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Iraque 2003-2013: uma (abreviadíssima) cronologia

Quinta-feira, Janeiro 16th, 2014

2003

16 março — Cimeira das Lages (Açores, Portugal). George W. Bush, Tony Blair e José Maria Aznar, com Durão Barroso como anfitrião, decidem a intervenção militar no Iraque, com a justificação oficial de que o Iraque dispunha de armas de destruição maciça, nomeadamente químicas. Anos depois, todos os protagonistas da Cimeira reconheceriam que tal hipótese era infundada.

cimeiradaslages

20 março — uma coligação formada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, apoiada por Espanha e por Portugal, invade o Iraque a partir do Kuwait, numa operação designada “Choque e Pavor”. Primeiros bombardeamentos sobre Bagdad são transmitidos em directo pela televisão. Até ao final de Abril, mais de 200 mil soldados norte-americanos e ingleses estarão no Iraque.

21 março — começa a batalha de Umm Qasr. O porto da cidade demorou 4 dias a ser tomado.

22 março — as tropas iniciam o avanço em direcção a Bagdad a partir do sul. Começa o cerco a Bassorá.

24 março — Saddam Hussein afirma na televisão que vencerá. Os Iraquianos mantêm emboscadas contra as tropas da coligação.

4 abril — o aeroporto internacional de Bagdad, de grande valor simbólico para o regime, é tomado pelas forças internacionais.

9 abril — as tropas invasoras assumem o controlo da capital. Saddam Hussein desaparece. O derrube da sua estátua na praça Fardus é transmitido em directo para todo o mundo pela televisão.

1 maio — George W. Bush declara o fim das operações militares, tendo atrás de si uma faixa dizendo “Missão Cumprida”. O governo é dissolvido e o presidente Saddam Hussein deposto.

missaocumprida

2 julho — George W. Bush declara que as tropas americanas ficariam no Iraque apesar dos ataques e desafia os insurgentes: “Que venham eles!”. A frase é bastante criticada e o presidente vem a lamentá-la mais tarde.

13 julho — o Conselho de Governo Iraquiano, formado por 25 iraquianos escolhidos sob supervisão dos Estados Unidos, tem o seu primeiro encontro em Bagdad.

22 julho — os filhos de Saddam Hussein (Uday e Qusay) são mortos em Mossul, juntamente com os seus netos. Ao todo, mais de 300 líderes de topo do regime anterior foram mortos ou capturados, tal como numerosos funcionários inferiores e pessoal militar.

19 agosto — um camião-bomba explode sob a sede da ONU em Bagdad. O atentado suicida deixa 22 mortos, inclusive o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, representante da ONU no Iraque.

13 dezembro — tropas dos EUA capturam Saddam Hussein num esconderijo subterrâneo próximo de Tikrit.

 

2005

31 março — Comissão presidencial nos EUA conclui que os serviços de inteligência norte-americanos se equivocaram quanto à existência de armas de destruição em massa no Iraque.

 

2006

30 dezembro — Saddam Hussein é enforcado.

saddam

2010

31 agosto — os Estados Unidos, agora presididos por Barack Obama, concluem a sua missão no Iraque. Permanecem no país 50 mil soldados, para treinar e assessorar as tropas iraquianas. Segundo a ONG Iraq Body Count, mais de 100 mil iraquianos morreram durante uma guerra que causou também a morte de mais de 4 mil soldados americanos, para além de baixas nos outros países da coligação.

 

2012

30 setembro — ataques com bombas e armas de fogo em nove cidades do Iraque deixaram pelo menos 32 mortos e 104 feridos. Os alvos foram principalmente instalações da polícia em bairros predominantemente xiitas.

 

2013

dezembro — comunicado da missão de assistência das Nações Unidas no Iraque (UNAMI): Pelo menos 8.868 pessoas, na grande maioria civis,  morreram no Iraque em atos de violência em 2013, o maior número de vítimas  em vários anos. Dessas vítimas, 7.818 eram civis. A lista inclui os 759 mortos, dos quais 661 civis, verificados em dezembro, mês que registou também 1.345 feridos em actos de violência.

iraque2013

no Diário As Beiras

Quinta-feira, Janeiro 16th, 2014
Diário As Beiras, 16/01/2014

Diário As Beiras, 16/01/2014

Hoje no TCSB: “Nunca estive em Bagdad” e conversa com José Goulão e Ricardo Alexandre

Quinta-feira, Janeiro 16th, 2014

cartaz NEB conversas webComeça hoje à noite, no Teatro da Cerca de São Bernardo, a nova temporada de “Nunca estive em Bagdad”, de Abel Neves. Por ser quinta-feira, os bilhetes são mais baratos, com o preço único de 5 Euros.

Logo após a sessão, tem lugar no bar do Teatro, a primeira de duas conversas sobre jornalismo em contexto de guerra. José Goulão e Ricardo Alexandre abrem a iniciativa, com a apresentação e moderação de Carlos Camponez.

Não perca!

