A 5 de Agosto, Diana Niepce apresenta em estreia e em co-produção com o TCSB “O outro lado da dança”. Um ano depois de ter apresentado nesta sala “Anda, Diana”, a bailarina e coreógrafa aprofunda a investigação sobre “o arquivo da dança” para “compreender a hierarquia que lhe organiza o corpo”. Falando sobre os caminhos que quer traçar com este novo projecto, Diana adianta: “compreender o segredo do movimento” e “de que forma o corpo encontra o seu lugar”; “olhar para a história e entender de forma experimentalista, no género da dança, a cronologia deste outro lado da dança e através dela desafiar o meu corpo”. Um corpo – acrescenta – “que aqui representa matéria e apresenta o mapeamento da representação dos invisíveis da história da dança”. A sessão em Coimbra tem lugar às 21h30 e, como em todos os espectáculos do CITEMOR, o preço dos bilhetes é definido pelo espectador.
A temporada do TCSB termina com dois espectáculos de dança contemporânea, trazidos pelo CITEMOR. Sónia Baptista apresenta “Wow” a 29 de Julho e Diana Niepce estreia “O outro lado da dança” a 5 de Agosto. Ana Biscaia encerra o ano dos Sábados para a Infância com a oficina de ilustração “Bora lá ilustrar”, para crianças a partir dos 6 anos, que podem vir acompanhadas por adultos/as.
Estreado na Culturgest em Janeiro de 2022, “Wow” é uma criação de Sónia Baptista, em co-criação com Joana Levi, Gaya de Medeiros e Cire Ndiaye. O espectáculo propõe uma reflexão em torno das ideias de “belo”, “feio” e “sublime”. A criadora assume: “Estamos a trabalhar o mundo do avesso (…), o outro lado do belo e do feio, do feio que é belo. Porque há muita coisa sublime que é aterrorizadora.” Na sinopse da peça recorda-se que, na Grécia antiga, “o belo e o bom eram considerados conceitos inseparáveis. A contemplação da beleza era suposto produzir não só maravilhamento e deleite, como também aproximar o espectador de um desejo de justiça e de um anseio por ideais superiores”. Ao longo dos tempos, contudo, “o culto da beleza tem tido também os seus detractores”, que a encaram como “uma mera distração do que realmente importa”: “Mais do que a beleza, é a feiura que nos leva a transcender a aparência da matéria e que abre a nossa mente para a verdadeira e assombrosa percepção do sublime. Como se tratasse de um choque transcendente, uma criação da mente em que o terror e o prazer se confundem”. O espectáculo é apresentado no TCSB numa sessão única, a 29 de Julho, pelas 21h30.
A 5 de Agosto, Diana Niepce apresenta em estreia e em co-produção com o TCSB “O outro lado da dança”. Um ano depois de ter apresentado nesta sala “Anda, Diana”, a bailarina e coreógrafa aprofunda a investigação sobre “o arquivo da dança” para “compreender a hierarquia que lhe organiza o corpo”. Falando sobre os caminhos que quer traçar com este novo projecto, Diana adianta: “compreender o segredo do movimento” e “de que forma o corpo encontra o seu lugar”; “olhar para a história e entender de forma experimentalista, no género da dança, a cronologia deste outro lado da dança e através dela desafiar o meu corpo”. Um corpo – acrescenta – “que aqui representa matéria e apresenta o mapeamento da representação dos invisíveis da história da dança”. A sessão em Coimbra tem lugar às 21h30 e, como em todos os espectáculos do CITEMOR, o preço dos bilhetes é definido pelo espectador.
A ilustradora Ana Biscaia regressa ao TCSB já no próximo sábado, com a oficina “Bora lá ilustrar!”. Desta vez, a proposta gira em torno da poesia e das coisas que ela nos diz: “vamos ter de contar o texto, andar de mãos dadas com ele de um lado para o outro, tentar perceber o que diz, e acima de tudo sabermos o que queremos dizer a partir dele”. É para isso que serve a ilustração, diz Ana Biscaia: “dizer o que é importante dizer, acrescentar coisas ao que o texto já disse”. Para isso e, claro, “para brincar, para jogar com as palavras”. Ao longo de uma hora e meia, as crianças (a partir dos 6 anos) vão ler poesia, ver ilustrações, perceber do que falam os poemas e então ilustrar, celebrando e traduzindo em desenhos as palavras que leram. Também aberta a adultos/as acompanhantes, a oficina tem o custo de 10 euros (adulto+criança). A lotação é limitada, pelo que aconselhamos a inscrição prévia, pelos contactos do Teatro: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt.
