Archive for the ‘teatro’ Category

Hoje no TCSB: Clube de Leitura Teatral com Abel Neves

Terça-feira, Janeiro 9th, 2018
Abel Neves na primeira sessão preparatória do "Clube de Leitura Teatral" de Janeiro (foto: Cláudia Morais / TAGV)

Abel Neves na primeira sessão preparatória do “Clube de Leitura Teatral” de Janeiro (foto: Cláudia Morais / TAGV)

Vários excertos de obras de Abel Neves serão lidas hoje à tarde, no TCSB, na primeira sessão de 2018 do Clube de Leitura Teatral, co-organizado com o TAGV.

Depois de Carlos J. Pessoa, Patrícia Portela e Jacinto Lucas Pires, o autor de “Além as estrelas são a nossa casa”, Este Oeste Éden” e Nunca estive em Bagdad” (entre várias outras peças), é o quarto dramaturgo convidado pelo Clube para dirigir uma leitura de obras de sua autoria, no âmbito desta iniciativa.

Como sempre, a entrada é livre. Contamos consigo às 18h30. Faça-nos companhia!

LEITURA
Peças de Abel Neves (fragmentos)
texto e direcção de Abel Neves
Clube de Leitura Teatral – Coimbra
9 de Janeiro de 2018
Terça-feira, 18h30
TCSB > 90′
entrada gratuita
org. TAGV / A Escola da Noite

Sábados para a Infância no TCSB: 2018 começa com músicas do Mundo para toda a família

Terça-feira, Janeiro 2nd, 2018

Catarina Moura e Luís Pedro Madeira – o “Taleguinho” – apresentam no próximo Sábado, 6 de Janeiro, o espectáculo “O Mundo ao Colo” no Teatro da Cerca de São Bernardo. O concerto inclui músicas tradicionais de vários pontos do globo e destina-se a bebés e crianças até aos 5 anos e respectivos acompanhantes. Até ao final da semana, estão também abertas as inscrições para a primeira sessão do ano do Clube de Leitura Teatral, que acontecerá a 9 de Janeiro e será dirigida pelo dramaturgo Abel Neves.

"O Mundo ao Colo", pelo Taleguinho

“O Mundo ao Colo”, pelo Taleguinho

“O Mundo ao Colo” é a terceira criação do Taleguinho, projecto musical para a infância da cantora Catarina Moura e do compositor e multi-instrumentista Luís Pedro Madeira. Depois de “Costurar cantigas e histórias” (histórias e músicas tradicionais do cancioneiro galaico-português) e de “Ficar a ver estrelas” (canções de Natal e Janeiras), o Taleguinho propõe aqui uma verdadeira “volta ao mundo” das canções de embalar, com passagens por Brasil, Canadá, Colômbia, Índia, Itália, Japão, Mali, Timor-Leste, Venezuela e, claro, Portugal.
O espectáculo foi concebido e preparado no Teatro da Cerca de São Bernardo em 2016. Estreou nesse mesmo ano no Festival Músicas do Mundo de Sines e regressa agora aos Sábados para a Infância no TCSB, onde já foi apresentado por seis vezes nos dois últimos anos, sempre com assinalável sucesso. Dada a reduzida lotação do espectáculo (apenas 60 lugares) e a procura que já se regista, A Escola da Noite aconselha vivamente a reserva antecipada de lugares, pelos contactos habituais do Teatro: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt.

O Taleguinho
Definindo-se como “um projeto de intervenção cultural para o público infantil”, o Taleguinho assume como objetivo “estimular através do canto, das histórias, das lengalengas e trava-línguas a aquisição e o desenvolvimento de competências cognitivas, sociais, afectivas e criativas junto das crianças”.
O nome Taleguinho foi escolhido “por associação ao talego, designação dada no Alentejo aos sacos feitos das sobras de tecidos, com o propósito de levar a comida para o trabalho no campo ou de guardar os cereais e as leguminosas secas, e que passavam de mãe para filha”. A escolha do nome – dizem Catarina Moura e Luís Pedro Madeira – “vem do facto de ser um objecto pessoal: também nós pretendemos passar, através das canções e das histórias, uma memória cultural sonora que foi dos nossos avós, como se de um legado físico ou de um objecto herdado se tratasse”. Em “O Mundo ao colo”, o Taleguinho alarga o universo do seu reportório, originalmente centrado no cancioneiro galaico-português, e visita outras paragens e sonoridades, dos quatro cantos do mundo.

