Com objectivo de reforçar a importância da língua portuguesa como elemento de unidade e factor de coesão, principalmente junto das novas gerações, a programação das Residências Lusófonas contempla a fusão de diferentes estilos, ritmos e influências de toda a Lusofonia. Favorecendo a co-criação junto da comunidade de músicos e artistas locais, e a integração artística-cultural junto às crianças das escolas públicas de Coimbra. Promovendo a cultura e a relação entre os países que falam português, bem como toda sua diversidade humana.
JAPA SYSTEM (Brasil) O percussionista Japa System, encontrou-se com a música aos 12 anos, na Bahia. Integrou o Grupo Cultural Brasileiro chamado Bahia Brasil, além das bandas Terra Samba, Timbalada, Mc DaGAnja, Armandinho Dodô e Osmar, e, de 2013 a 2019, integrou a banda BaianaSystem. Japa System apresenta-se com um setup onde utiliza instrumentos electrónicos e orgânicos para a criação de possibilidades de comandos percussivos, executando diversos ritmos.
LEI DI DAI (Brasil) Cantora, compositora e MC. Começou a sua carreira em 1999 com a banda Camarão na Brasa. Em 2005 iniciou a carreira a solo assumindo o nome Lei Di Dai. Sendo coroada “Rainha do Dancehall Ragga no Brasil” pela revista Roling Stone em 2006. A sua música traz batidas dançantes com letras conscientes e positivas, fez parcerias com diversos produtores musicais e lançou diversos singles. É idealizadora e MC do Sound System Gueto pro Gueto Sistema de Som, eventos realizados na cidade de São Paulo.
PRINCE WADADA (Angola) É um nome que se confunde com a cultura dos soundsystems portugueses, sendo um ícone importante na história e forte afirmação do reggae em portugal. Ex-membro do projecto Linha da Frente, Wadada partilhou o palco com músicos como Gentleman&Far East Band, Melo D e Charly Shank Band, acrescentando à sua carreira um vasto leque de participações em trabalhos de Kussundulola, Bad Spirit, Cool Train Crew, Eduardo Paim, Germaican Soundsystem, entre outros.
MÚSICA Japa System (BR) + Lei Di Dai (BR) + Prince Wadada (AO) e convidados 26 de Outubro de 2022 quarta-feira, 19h00 > M/6 > 90 min > 5 a 10 € org. Rádio Pessoas / Blue House / Salão Brazil / Cena Lusófona / TCSB no âmbito das Residências Lusófonas
O ciclo “Afro-Portugal: Contas de Torna-Viagem” é uma co-produção entre o TAGV e A Escola da Noite, realizada no âmbito da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses. Organizado à volta da apresentação, no TAGV, do espectáculo de teatro “Aurora Negra” (20 e 21 de Outubro), o programa inclui teatro, música, performance, artes visuais, documentários e muitos debates em torno do racismo e da memória colonial. O programa tem a curadoria da investigadora e professora universitária Catarina Martins.
Esta é uma reportagem dividida em quatro capítulos, resultado de uma investigação que decorreu entre os anos 2016 e 2021. Durante a Guerra Colonial, milhares de africanos combateram ao lado de Portugal e arriscaram a vida pela pátria que acreditavam ser sua. Uma história de denúncia de um Estado que os usou, explorou e, por fim, descartou.
DOCUMENTÁRIO / REPORTAGEM Por ti, Portugal, eu juro DIVERGENTE seguido de debate com Sofia Palma Rodrigues, Diogo Cardoso, Abdulai Djaló e Juldé Djaquité 18 de Outubro de 2022 terça-feira, 18h00 > M/12 > 120 min > entrada gratuita
É sobre a Guerra Colonial, a partir das imagens e memórias partilhadas por mulheres da zona do Vale do Ave que, ao longo dos 24 meses de serviço militar dos então namorados, noivos ou maridos, materializaram a sua relação amorosa, trocando fotografias, aerogramas e cartas. Mais do que o homem que foi para a guerra, interessa a mulher que ficou à espera e cujos amores de juventude são o fio condutor para uma outra história, mais privada e sensível, sobre este conflito global.
PERFORMANCE Álbuns de Guerra CATARINA LARANJEIRO e TÂNIA DINIS 19 de Outubro de 2022 quarta-feira, 21h30 Sala Brincante da Cena Lusófona > M/12 > 35 min > entrada gratuita
co-produção Teatro Oficina – PACT (Plano de Apoio à Criação Territorial) e Associação Cultural Tenda de Saias arquivos pessoais e histórias de vida Emília Ribeiro, Jandira Henriques, Fernanda Lobo, Esperança e Casimiro Martins, Delfina de Fátima Ribeiro, Teresa Silva, Lurdes Matos, Ludovina Martins, Rosalina Fernandes, Rosa Leite apoio Fundação Calouste Gulbenkian mistura de som Rui Lima voz Sara Pereira
Um debate sobre as identidades africanas, afrodescendentes e crioulas, as memórias nacionais e diaspóricas, e a literatura de autoria negra em Portugal, na Europa e no Brasil.
