Afro-Portugal 2022: Contas de Torna-Viagem

© João Duarte

O ciclo “Afro-Portugal: Contas de Torna-Viagem” é uma co-produção entre o TAGV e A Escola da Noite, realizada no âmbito da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses. Organizado à volta da apresentação, no TAGV, do espectáculo de teatro “Aurora Negra” (20 e 21 de Outubro), o programa inclui teatro, música, performance, artes visuais, documentários e muitos debates em torno do racismo e da memória colonial. O programa tem a curadoria da investigadora e professora universitária Catarina Martins.

Estas são as iniciativas que decorrem no TCSB e na sala Brincante da Cena Lusófona. Consulte aqui a programação completa do ciclo.

Esta é uma reportagem dividida em quatro capítulos, resultado de uma investigação que decorreu entre os anos 2016 e 2021. Durante a Guerra Colonial, milhares de africanos combateram ao lado de Portugal e arriscaram a vida pela pátria que acreditavam ser sua. Uma história de denúncia de um Estado que os usou, explorou e, por fim, descartou.

DOCUMENTÁRIO / REPORTAGEM
Por ti, Portugal, eu juro
DIVERGENTE
seguido de debate com Sofia Palma Rodrigues, Diogo Cardoso, Abdulai Djaló e Juldé Djaquité
18 de Outubro de 2022
terça-feira, 18h00
> M/12 > 120 min > entrada gratuita

É sobre a Guerra Colonial, a partir das imagens e memórias partilhadas por mulheres da zona do Vale do Ave que, ao longo dos 24 meses de serviço militar dos então namorados, noivos ou maridos, materializaram a sua relação amorosa, trocando fotografias, aerogramas e cartas. Mais do que o homem que foi para a guerra, interessa a mulher que ficou à espera e cujos amores de juventude são o fio condutor para uma outra história, mais privada e sensível, sobre este conflito global.

PERFORMANCE
Álbuns de Guerra
CATARINA LARANJEIRO e TÂNIA DINIS
19 de Outubro de 2022
quarta-feira, 21h30
Sala Brincante da Cena Lusófona
> M/12 > 35 min > entrada gratuita

co-produção Teatro Oficina – PACT (Plano de Apoio à Criação Territorial) e Associação Cultural Tenda de Saias arquivos pessoais e histórias de vida Emília Ribeiro, Jandira Henriques, Fernanda Lobo, Esperança e Casimiro Martins, Delfina de Fátima Ribeiro, Teresa Silva, Lurdes Matos, Ludovina Martins, Rosalina Fernandes, Rosa Leite apoio Fundação Calouste Gulbenkian mistura de som
Rui Lima voz Sara Pereira

Um debate sobre as identidades africanas, afrodescendentes e crioulas, as memórias nacionais e diaspóricas, e a literatura de autoria negra em Portugal, na Europa e no Brasil.

LITERATURA | DEBATE
Olhares de quem (não) chegou
com as/os escritoras/es africanas/os Aida Gomes (AO), Mário Lúcio Sousa (CV) e Kalaf Epalanga (AO) e a moderação de Catarina Martins
20 de Outubro de 2022
quinta-feira, 18h00
Sala Brincante da Cena Lusófona
> 120 min > entrada gratuita

Uma mistura de poesia, música, dança, comédia e outras acrobacias de contar história. Esta performance promete passear pela palavra “P” para processar parte dos problemas que a palavra “P” projeta. Promete-se, portanto, pensar e palrar dos potenciais, dos perigos e dos preconceitos que prepotentemente permeiam a palavra “P”. Hoje, neste nosso ambiente todo decolonial e descolonial e pós-colonial e retro-colonial e qualquer- sufixo-que-queiras-colonial, é necessário fazer colonoscopias às colunas dos colonos (seja quem forem esses) e às suas colonizações, sem todavia ridicularizar, nem invalidar o trabalho que se tem vindo dentro da problemática da palavra “P”. Pelas histórias, estórias, vídeos, contos, cantigas, músicas, poesias, adivinhas e outras blablaquices, vamos fazer um DJUMBAI (convívio em kriol) que é caracterizado pela oralidade e diversão! O convívio tem de ser divertido e para isso todos devem/ podem participar: quem não conta, escuta… quem
não canta bate o pé… quem não dança, bate palmas, caramba! Mas a ideia é todos procurarmos a nossa palavra “P” interior.

PERFORMANCE
Pelo peso da palavra P
MARINHO PINA
21 de Outubro de 2022
sexta-feira, 18h00
Sala Brincante da Cena Lusófona
> M/12 > 80 min > entrada gratuita

NARRATIVAS E MEMÓRIAS DE MULHERES NEGRAS
Sediado no Casal de São Braz no Concelho de Amadora em Lisboa, o grupo de batucadeiras Bandeirinha foi criado em 2016 por um conjunto de mulheres cabo-verdianas, empregadas domésticas, com o objectivo de construir um espaço de intimidade, cumplicidade e partilha, através do batuque, este género cultural cabo-verdiano, profundamente griótico na sua metodologia, onde a palavra é cantada, dançada, performada a partir da língua cabo-verdiana.

MÚSICA
Batucadeiras Bandeirinha da Boba
22 de Outubro de 2022

sábado, 16h00
Pátio do Centro de Artes Visuais
Teatro da Cerca de São Bernardo
> 60 min > entrada livre

org. TAGV / A Escola da Noite, no âmbito do ciclo “Afro-Portugal 2022”

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