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conversas com o bando (ii)

Quinta-feira, Maio 21st, 2009

 

Conversa com a equipa artística de "Jerusalém", d'o bando, ontem à noite

Conversa com a equipa artística de "Jerusalém", d'o bando, ontem à noite

 

Rosinda Costa, João Brites, Raul Atalaia, Nicolas Brites, Cristiana Castro e Suzana Branco

Rosinda Costa, João Brites, Raul Atalaia, Nicolas Brites, Cristiana Castro e Suzana Branco

A noite e a conversa de ontem, depois da última sessão de “Jerusalém”, foram (ainda) mais participadas.

A residência d’o bando em Coimbra prossegue hoje, com o workshop, a conferência de João Brites e a exibição do documentário “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.

Sábado e Domingo chega “A Noite”, a partir de Al Berto. Venha assistir e participe nas conversas com os actores no final do espectáculo.

Faça-nos companhia!

a minha escolha: Natércia Coimbra

Sábado, Maio 16th, 2009

 

"A Noite", pelo Teatro o bando (foto de Margarida Dias)

"A Noite", pelo Teatro o bando (foto de Margarida Dias)

Em cada trimestre, um(a) convidado(a) d’A Escola da Noite partilha com os espectadores a(s) sua(s) escolha(s) da programação apresentada. Natércia Coimbra, directora do Centro de Documentação 25 de Abril, fala sobre a Residência Artística REN com o Teatro o bando:

 

A programação d’A Escola da Noite para os próximos meses é, como habitualmente, coerente, rica na oferta que nos propõe e, o que precisava de dizer-vos, era: percam dela o menos possível!

Mas, e ainda bem, mesmo perante o que consideramos bom há sempre aquilo que preferimos. Preferir é gostar mais disto sem desgostar de tudo o que sobra. É distinguir um momento sem esquecer que todos os outros vão também acontecer.

E assim sendo, gosto que vá acontecer a residência do grupo de teatro o bando, um grupo cujo percurso tenho acompanhado e que já me proporcionou momentos de rara beleza, puro prazer, inesquecíveis espectáculos improváveis, que só a sua arte, talento e sensibilidade conseguiriam criar.

Convido-vos para o espectáculo “A Noite”, nos dias 23 e 24 de Maio, que nos traz a poesia de Al Berto. Convite, confesso, motivado não só porque Al Berto é um dos meus poetas preferidos mas também pela curiosidade que o espectáculo me desperta.

Estou curiosa, sim, para ver como se consegue passar da poesia lida ao espectáculo de teatro, a que jovens actores vão dar corpo. Curiosa, também, para ver como a dramaturgia de João Brites parece ter conseguido ultrapassar a dificuldade de partir de textos literários, sem qualquer estrutura narrativa, para afinal nos contar uma história. Curiosa ainda de apreciar o intenso trabalho que deve ter havido entre actores e encenador, entre actores e actor, para que o espectáculo não deslize para um registo de recital de poesia e para que a poesia não irrompa e ocupe o palco, antes surgindo vigorosamente, mas só de quando em quando, apenas para sublinhar a história que afinal continha, ou que afinal os actores e o dramaturgo descobriram nela.

 

Natércia Coimbra

Abril 2009