 

TEATRO

Nunca estive em Bagdad

de Abel Neves
pel’A Escola da Noite
16 a 19 de Janeiro
quinta a sábado, 21h30; domingo, 16h00
M/12 > 1h15 > 6 a 10 Euros

CONVERSAS APÓS O ESPECTÁCULO

Jornalismo em contexto de guerra

quinta-feira, 16 de Janeiro

José Goulão

Ricardo Alexandre (RDP)

moderação: Carlos Camponez

sexta-feira, 17 de janeiro

Cândida Pinto (SIC)

José Manuel Rosendo (RDP)

Paulo Moura (Público)

moderação: João Figueira

Ciclo organizado em parceria com a Licenciatura em Jornalismo da FLUC. As conversas têm lugar no bar do teatro, imediatamente após as sessões do espectáculo.

 

“o optimismo que é preciso inventar”

Quarta-feira, Janeiro 15th, 2014
Miguel Magalhães e Maria João Robalo, "Nunca estive em Bagdad" (foto. Augusto Baptista)

Miguel Magalhães e Maria João Robalo, “Nunca estive em Bagdad” (foto. Augusto Baptista)

 

NUNCA ESTIVE EM BAGDAD

É uma história de amor durante a guerra, perto e longe, muito longe de Bagdad.
Glória e Rogério mudaram uma vez mais de casa e estão na situação de ter de arrumar de novo as suas coisas. Vivem a rotina dos dias e o amor é como é. O mundo vive a guerra no Iraque e Rogério é um viciado da informação televisiva, e não consegue despegar do monitor, enquanto Glória vive um drama íntimo.
No final da guerra, eles têm a casa arrumada. E a vida?

A enormidade da tragédia em Bagdad já é indizível. A responsabilidade e a vergonha, não. A obra Nunca estive em Bagdad foi escrita três meses depois da invasão do Iraque, em Junho de 2003. Quis que viesse a ser uma peça datada e é, provavelmente, uma história sobre o optimismo que é preciso inventar para viver, ou para viver melhor, ou para continuar a sobreviver. Longe de Bagdad.

Abel Neves

TEATRO

Nunca estive em Bagdad

de Abel Neves
pel’A Escola da Noite
16 a 19 de Janeiro
quinta a sábado, 21h30; domingo, 16h00
M/12 > 1h15 > 6 a 10 Euros

CONVERSAS APÓS O ESPECTÁCULO

Jornalismo em contexto de guerra

quinta-feira, 16 de Janeiro

José Goulão

Ricardo Alexandre (RDP)

moderação: Carlos Camponez

sexta-feira, 17 de janeiro

Cândida Pinto (SIC)

José Manuel Rosendo (RDP)

Paulo Moura (Público)

moderação: João Figueira

Ciclo organizado em parceria com a Licenciatura em Jornalismo da FLUC. As conversas têm lugar no bar do teatro, imediatamente após as sessões do espectáculo.

“Nunca estive em Bagdad”: a partir de amanhã no TCSB

Quarta-feira, Janeiro 15th, 2014
Miguel Magalhães e Maria João Robalo, "Nunca estive em Bagdad" (foto: Augusto Baptista)

Miguel Magalhães e Maria João Robalo, “Nunca estive em Bagdad” (foto: Augusto Baptista)

 

Miguel Magalhães e Maria João Robalo, "Nunca estive em Bagdad" (foto: Augusto Baptista)

Miguel Magalhães e Maria João Robalo, “Nunca estive em Bagdad” (foto: Augusto Baptista)

“Nunca estive em Bagdad”, de Abel Neves, volta amanhã ao Teatro da Cerca de São Bernardo para uma curta temporada de 4 sessões: quinta a sábado às 21h30 e domingo às 16h00.

É a história de um jovem casal português a braços com uma mudança de casa, passada na altura da Guerra do Iraque, em 2003. Entre o problema de Glória, que vai sendo revelado ao longo da peça, e a guerra em directo que a televisão oferece a Rogério, vive-se um confronto de escalas que amplia o efeito de ambos na vida quotidiana do casal.

Nas noites de quinta e sexta-feira, as sessões são seguidas de conversas sobre o jornalismo em contexto de guerra e a situação no Médio-Oriente. José Goulão e Ricardo Alexandre (dia 16) e Cândida Pinto, Paulo Moura e José Manuel Rosendo (dia 17) são os/as convidados/as que chamámos a pensar em si.

Faça-nos companhia!

TEATRO

Nunca estive em Bagdad

de Abel Neves
pel’A Escola da Noite
16 a 19 de Janeiro
quinta a sábado, 21h30; domingo, 16h00
M/12 > 1h15 > 6 a 10 Euros

CONVERSAS APÓS O ESPECTÁCULO

Jornalismo em contexto de guerra

quinta-feira, 16 de Janeiro

José Goulão

Ricardo Alexandre (RDP)

moderação: Carlos Camponez

sexta-feira, 17 de janeiro

Cândida Pinto (SIC)

José Manuel Rosendo (RDP)

Paulo Moura (Público)

moderação: João Figueira

Ciclo organizado em parceria com a Licenciatura em Jornalismo da FLUC. As conversas têm lugar no bar do teatro, imediatamente após as sessões do espectáculo.