Abel Neves

Abel Neves

CLUBE DE LEITURA TEATRAL
Noutra das áreas da programação que desenvolve no Teatro da Cerca de São Bernardo, A Escola da Noite prepara já a próxima sessão do Clube de Leitura Teatral, que terá lugar a 9 de Janeiro, pelas 18h30. A iniciativa, co-organizada com o Teatro Académico de Gil Vicente e aberta a qualquer pessoa, acontece mensalmente e visa contribuir para a divulgação, o conhecimento e a promoção da dramaturgia. É coordenada por Ricardo Correia (TAGV) e António Augusto Barros (A Escola da Noite) e ocorre alternadamente entre os dois espaços, sempre com participação e entrada gratuitas. Desde Outubro de 2017, está a decorrer um ciclo dedicado a dramaturgas/os portuguesas/es contemporâneas/os, que são convidadas/os a seleccionar algumas das suas obras e a dirigir as respectivas sessões. Depois de Carlos J. Pessoa, Patrícia Portela e Jacinto Lucas Pires, é agora a vez de Abel Neves, autor várias vezes representado pel’A Escola da Noite. O dramaturgo escolheu fragmentos de quatro peças já publicadas – “Além as estrelas são a nossa casa”, “Olhando o céu estou em todos os séculos”, “Clube dos Pessimistas” e “Terra” – e ainda de duas peças inéditas: “Solitário” e “Flor e Cinza”. As sessões preparatórias da leitura decorrerão no dia 8 de Janeiro, segunda-feira (18h30 – 21h30) e no próprio dia 9 de Janeiro, entre as 15h00 e as 18h00. Tanto a participação como leitor/a como a “mera” assistência à leitura são gratuitas. No primeiro caso, a organização agradece apenas, por razões logísticas, que as/os interessadas/os efectuem a inscrição prévia, através do endereço de e-mail clube.leitura.teatral@gmail.com.

Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
Programação de 1 a 9 de Janeiro de 2018

MÚSICA
O Mundo ao Colo
Taleguinho
6 de Janeiro de 2018
sábado, 11h00
bebés e crianças até aos 5 anos > 40′
Preços: adulto + criança: 8 Euros / bilhete individual: 5 Euros

LEITURA
Peças de Abel Neves (fragmentos)
texto e direcção de Abel Neves
Clube de Leitura Teatral – Coimbra
9 de Janeiro de 2018
Terça-feira, 18h30
TCSB > 90′
entrada gratuita
org. TAGV / A Escola da Noite

informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

Taleguinho encerra o ano no TCSB com “Ficar a ver estrelas”

Terça-feira, Dezembro 19th, 2017

O último “Sábado para a infância no TCSB” do ano é em simultâneo um precioso concerto de Natal para toda a família e um postal de boas festas que o Taleguinho e A Escola da Noite dedicam ao público da cidade. “Ficar a ver estrelas” está marcado para 23 de Dezembro, pelas 11h00, e é recomendável reservar ou comprar antecipadamente os bilhetes.

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“Ficar a ver estrelas”, pelo Taleguinho (foto: Eduardo Pinto)

Estreado nesta mesma sala em Dezembro de 2015, “Ficar a ver estrelas” assenta num reportório de músicas de Natal do cancioneiro Galaico-português, interpretadas por Catarina Moura e Luís Pedro Madeira, dupla que aqui iniciou o projecto Taleguinho e que é, desde o início, uma parceira essencial na programação dos “Sábados para a infância”. Ao longo de uma hora, miúdos e graúdos viajam por canções que há muitos anos embalam as festas natalícias e divertem-se com histórias e trava-línguas, num espectáculo cheio de ritmo, cor e alegria.
Pensado para crianças a partir dos 3 anos, o concerto é uma verdadeira prenda para toda a família, que bem pode servir de arranque para um fim-de-semana festivo e repleto de magia. Os bilhetes custam 6 Euros (bilhete individual) ou 8 Euros (adulto+criança) e podem ser comprados antecipadamente ou reservados pelos contactos habituais do TCSB: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt.

