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“Herança de Jeremias” no Pátio da Inquisição

Segunda-feira, Julho 2nd, 2012

A Escola da Noite acolhe, a 12 de Julho, o Teatro do Montemuro para um espectáculo ao ar livre no Pátio da Inquisição. A “Herança de Jeremias” é apresentado em Coimbra no âmbito da rede Culturbe e tem entrada livre.

"Herança de Jeremias", Teatro do Montemuro

A Cabana do Jeremias, um estranho e carismático edifício, claramente construída aos poucos por uma mão nem sempre “expert” no que diz respeito à construção civil, mas com muito amor e muita paixão.

É o lar de um campeão, parte estábulo, parte local de devoção, parte museu, testemunho das muitas conquistas de Jeremias Sénior (o Jockey) e Jeremias VI (o burro). No exterior da cabana, muitos sinais destas conquistas: medalhas, retratos, fitas vencedoras, taças e muito mais, para além de fardos de feno e outros objectos próprios para o bem-estar de um burro.

Mas a morte trágica de Jeremias (o Jockey), devido à inédita queda de Jeremias (o burro) naquela que era suposta ser a sua última vitória na Grande Corrida de Burros antes da gloriosa e bem merecida reforma de Jeremias e Jeremias, muda tudo.

Entram José (o cornudo) e Joaquim (o bêbado), os dois herdeiros de Jeremias com as suas respectivas famílias: Josefina (a fresca), Jorgina (a negociante) e Jeremias Júnior (o estudioso).

Temos partilhas!

E é aqui que começam os verdadeiros problemas: Como dividir uma cabana? Como dividir um curral? E acima de tudo… Como dividir um burro? Uma família, duas facções, uma guerra.

Estranha, bizarra e divertidíssima, do princípio ao fim, esta comédia visual, musical e muito teatral, faz da dor e do conflito, primeiro uma farsa e mais tarde uma celebração da união e do amor fraternal, no sentido mais abrangente desta palavra.

A Herança de Jeremias deixa-nos cheios de esperança.

Mesmo quando os problemas parecem não ter solução e as guerras parecem não ter fim, o regresso às vitórias está ao virar da esquina.

Como dizia o velho Jeremias: “Há que ter fé e um bom Burro”

 

Herança de Jeremias

Teatro do Montemuro

12 de Julho, quinta-feira, 22h00

Pátio da Inquisição

> entrada livre

texto criação colectiva encenação Graeme Pulleyn e Walter Janssens direcção musical Walter Janssens interpretação Abel Duarte, Eduardo Correia, Paulo Duarte, Isabel Fernandes Pinto e Rebeca Cunha cenografia, adereços e figurinos Maria João Castelo construção de cenários Carlos Cal assistência à construção de cenários e figurinos Maria da Conceição Almeida costureiras Capuchinhas CRL e Maria do Carmo Félix desenho de luz Paulo Duarte operação técnica Carlos Cal direcção de produção Paula Teixeira assistente de produção Susana Duarte assessoria de imprensa Paula Teixeira e Susana Duarte estagiárias Tania Silva e Carla Tomás 

Catarina Martins na Assembleia da República: “esta é a política da terra queimada”

Sexta-feira, Junho 15th, 2012

Declaração política da deputada do Bloco de Esquerda, a propósito do comunicado divulgado na segunda-feira por seis companhias da descentralização:

comunicado

Segunda-feira, Junho 11th, 2012

V Festival das Companhias da Descentralização

Évora, 5 a 9 de Julho de 2012

COMUNICADO

Decorreu em Évora, entre 5 e 9 de Junho, a quinta edição do Festival das Companhias da Descentralização, com a participação d’A Escola da Noite (Coimbra), da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, do Centro Dramático de Évora, da Companhia de Teatro de Braga, do Teatro das Beiras (Covilhã) e do Teatro do Montemuro. Em diferentes espaços do Teatro Garcia de Resende, foram apresentadas 11 sessões de sete espectáculos diferentes, vistos por cerca 700 espectadores. A próxima edição terá lugar na Covilhã, organizada pelo Teatro das Beiras de acordo também com o interesse manifestado pelo respectivo Vereador da Cultura, presente na abertura do Festival.

Mantendo a tradição, a iniciativa cumpriu a função de encontro das dezenas de profissionais que trabalham nas seis estruturas de criação artística. O panorama é assustador: para além dos cortes no financiamento público entre 38 e 60% sofridos nos últimos dois anos, há atrasos na liquidação de apoios comunitários; incapacidade de garantir a contrapartida nacional em projectos internacionais; dificuldade crescente na angariação de patrocínios; retracção dos públicos; redução drástica das possibilidades de digressão pelo território nacional. Muitas autarquias, parceiros essenciais das companhias ao longo dos anos, estão a denunciar protocolos e há outras que se atrasam anos em pagamentos contratualizados. Em consequência, registaram-se já dezenas de despedimentos (e outros estão programados), multiplicam-se as pessoas a trabalhar a meio tempo, há salários em atraso, crescem as dívidas a fornecedores e os empréstimos, bancários ou pessoais, para fazer face a urgências de tesouraria.