LITERATURA | DEBATE Olhares de quem (não) chegou com as/os escritoras/es africanas/os Aida Gomes (AO), Mário Lúcio Sousa (CV) e Kalaf Epalanga (AO) e a moderação de Catarina Martins 20 de Outubro de 2022 quinta-feira, 18h00 Sala Brincante da Cena Lusófona > 120 min > entrada gratuita
Uma mistura de poesia, música, dança, comédia e outras acrobacias de contar história. Esta performance promete passear pela palavra “P” para processar parte dos problemas que a palavra “P” projeta. Promete-se, portanto, pensar e palrar dos potenciais, dos perigos e dos preconceitos que prepotentemente permeiam a palavra “P”. Hoje, neste nosso ambiente todo decolonial e descolonial e pós-colonial e retro-colonial e qualquer- sufixo-que-queiras-colonial, é necessário fazer colonoscopias às colunas dos colonos (seja quem forem esses) e às suas colonizações, sem todavia ridicularizar, nem invalidar o trabalho que se tem vindo dentro da problemática da palavra “P”. Pelas histórias, estórias, vídeos, contos, cantigas, músicas, poesias, adivinhas e outras blablaquices, vamos fazer um DJUMBAI (convívio em kriol) que é caracterizado pela oralidade e diversão! O convívio tem de ser divertido e para isso todos devem/ podem participar: quem não conta, escuta… quem não canta bate o pé… quem não dança, bate palmas, caramba! Mas a ideia é todos procurarmos a nossa palavra “P” interior.
PERFORMANCE Pelo peso da palavra P MARINHO PINA 21 de Outubro de 2022 sexta-feira, 18h00 Sala Brincante da Cena Lusófona > M/12 > 80 min > entrada gratuita
NARRATIVAS E MEMÓRIAS DE MULHERES NEGRAS Sediado no Casal de São Braz no Concelho de Amadora em Lisboa, o grupo de batucadeiras Bandeirinha foi criado em 2016 por um conjunto de mulheres cabo-verdianas, empregadas domésticas, com o objectivo de construir um espaço de intimidade, cumplicidade e partilha, através do batuque, este género cultural cabo-verdiano, profundamente griótico na sua metodologia, onde a palavra é cantada, dançada, performada a partir da língua cabo-verdiana.
MÚSICA Batucadeiras Bandeirinha da Boba 22 de Outubro de 2022 sábado, 16h00 Pátio do Centro de Artes Visuais Teatro da Cerca de São Bernardo > 60 min > entrada livre
Últimos espectáculos da temporada em Coimbra de “Aqui, onde acaba a estrada”, com texto e encenação de Igor Lebreaud. Hoje, sábado, às 21h30 e amanhã, domingo, às 16h00 no TCSB.
Um texto sobre as grandes migrações forçadas de comunidades desfeitas, culturas colapsadas escapando da violência: “Uma família, que há gerações foge da guerra, chega, por fim, ao local onde a estrada termina. Aí ergue-se o Portão, para lá do qual se encontra a promessa de um mundo melhor. Para poderem entrar, contudo, terão de renunciar à língua que falam, às roupas que trazem e à caixa que, durante anos, arrastaram pelo mundo.”
Termina esta semana a temporada em Coimbra de “Aqui, onde acaba a estrada”, com texto e encenação de Igor Lebreaud. Tem apenas mais quatro oportunidades para assistir ao espectáculo, de quinta a domingo, no TCSB.
“Aqui, onde acaba a estrada”, que estreou a 29 de Setembro, assinala a estreia na escrita teatral e na encenação do actor Igor Lebreaud. O texto fala-nos de uma família que há gerações foge da guerra e que chega, por fim, ao local onde a estrada termina: “aí ergue-se o Portão, para lá do qual se encontra a promessa de um mundo melhor. Para poderem entrar, contudo, terão de renunciar à língua que falam, às roupas que trazem e à caixa que, durante anos, arrastaram pelo mundo”. Sem referências espaciais ou temporais concretas, a peça propõe-nos uma reflexão sobre as condições em que tantos milhões de pessoas são forçadas a migrar, em consequência de guerras, perseguições, condições climatéricas ou carências económicas. O espectáculo tem interpretação de Ana Teresa Santos, Hugo Inácio, Margarida Dias, Miguel Magalhães e Ricardo Kalash, figuração de Diogo Lobo, cenografia de João Mendes Ribeiro, figurinos e adereços de Ana Rosa Assunção, desenho de luz de Danilo Pinto e sonoplastia de Zé Diogo. A temporada em Coimbra termina já esta semana, a 16 de Outubro, e oferece quatro últimas oportunidades para assistir: quinta e sexta-feira às 19h00, sábado às 21h30 e no domingo às 16h00. Os bilhetes custam entre 5 e 10 euros e já podem ser reservados pelos contactos habituais do TCSB. Em Novembro, o espectáculo será apresentado em Évora (Teatro Garcia de Resende, nos dias 4 e 5) e na Covilhã (Auditório do Teatro das Beiras, no dia 18).
TEATRO Aqui, onde acaba a estrada de Igor Lebreaud A ESCOLA DA NOITE até 16 de Outubro de 2022 quinta e sexta-feira, 19h00 sábado, 21h30 domingo, 16h00 > M/14 > 80 min > 5 a 10€
GUARDA Aqui, onde acaba a estrada, ergueu-se um Portão. O Portão. Se fosse para vocês entrarem à vontade, se fosse para não haver distinção entre o que está dentro e o que está fora, porque é que o Portão havia de existir?
TEATRO Aqui, onde acaba a estrada de Igor Lebreaud A ESCOLA DA NOITE até 16 de Outubro de 2022 quinta e sexta-feira, 19h00 sábado, 21h30 domingo, 16h00 (excepto 9/10/2022) > M/14 > 80 min > 5 a 10€