Três anos de “Sábados para a infância no TCSB”
Para A Escola da Noite, esta é mesmo a melhor maneira de se despedir de 2017 e de preparar a entrada no novo ciclo que se inicia em 2018. Com “Ficar a ver estrelas” encerra-se mais um ano de actividade de criação artística e de programação do TCSB e conclui-se o terceiro ano dos “Sábados para a infância”. Iniciada em Janeiro de 2015, aquela que é uma das iniciativas da companhia mais acarinhada pelo público da cidade conta já com mais de 130 sessões apresentadas e com mais de 4 mil espectadores. Todas as semanas, aos Sábados de manhã, A Escola da Noite oferece às crianças e às famílias de Coimbra diferentes propostas artísticas (teatro, dança, música, teatro de marionetas, ilustração, cinema de animação, literatura, entre outras), com formatos distintos (espectáculos, oficinas, leituras, apresentações de livros, actividades para pais e filhos). Para Janeiro de 2018 a continuação dos “Sábados para a Infância” está já assegurada, com dois concertos de música para bebés (“O Mundo ao Colo”, pelo Taleguinho, a 6 de Janeiro, e “Malas e Fraldas”, pela Catrapum / Vânia Couto, a 20 de Janeiro), a oficina Dança para pais e filhos (por Leonor Barata, a 13 de Janeiro) e a habitual sessão de “Flores de Livro – leitura de contos para a infância” (com Cláudia Sousa, a 27 de Janeiro).
Ainda nesta semana, o TCSB é palco do workshop de teatro nas férias do Natal, dirigido por Ricardo Kalash. Desde a passada segunda-feira, os 20 jovens participantes, com idades entre os 6 e os 12 anos, andam a divertir-se com Homero no sub-palco do Teatro. Na sexta-feira, dia 22 de Dezembro, pelas 12h30, apresentam ao público o resultado do seu “trabalho”.

OFICINA
Workshop de Teatro nas férias do Natal
com Ricardo Kalash
18 a 22 de Dezembro de 2017
segunda a sexta-feira, 09h30 – 12h30
apresentação pública: sexta-feira, 22/12, 12h30
6 aos 12 anos > 30,00 Euros

MÚSICA
Ficar a ver estrelas
Taleguinho
23 de Dezembro de 2017
Sábado, 11h00
M/3 > 60′
Preços: 6,00 € (normal); 4,00 € ( [Sábados para a infância no TCSB]

Informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

Hoje no TCSB: workshop de teatro e um “Catra… Pum!!!” especial

Segunda-feira, Dezembro 18th, 2017

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No dia em que começou o “Workshop de teatro nas férias do Natal”, com Ricardo Kalash, temos uma tarde especialíssima, com a festa de Natal do Jardim de Infância “O Pátio”. Os meninos vão “catrapear” com a Vânia Couto e nós já estamos ansiosos pela chegada do Pai Natal!

A Catrapum e a Vânia Couto estarão em breve nos “Sábados Para a Infância” no TCSB com uma nova proposta, para os mais pequenos e respectivas famílias. Estejam atentos!

 

“Elegía Primera (a Federico García Lorca)”, de Miguel Hernández

Quinta-feira, Dezembro 14th, 2017

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ELEGÍA PRIMERA
(A FEDERICO GARCÍA LORCA)

Atraviesa la muerte con herrumbrosas lanzas,
y en traje de cañón, las parameras
donde cultiva el hombre raíces y esperanzas.
y llueve sal, y esparce calaveras.

Verdura de las eras,
¿qué tiempo prevalece la alegría?
El sol pudre la sangre, la cubre de asechanzas
y hace brotar la sombra más sombría.
El dolor y su manto
vienen una vez más a nuestro encuentro.
Y una vez más al callejón del llanto
lluviosamente entro.
Siempre me veo dentro
de esta sombra de acíbar revocada,
amasada con ojos y bordones,
que un candil de agonía tiene puesto a la entrada
y un rabioso collar de corazones.
Llorar dentro de un pozo,
en la misma raíz desconsolada
del agua, del sollozo,
del corazón quisiera:
donde nadie me viera la voz ni la mirada,
ni restos de mis lágrimas me viera.
Entro despacio, se me cae la frente
despacio, el corazón se me desgarra
despacio, y despaciosa y negramente
vuelvo a llorar al pie de una guitarra.
Entre todos los muertos de elegía,
sin olvidar el eco de ninguno.
por haber resonado más en el alma mía,
la mano de mi llanto escoge uno.
Federico García
hasta ayer se llamó: polvo se llama.