A somar a tudo isto, subsiste uma terrível incerteza sobre o futuro próximo. Os contratos quadrienais ou bienais ao abrigo dos quais estas companhias têm prestado o serviço público que as carateriza terminam no final de Dezembro e o Governo nada diz sobre o que quer ou pensa fazer em relação aos próximos anos. A indisponibilidade do Secretário de Estado e da Direcção-Geral das Artes para sequer se fazerem representar no debate organizado pelo Festival é apenas mais uma manifestação do desprezo das instituições públicas que tutelam o sector, não apenas pelo trabalho destas seis companhias mas pela globalidade da criação artística nacional. Depois de, entre Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012, terem andado pelo país a dizer que queriam discutir “um novo modelo de financiamento”, acantonaram-se e têm permanecido escondidos, à espera que ninguém os interpele e como quem aguarda instruções superiores. Com esta atitude, foram deixando que se instalasse a ideia – entre públicos, estruturas de criação e até chefias intermédias da Secretaria de Estado da Cultura – de que se calhar até iria deixar de haver financiamento público à criação artística em Portugal. Entretanto, o sector agoniza, fica desestruturado e impossibilitado de projectar o que quer que seja em relação aos próximos anos.

Este insustentável silêncio por parte do Governo foi interrompido no sábado pelo Secretário de Estado, em resposta a uma dramática declaração de Luis Miguel Cintra. Disse ele, atirando areia para os olhos das pessoas, que “os concursos” irão abrir em Setembro. Importa dizer que a abertura dos “concursos” através dos quais o Estado financia a criação artística em Portugal decorre da lei. E que, portanto, caso lhe passasse pela cabeça não os abrir este ano, teria no mínimo de apresentar uma justificação qualquer e de se dar ao trabalho de encontrar o mecanismo legal que lhe permitisse não o fazer. E, já agora, de justificar perante a Assembleia da República e o país a forma como pretende cumprir o desígnio constitucional de garantir o direito “à criação e fruição cultural” de todos os cidadãos.

A “notícia” não só não nos tranquiliza como nos deixa indignados, pelo que revela de desinteresse pelas consequências do desinvestimento público junto de estruturas como as nossas, junto dos nossos trabalhadores e dos nossos públicos.

Neste contexto, as seis companhias da descentralização abaixo identificadas:

– alertam o Governo, o público e a população em geral para o facto de estarem à beira da extinção. A manutenção do actual nível de financiamento determinará o seu desaparecimento, dada a insustentável situação em que se encontram;

– exigem que o Governo clarifique rapidamente o prazo e as condições em que pretende abrir os concursos de apoio plurianual às estruturas de criação artística, nomeadamente no que diz respeito ao orçamento global, número de projectos a apoiar e requisitos de acesso;

– defendem que o processo relativo aos financiamentos a atribuir nos próximos anos esteja totalmente concluído (e não apenas supostamente iniciado) até ao final de Setembro, de forma a que as companhias possam adaptar-se, salvaguardar os direitos dos seus trabalhadores, preparar e rentabilizar adequadamente a sua actividade e procurar fontes complementares de financiamento.

Évora, 10 de Junho de 2012

A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra
ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve
Centro Dramático de Évora
Companhia de Teatro de Braga
Teatro das Beiras
Teatro do Montemuro

último dia

Sábado, Junho 9th, 2012

E assim termina o V Festival das Companhias: um debate à tarde sobre “O Teatro em tempo de crise” (16h00) e o espectáculo do Teatro de Montemuro.

Obrigado, Cendrev!

9 de Junho, sábado, 21h30

Teatro Garcia de Resende, Sala Principal

Louco na Serra

Teatro do Montemuro

Debaixo de uma tempestade na Serra de Montemuro três homens recordam os eventos do ano anterior e a queda de Leandro e da sua família no caos.

Leandro é um proprietário rural com três filhas: Rebeca, Gabriela e Constância. Leandro decidiu não continuar a cultivar as suas propriedades, de modo a poder reformar-se e a deixar que as suas filhas e os respectivos maridos giram a propriedade. Num momento de puro capricho, ele decide dividir a terra de acordo com o amor que as suas filhas possam demonstrar por ele.

“Louco na Serra” faz-nos caminhar sobre a frágil barreira entre a civilização e a selvajaria. Ira, traição, inveja, delírio, medo, loucura, vingança, morte, crueldade, compaixão.

texto Peter Cann e Steve Johnstone tradução José Miguel Moura encenação Steve Johnstone direcção musical Simon Fraser cenografia Andrew Purvin construção de cenários Carlos Cal assistência à cenografia Maria da Conceição Almeida interpretação Abel Duarte, Eduardo Correia, Paulo Duarte costureiras Capuchinhas CRL e Maria do Carmo Félix desenho de luz Paulo Duarte

M/12 > 1h20

 

V Festival das Companhias: o programa completo

Segunda-feira, Junho 4th, 2012

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