Às quintas-feiras, o teatro é mais barato no TCSB. O bilhete tem o preço único de 5 Euros (metade do preço normal). É um bom dia para vir conhecer a mais recente criação d’A Escola da Noite –“Trilogia de Alice”, de Tom Murphy, com encenação de Nuno Carinhas. Faça-nos companhia!
Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo até 23 de Abril de 2023 quinta e sexta-feira, 19h00 sábado, 21h30, domingo 16h00 (excepto 9/4/2023) > M/14 > 90 min > 5 a 10€
texto Tom Murphy tradução Paulo Marques Dias encenação Nuno Carinhas interpretação Ana Teresa Santos, Igor Lebreaud, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash, Rita Brütt cenografia Henrique Pimentel e Nuno Carinhas figurinos Ana Rosa Assunção adereços Henrique Pimentel luz Danilo Pinto som Zé Diogo cabelos Carlos Gago assistência aos ensaios e contra-regra Beatriz Roxo (estagiária – Mestrado em Estudos Artísticos da FLUC)
Segunda sessão de Trilogia de Alice, de Tom Murphy, hoje, às 19h00, no Teatro da Cerca de São Bernardo. Esta tarde recebemos um grupo de alunos da Licenciatura em Teatro e Educação da ESEC pelo que a sessão será seguida de uma conversa com o elenco do espectáculo aberta a todos os espectadores.
A sessão de estreia de Trilogia de Alice, hoje, 27 de Março, Dia Mundial do Teatro, encontra-se com a lotação esgotada. O espectáculo mantém-se em cena ao longo de toda a semana, de segunda a domingo, sem interrupções. “Trilogia de Alice” é uma peça do irlandês Tom Murphy, com encenação de Nuno Carinhas e interpretação de Ana Teresa Santos, Igor Lebreaud, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash e Rita Brütt.
Trilogia de Alice, escrita em 2005, era até agora uma peça inédita em Portugal. A acção situa-se na Irlanda, entre os anos 80 do século XX e a primeira década do século XXI e oferece uma viagem por três momentos da vida de uma mesma mulher – Alice, uma doméstica casada com um banqueiro de sucesso, mãe de três filhos – ao longo deste período de quase três décadas. A personagem, interpretada pela actriz Rita Brütt, é-nos apresentada através das suas experiências e descobertas, dos seus anseios, dos seus “gestos falhados e (des)ilusões”, narrados pela própria como se de um diálogo interior se tratasse e através de breves relatos de vidas que se cruzam com a sua.
Mulheres que combatem a dificuldade de existirem Trata-se de uma mulher confrontada com o “desconforto da existência”, num país e numa época em que os direitos das mulheres (incluindo o direito a ter uma vida profissional autónoma e a compatibilizá-la com a vida familiar) eram ainda objecto de controvérsia e motivaram importantes movimentos de protesto e reivindicação. Nos três momentos da vida de Alice (cujo nome não é escolhido ao acaso), os planos do real e da imaginação cruzam-se sobre fronteiras que nem sempre são claras, reforçando o carácter profundamente humano da personagem e abrindo diferentes possibilidades de identificação com a sua história por parte do público. No texto que escreveu para o programa do espectáculo, salientando “a força, a criatividade e a sensibilidade notáveis” desta encenação de Nuno Carinhas, a investigadora e professora da Universidade do Minho Filomena Louro lembra que as três peças de Tom Murphy “que abordam questões de percepção, escolha e posicionamento de mulheres – Bailegangaire, 1985; The Wake, 1997; e esta Trilogia de Alice – dão corpo e voz à exclusão e violência sobre as mulheres dentro da família, que agora sabemos ser sistémica e não casos isolados”. O encenador, por seu lado, lembra uma das razões que o levaram a escolher este texto, quando foi convidado pel’A Escola da Noite para voltar a dirigir um espectáculo na companhia: esta “Alice multiplicada” situa-se na “linhagem do teatro irlandês das personagens femininas com voz, que se contam por direito e necessidade de partilha. Mulheres que combatem, com as palavras ditas, a dificuldade de existirem”.
Temporada até 23 de Abril Após a primeira semana da temporada – com sete sessões em sete dias consecutivos, de segunda a domingo – “Trilogia de Alice” manter-se-á em temporada por mais três semanas, até 23 de Abril, com apresentações às quintas e sextas (19h00), aos sábados (21h30) e aos domingos (16h00), excepto no dia de Páscoa. Os bilhetes custam 10 Euros, sendo aplicável o desconto de meio bilhete a estudantes, desempregados/as, maiores de 65 e menores de 30 anos e profissionais e amadores/as de teatro. As entradas podem ser compradas na ticketline ou reservadas pelos contactos habituais do TCSB.