Ayer tuvo un espacio bajo el día
que hoy el hoyo le da bajo la grama.
Tanto fue! ¡Tanto fuiste y ya no eres!
Tu agitada alegría
que agitaba columnas y alfileres,
de tus dientes arrancas y sacudes,
y ya te pones triste, y sólo quieres
ya al paraíso de los ataúdes.

Vestido de esqueleto,
durmiéndote de plomo,
de indiferencia armado y de respeto,
te veo entre tus cejas si me asomo.
Se ha llevado tu vida de palomo,
que ceñía de espuma
y de arrullos el cielo y las ventanas,
como raudal de pluma
el viento que se lleva las semanas.
Primo de las manzanas,
no podrá con tu savia la carcoma,
no podrá con tu muerte la lengua del gusano,
y para dar salud fiera a su poma
elegirá tus huesos el manzano.
Cegado el manantial de tu saliva,
hijo de la paloma,
nieto del ruiseñor y de la oliva:
serás, mientras la tierra vaya y vuelva.
esposo siempre de la siempreviva,
estiércol padre de la madreselva.
¡Qué sencilla es la muerte: qué sencilla,
pero qué injustamente arrebatada!
No sabe andar despacio, y acuchilla
cuando menos se espera su turbia cuchillada.
Tú, el más firme edificio, destruido,
tú, el gavilán más alto, desplomado,
tú, el más grande rugido
callado, y más callado, y más callado.

Caiga tu alegre sangre de granado
como un derrumbamiento de martillos feroces,
sobre quien te detuvo mortalmente.
Salivazos y hoces
caigan sobre la mancha de su frente
Muere un poeta y la creación se siente
herida y moribunda en las entrañas.
Un cósmico temblor de escalofríos
mueve temiblemente las montañas,
un resplandor de muerte la matriz de los ríos
Oigo pueblos de ayes y valles de lamentos,
veo un bosque de ojos nunca enjutos,
avenidas de lágrimas y mantos
y en torbellinos de hojas y de vientos
lutos tras otros lutos y otros lutos,
llantos tras otros llantos y otros llantos.
No aventarán, no arrastrarán tus huesos,
volcán de arrope, trueno) de panales,
poeta entretejido, dulce, amargo,
que al calor de los besos
sentiste, entre dos largas hileras de puñales,
largo amor, muerte larga, fuego largo.

Por hacer a tu muerte compañía,
vienen poblando todos los rincones
del cielo y de la tierra bandadas de armonía,
relámpagos de azules vibraciones.
Crótalos granizados a montones,
batallones de flautas, panderos y gitanos,
ráfagas de abejorros y violines,
tormentas de guitarras y pianos,
irrupciones de trompas y clarines.
Pero el silencio puede más que tanto instrumento.
Silencioso desierto, polvoriento
en la muerte desierta,
parece que tu lengua, que tu aliento,
los ha cerrado el golpe de una puerta.
Como si paseara con tu sombra,
paseo con la mía
por una tierra que el silencio alfombra,
que el ciprés apetece más sombría.
Rodea mi garganta tu agonía
como un hierro de horca
y pruebo una bebida funeraria.
Tú sabes, Federico García Lorca,
que soy de los que gozan una muerte diaria.

Miguel Hernández

Entre 10 e 14 de Dezembro de 2017, A Escola da Noite publica um poema de Miguel Hernández por dia, antecipando a chegada a Coimbra do espectáculo “Un encuentro con Miguel Hernández”, do Teatro Guirigai.

Convidamos as/os espectadoras/es a fazerem o mesmo nas redes sociais, juntando-se à homenagem que o espectáculo presta ao grande escritor espanhol, no ano em que se assinalam os 75 anos da sua morte. Podem usar a hashtag #UnEncuentroConMiguelHernandezEmCoimbra.

Faça-nos companhia!

TEATRO
Un Encuentro con Miguel Hernández
Teatro Guirigai (Espanha)
14 de Dezembro de 2017
Quinta-feira, 21h30
M/14 > 70′
Espectáculo falado em Castelhano
evento FB