DANÇA Wow SÓNIA BAPTISTA 29 de Julho de 2022 sexta-feira, 21h30 > M/6 > 70 min > preço definido pelo espectador org. CITEMOR
O TCSB continua a ser, com orgulho, uma das salas de Coimbra que acolhe regularmente as propostas do Citemor – Festival de Montemor-o-Velho. A programação deste ano inclui a apresentação dos espectáculos de dança contemporânea “Wow”, de Sónia Baptista (estreado na Culturgest em Janeiro deste ano) e “O outro lado da dança”, a nova criação de Diana Niepce, numa co-produção Citemor/TCSB que inclui uma residência artística da bailarina e coreógrafa que no ano passado apresentou nesta sala o inesquecível “Anda, Diana”, também pela mão do Festival. Os espectáculos têm lugar, respectivamente, nos dias 29 de Julho e 5 de Agosto, sempre às 21h30. Como é prática habitual do Citemor, o preço do bilhete é definido pelo/a espectador/a.
DANÇA Wow SÓNIA BAPTISTA 29 de Julho de 2022 sexta-feira, 21h30 > M/6 > 70 min > preço definido pelo espectador org. CITEMOR
“Flores de Livro”, com Cláudia Sousa (foto: Eduardo Pinto)
Flores de Livro – leituras para a infância (e não só) Leitura em voz alta, leitura de olhos abertos, leitura de literatura fabulosamente ilustrada. Leitura partilhada e individual. Leitura de arte, que saltou das prateleiras da biblioteca para fazer sentido (e ser sentida) por aí. Os livros são escolhidos a pensar nas crianças, mas é costume haver um brilho nos olhos de jovens, adultos e idosos que se deixam encantar. Já houve também quem visse bebés de colo, animados, a descobrir o mundo e a interagir com os livros e com os outros segredos que a mala guarda. No Teatro da Cerca de São Bernardo, todos os sábados são especiais e são para a infância. Que é como quem diz, são para toda a gente!
Cláudia Sousa
LEITURA Flores de Livro CLÁUDIA SOUSA 23 de Julho de 2022 sábado, 11h00 Bar/Livraria do TCSB > M/2 > 50 min > 5€ (adulto+criança); 3€ (individual)
“Bora lá Ilustrar!”, com Ana Biscaia
Bora lá ilustrar a poesia no saco. Uma história pode ser contada, visualmente, através de imagens. Uma ilustração é uma imagem que acompanha um texto, quase como se andasse de mãos dadas com ele. Andar de mãos dadas implica coisas muito importantes. É preciso confiar, andar e saber para onde ir. E porquê. Assim é quando o texto anda de mãos dadas com a ilustração. Aqui vamos ter de contar o texto, andar de mãos dadas com ele de um lado para o outro, tentar perceber o que diz, e acima de tudo sabermos o que queremos dizer a partir dele. Queremos dizer coisas? Eu penso que é para isso que a ilustração serve, serve para dizer coisas, dizer o que é importante dizer, acrescentar coisas ao que o texto já disse, e também serve para brincar, para jogar com as palavras. Temos tempo limitado É por isso importante pensar bem e um bocadinho rápido – um paradoxo e um absoluto contrasenso – e brincar bastante. O texto abre o apetite e deve-se comer, como se fosse uma comida muito boooa! Trinca-se o texto e percebe-se o seu sabor. É quando se percebe o sabor, que se sabe como poderá ser ilustrado. Ah! É isto que quero dizer sobre este texto – diz o ilustrador cheio de alegria! E começa a desbravar a estepe ou a planície. Vai colocando dentro do seu campo de trabalho o que é preciso. Uma ilustração é composta por vários ingredientes, várias peças, muitas coisas importantes.
Aqui vamos nós! Tiramos o poema ao calhas. E pensamos:
1- o lápis é como se fosse uma flor, uma espada, um garfo! Tem o propósito de cantar! (ou melhor: ajuda a dizer coisas).
2- as palavras do poema dizem e falam e nós temos de as celebrar e traduzir através de imagens.
3- usamos só duas cores + uma (a cor preta)
4- vamos ver ilustrações!
Ana Biscaia
ILUSTRAÇÃO | OFICINA Bora lá ilustrar! ANA BISCAIA 30 de Julho de 2022 sábado, 10h30 Sub-palco do TCSB > M/6 > 120 min > 10€ (criança + adulto acompanhante)
“A Grande Viagem do Pequeno Mi”, de Madalena Victorino | ANA RAQUEL e BEATRIZ MARQUES DIAS
O que é preciso para pôr a imaginação a trabalhar? Como é que se começa uma dança?
Em cima de uma grande mesa, uma bailarina dança e uma música canta e toca. O público, sentado à volta, observa as duas de perto. Elas dançam, cantam e tocam para que este decifre como são e de onde vêm os seus passos, os seus gestos, a sua figura em movimento. Como se juntam aspectos do que as artistas veem no momento em que dançam e tocam para um grupo de adultos e crianças, com os micro movimentos, olhares e poses do público enquanto observa? Mi, neste caso, é uma abreviação de micro movimento. Ou seja, a fonte que sustenta todo o espectáculo. Um espectáculo sobre o poder da imaginação inspirado na obra de Sandro William Junqueira com ilustrações de Rachel Caiano.