revista Sítio #6

Novembro 23rd, 2010

No próximo sábado, 27 de Novembro, pelas 18horas, A Escola da Noite acolhe no Teatro da Cerca de São Bernardo a apresentação da revista Sítio #6, do Académico de Torres Vedras (ATV). Na ocasião, para além de uma conversa sobre a Sítio, está prevista uma leitura de textos, com a presença de Luís Filipe Cristóvão, Manuel A. Domingos e Sandra Guerreiro Dias.

Neste número da revista, com direcção de Luís Filipe Cristóvão, a escolha dos textos esteve a cargo de manuel a. domingos. A lista dos colaboradores inclui os seguintes autores: E. Ethelbert Miller, bruno béu, Rui Almeida, Rute Mota, Susana Miguel, Jorge Vaz Nande, Rui Manuel Amaral, Sandra g.d., Paulo Rodrigues Ferreira, Paulo Kellerman, Henrique Manuel Bento Fialho e João Camilo.

sexta e sábado!

Novembro 23rd, 2010

Eu sou a minha própria mulher | Seiva Trupe
texto Doug Wright tradução Maria Teresa Guedes de Oliveira interpretação Júlio Cardoso versão cénica e encenação João Mota assistente de encenação Miguel Rosas figurino Carlos Paulo desenho de luz Júlio Filipe desenho de som José Prata vídeo Flávio Pires
Espectáculo para maiores de 12 anos | duração de 110 minutos | bilhetes entre 6 e 10 Euros
27 e 28 de Novembro de 2010 | sexta e sábado | 21h30

Reservas pelo telefone 239718238, telemóvel 966302488 ou e-mail geral@aescoladanoite.pt

O Evangelho de Pasolini

Novembro 22nd, 2010

A sessão de hoje do ciclo “Fé?” apresenta o filme “O Evangelho Segundo São Mateus”, de Pier Paolo Pasolini, comentado por José Manuel Pureza. A entrada é livre, mediante levantamento de bilhete.

Integrado no ciclo de cinema Fé?, organizado pelo Observatório para a Política da Diversidade Cultural e Religiosa na Europa do Sul (POLICREDOS), do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, são apresentadas diversas visões sobre a fé (ou as fés) na sua relação com algumas das questões incontornáveis no estudo das sociedades contemporâneas: o poder, a sexualidade, a política, as identidades culturais. Os filmes são comentados por investigadores do CES, após os quais é aberto o debate ao público.

Pier Paolo Pasolini foi um escritor, poeta e cineasta italiano, mas um artista solitário. O seu primeiro filme como director foi “Accattone”, de 1961, mas o reconhecimento internacional só veio em 1964, com “O Evangelho Segundo São Mateus”. Pasolini era um crítico da Itália do pós-guerra, de uma Itália burguesa e consumista que se livrara do ditador Mussolini, mas tendia a retornar ao fascismo. O uso do erotismo, da violência e depravação foi constante na sua obra, uma forma de expressar a sua visão da religião e da problemática social, motivo de muitos conflitos com a Igreja Católica e perseguições políticas.

Em “O Evangelho…” mostra a vida de Jesus Cristo tendo como base os evangelhos de São Mateus. Pasolini, no entanto, usa pouco do santo e mostra um Cristo marxista. Além de ter sido escolhido pelo Vaticano como um dos melhores filmes sobre a religião de todos os tempos, a obra de Pasolini recebeu o Grande Prémio do Júri no Festival de Veneza.

A próxima semana no TCSB

Novembro 21st, 2010

Um filme de Pasolini comentado por José Manuel Pureza, Júlio Cardoso a interpretar mais de 30 personagens num espectáculo da Seiva Trupe encenado por João Mota e ainda a apresentação em Coimbra da revista Sítio.

"O Evangelho Segundo São Mateus" de Pasolini

E em Dezembro regressa a “Noite de Amores Efémeros” com novidades!
Faça-nos companhia!

Seiva Trupe regressa a Coimbra

Novembro 19th, 2010

"Eu Sou a Minha Própria Mulher" Fotografia de António Alves

A Escola da Noite acolhe no Teatro da Cerca de São Bernardo, nos dias 26 e 27 de Novembro, o espectáculo “Eu sou a minha própria mulher”, da companhia Seiva Trupe.
Escrita pelo actor e dramaturgo norte-americano Doug Wright, a peça baseia-se na história verídica de Charlotte Von Mahlsdorf, travesti alemão que sobrevive aos vários regimes da Alemanha sem nunca esconder a sua identidade sexual. Charlotte, cujo nome de baptismo era Lothar Berfelde, ousou montar e preservar um fantástico museu de antiguidades, que ainda hoje existe, e um cabaré clandestino na cave desse museu. Por este bar, todo ele decorado com os móveis do Mulack-Ritze, e posteriormente encerrado pelas autoridades alemãs, circularam nomes famosos das artes e das letras, como Bertolt Brecht e Marlene Dietrich.
“Eu sou a minha própria mulher” foi pela primeira vez apresentada em 2003, na Broadway, alcançando uma óptima receptividade junto do público e da crítica. Entre os vários prémios que obteve, destaca-se o Prémio Pulitzer e o “Tony” para melhor peça. Desde então, tem sido encenada por todo o mundo – Suécia, Canadá, Austrália, República Checa e México, entre outros países.
Monólogo para um actor, este foi o texto escolhido pela Seiva Trupe para celebrar os 50 anos de carreira de Júlio Cardoso, actor, encenador e fundador da companhia portuense com um percurso ímpar no teatro português. Sozinho em palco, Júlio Cardoso dá corpo e voz a mais de trinta personagens diferentes, num “one-man show” dirigido por João Mota a que é impossível ficar indiferente.
A Escola da Noite orgulha-se de poder associar-se a esta homenagem, oferecendo a possibilidade de voltarmos a ver a Seiva Trupe em Coimbra, cidade onde esta companhia já não se apresentava há mais de 10 anos.
A Seiva Trupe foi fundada em 1973 por um grupo de jovens actores profissionais – entre os quais António Reis, Estrela Novais e Júlio Cardoso –, numa altura em que o público estava cada vez mais afastado das salas de espectáculo, perante um teatro cada vez mais comprometido e amordaçado pelo rigor da censura. Os fundadores da “Seiva Trupe – Teatro Vivo” pretendiam romper com esse estado de coisas e integrar e dinamizar o movimento do teatro independente que começava a despontar. Conseguiram tornar-se um exemplo para o aparecimento de outros novos agrupamentos profissionais no País, graças ao que definem como “um teatro de rigor artístico, cultural e de comunicação.”
Tendo sido um dos principais impulsionadores e criadores do FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, bem como da fundação da Academia Contemporânea do Espectáculo, a Seiva Trupe é hoje a companhia residente no Teatro do Campo Alegre, no Porto, a partir do qual continua a desenvolver uma intensa actividade de criação artística, que regista já mais de uma centena de novos espectáculos, cerca de sete mil representações e quase um milhão e meio de espectadores.