praticadas no TCSB.

Novas diretrizes em tempos de paz
de Bosco Brasil
pel’A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra

Miguel Lança e Igor Lebreaud, "Novas diretrizes em tempos de paz" (foto de ensaio de Eduardo Pinto)

Em 18 de Abril de 1945, quando a II Guerra Mundial está perto do fim, um emigrante polaco, Clausewitz, desembarca no porto do Rio de Janeiro, em busca de uma nova vida como agricultor. No cais é colocado perante Segismundo, um oficial da alfândega que desconfia das intenções da entrada de Clausewitz no Brasil.
Sem o salvo-conduto assinado por Segismundo, Clausewitz será obrigado a voltar ao cargueiro e seguir viagem. Para a obtenção desse salvo-conduto, Segismundo propõe um desafio ao estrangeiro, o que leva as duas personagens, que partilham a mesma idade do séc. XX, a confrontar as suas memórias: de um lado um actor que perdeu familiares e amigos, do outro um ex-torturador que sempre cumpriu ordens.

ficha artística
encenação António Augusto Barros figurinos Ana Rosa Assunção interpretação Igor Lebreaud e Miguel Lança > duração 50′

Bosco Brasil (Sorocaba, São Paulo, 1960)
Dramaturgo brasileiro, formado pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Estreia-se na dramaturgia com o espectáculo “Budro”, encenado em 1994, sob a direcção de Emílio di Biasi, pelo qual recebe os Prémios Molière e Shell de Melhor Autor. É o fundador do Teatro de Câmara de São Paulo, inspirado no Teatro de Câmara de Estocolmo, criado por Strindberg. Em 1995, estreia este espaço como autor e encenador de “Atos e Omissões”, texto em que contextualiza a discussão da juventude na periferia, debruçando-se sobre personagens das camadas excluídas da sociedade. No mesmo ano escreve “O Acidente”.
Em 2001, obtém um grande reconhecimento da crítica e do público com “Novas diretrizes em tempos de paz”, considerado um dos melhores textos da dramaturgia brasileira contemporânea. Com esta obra, ganhou os Prémios Shell e APCA de melhor autor em 2002. Em 2009, Daniel Filho dirige “Tempos de Paz”, adaptação cinematográfica da obra.
É ainda autor de “Blitz”, “Abelardo e Berilo” e “Cheiro de Chuva”. Fundou a “Caliban” Editorial e lançou a colecção “Teatro Brasileiro de Bolso”, dedicada à dramaturgia contemporânea brasileira. Além do teatro, Bosco escreve para a televisão, sendo o autor de novelas como “Bicho do Mato” e “Tempos Modernos”.

SESSÕES ESPECIAIS PARA O PÚBLICO ESCOLAR [ENSINO SECUNDÁRIO]
05 a 08/02/2013 [terça a sexta-feira, 11h00 e 15h00, mediante marcação prévia]

Falar verdade a mentir
de Almeida Garrett
pela Companhia de Teatro de Braga

Com Falar Verdade a Mentir pegamos num texto de um autor maior, na tentativa de «mostrar» aos espectadores as ideias que subjazem na estrutura dramática da peça. A luta do autor pela revolução romântica nas letras e no texto português. A verdadeira modernidade, sem se fixar no culto do passado que encontramos noutros autores. Com Almeida Garrett e com Falar Verdade a Mentir podemos observar com humor corrosivo onde o discurso é passadista, sem vida e onde se cruza com o novo olhar dos tempos e das desilusões do Presente. Com Almeida Garrett e Falar Verdade a Mentir são razões estéticas e ideológicas que enformam o discurso teatral, é o cerne da revolução romântica. A promoção do «sujeito» em instância estruturante de si mesmo e do mundo em que evolui. E essa dinâmica está explícita nos discursos dos vários personagens. Um divertimento teatral num espaço de debate e experimentação.

Rui Madeira

ficha artística
encenação e dramaturgia Rui Madeira actores André Laires, Carlos Feio, Jaime Monsanto, Rogério Boane, Solange Sá, Thamara Thais cenografia Carlos Sampaio, Rui Madeira figurinos Sílvia Alves criação vídeo Frederico Bustorff Madeira criação sonora Luís Lopes > duração 60′

A CTB e o público escolar
Ao longo dos anos, a CTB tem vindo a inscrever nas suas escolhas espectáculos dirigidos aos jovens públicos, usando textos clássicos ou contemporâneos que integram os curricula de Português e Literatura: Gil Vicente, Eça de Queirós, Almada Negreiros, Manoel Teixeira-Gomes, Sophia de Mello Breyner, Manuel António Pina, Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda e Camilo Castelo Branco, entre outros. Este espectáculo é mais um reflexo dessa vontade de possibilitar aos futuros públicos a aproximação a um autor fundamental da nossa cultura.
Através de uma série de acções concentradas, queremos criar condições para que esses jovens públicos e professores se possam apropriar dos processos de criação, ganhando um “olhar por dentro” da coisa artística, aprendendo a “ler” e a interrogar esses textos à luz de uma nova realidade – a prática teatral. O objectivo é criar melhores públicos, novos espectadores que dominem melhor os códigos de leitura dramática, capazes de se estimularem para lá do que lhes é apresentado, entendendo que toda a obra de arte é/ deve ser aberta. E que a sua posição de espectador activo é que lhe há-de conferir o seu verdadeiro significado.

SESSÕES ESPECIAIS PARA O PÚBLICO ESCOLAR [3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO]
12 e 13/03/2013 [quarta e quinta, 11h00 e 15h00, mediante marcação prévia]

CONDIÇÕES DE ACESSO
3 Euros por aluno/a
(entrada gratuita para professores/as acompanhantes e alunos/as abrangidos/as pelo escalão A da ASE)

informações e reservas
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

[post actualizado em 17/01/2013: alteração das datas]