Posts Tagged ‘António Jorge’

5 anos de TCSB: Este Oeste Éden

Domingo, Março 24th, 2013

Maria João Robalo, Sofia Lobo e António Jorge, "Este Oeste Éden" (foto: Augusto Baptista)

17 de Julho de 2009: A Escola da Noite estreia no TCSB a sua 48.ª produção – “Este Oeste Éden”, de Abel Neves, com encenação de Sílvia Brito.

Escrevemos na altura:

“(…) Chegados à casa nova, não resistimos mais. Mesmo que nas traseiras não haja os tanques para a roupa com que sonhámos, queremos mesmo muito começar de novo a construir um novo jardim. Quase (fosse isso possível) como se nunca tivessem abatido o pessegueiro e tudo fossem cores e cheiros e sons de pássaros.

É nestas coisas pequeninas que se vêem as grandes, insiste Abel. E nós concordamos, artesãos a achar que o mundo pode só ser mais bonito e que das nossas mãos podem sair modelos que o confirmem. Guardamos para nós, enquanto artistas, o direito de nos comovermos com a beleza das coisas e o dever de com ela nos entusiasmarmos, de a perseguir, de tentar construí-la e partilhá-la, de ser as “mãos gentis sobre a paisagem” que o mesmo Abel reivindica no ensaio aqui publicado.

Assim fizemos com este Éden. Transpondo para o palco as interrogações poéticas, e por isso tão políticas, e por isso tão humanas, da escrita do Abel.”

 

 

 

5 anos de TCSB [2008 – 2013]

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5 anos de TCSB: Atravessando as palavras há restos de luz

Domingo, Fevereiro 17th, 2013

Atravessando as palavras há restos de luz (enc. de António Augusto Barros)

Ao terceiro dia de Abril de 2009, A Escola da Noite estreava “Atravessando as palavras há restos de luz”, o resultado de um processo de pesquisa e experimentação iniciado um ano antes, com os alunos de Estudos Artísticos da FLUC, no âmbito da primeira edição da Oficina de Artes.

Aos seis actores da companhia – António Jorge, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash, Sílvia Brito e Sofia Lobo – juntavam-se três actores estagiários – Heloísa Simões e Igor Lebreaud, da FLUC, e Ana Mota Ferreira, da Universidade de Évora – para explorar o universo de Kafka. Contávamos, ainda, com a colaboração da cineasta Fátima Ribeiro, que documentou todo o processo e realizou os vídeos que integravam o espectáculo.

Hoje recordamos o excerto de “O Grande Ditador”, de Chaplin, que inspirava uma das cenas apresentadas:

 

E voltamos a agradecer à espectadora que, descrevendo o espectáculo como “desvairadamente kafkiano”, nos dedicou estas palavras:

Gostei particularmente do desespero do cavaleiro que anseia por carvão, daquele desejo mortal, do misto de quem quer psicóticamente uma coisa banal que sem querer se transforma noutra de máxima importância, quase vital e inexorável, como se se não a obtivesse a seguir fosse morrer.
Gostei também do inevitável vazio do homem que, preso no espinheiro, aguardava pelo salvamento de quem não vem. Fez-me lembrar a vida, por vezes parva, ridícula e solitária. Gostei ainda dos diálogos com máscaras, cruéis, quase ensanguentados com tanta ira. Foi bom, foi como renascer, foi inspirador.

 

5 anos de TCSB [2008 – 2013]

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5 anos de TCSB: 700 máscaras

Domingo, Janeiro 20th, 2013
“700 máscaras à procura de um rosto ou um artista da fome” (foto: Augusto Baptista)

Menos de três meses depois de abrir o Teatro, A Escola da Noite estreou, em Dezembro de 2008, a sua segunda produção neste espaço. Desta vez, tratava-se da “instalação teatral” de António Jorge, que reunia mais de 700 máscaras e outros objectos por si criados, dispostos nas paredes e no palco da sala principal do TCSB.

Primeiro espectáculo propositadamente concebido para o TCSB, “700 máscaras” proprocionava aos espectadores uma visita por todo o edifício e culminava com a leitura do texto “Um artista da fome”, de Franz Kafka.

Sobre ele, escreveu Osvaldo Manuel Silvestre, numa detalhada crítica: “um espectáculo de grande impacto visual e de assinalável inteligência «conceptual»”.

5 anos de TCSB [2008 – 2013]

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Máscaras — Gramática de um Aprendiz

Terça-feira, Fevereiro 9th, 2010

No próximo dia 12 de Fevereiro, sexta-feira, pelas 21h30, inaugura “Máscaras — Gramática de um Aprendiz”, na Sala de Exposições Temporárias do Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques, na Lousã. “Máscaras — Gramática de um Aprendiz” é uma exposição de máscaras criadas por António Jorge — actor, encenador e cenógrafo d’A Escola da Noite, numa iniciativa da Câmara Municipal da Lousã, integrada no Programa “Entrudo 2010”. As máscaras agora expostas resultam de um trabalho iniciado há mais de 10 anos por António Jorge e já foram “ca[u]sa”  de um espectáculo d’A Escola da Noite: “700 Máscaras à procura de um rosto ou Um artista da fome”. Esta é uma nova oportunidade para ver ou rever o extraordinário trabalho de criação, nos mais diversos materiais, deste objecto de ancestrais tradições teatrais e antropológicas.

Exposição organizada pela Câmara Municipal da Lousã, integrada no Programa “Entrudo 2010”. António Jorge nasceu em 1966. Foi membro fundador d’A Escola da Noite e iniciou a sua actividade teatral no TEUC, em 1987. Integrou a organização da Bienal Universitária de Coimbra, em 1990. Participou como actor em praticamente todos os espectáculos da companhia A Escola da Noite, sendo ainda responsável pela cenografia e adereços em muitos deles. Na companhia encenou “Amado monstro”, de Javier Tomeo (1992, com José Neves), “Além do infinito”, de Abel Neves (2004, com Ana Rosa Assunção, António Augusto Barros e Sílvia Brito), “Noivas”, de Cleise Mendes (2005), “Prometeu 06”, a partir de Ésquilo, Kafka e Heiner Müller (2006), “Auto da Índia: aula prática” (2007, com António Augusto Barros, Sílvia Brito e Sofia Lobo) e “Bonecos & farelos”, de Gil Vicente (2008). Foi formador em iniciativas da companhia como o “III Estágio Internacional de Actores”, “Tchékhov em um acto”, “Oficina de artes” e “Uma aula vicentina”.

Este Oeste Éden – fotos (4)

Domingo, Agosto 16th, 2009
António Jorge em "Este Oeste Éden" (foto de Augusto Baptista)

António Jorge em "Este Oeste Éden" (foto de Augusto Baptista)

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