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Ay, Carmela! em Coimbra

Quarta-feira, Fevereiro 16th, 2011

O Teatro das Beiras apresenta este fim-de-semana em Coimbra, no Teatro da Cerca de São Bernardo, “Ay, Carmela!”, de José Sanchis Sinisterra, com encenação de Gil Salgueiro Nave. As sessões têm lugar sexta-feira e sábado, às 21h30.

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o Teatro das Beiras em Coimbra

Terça-feira, Fevereiro 15th, 2011

"Ay, Carmela!" pelo Teatro das Beiras

O Teatro das Beiras apresenta este fim-de-semana em Coimbra, no Teatro da Cerca de São Bernardo, “Ay, Carmela!”, de José Sanchis Sinisterra, com encenação de Gil Salgueiro Nave. As sessões têm lugar sexta-feira e sábado, às 21h30.

“Ay, Carmela!” é um dos mais representados textos da dramaturgia espanhola contemporânea. Partindo do título de uma canção popular entre os republicanos durante a guerra civil espanhola (época na qual se situa a acção do espectáculo), Sanchis Sinisterra apresenta-nos dois artistas de variedades – Carmela e Paulino – que são aprisionados pelo Exército Nacional e obrigados a actuar para entreter as tropas e os restantes prisioneiros. Ameaçados de fuzilamento caso não acatem as ordens dos carcereiros, Carmela e Paulino são obrigados a testar os limites da sua dignidade, enquanto cidadãos e artistas. Resistir ou ceder? Pode a arte sobreviver à privação de liberdade? Como lidar com o medo, a raiva, a injustiça, a impotência e o instinto de sobrevivência de que é feita a nossa humanidade? Temas universais e intemporais, que chamam igualmente a atenção do espectador para a importância da memória em relação aos momentos, trágicos e heróicos, de que é feita a história dos países e das comunidades.

José Sanchis Sinisterra (Valência, 1940) é dramaturgo, encenador e professor de teatro. Inúmeras vezes premiado internacionalmente, destaca-se pelo contributo essencial que deu à renovação da dramaturgia espanhola da segunda metade do século XX, nomeadamente com a pesquisa e a experimentação em torno do conceito das “fronteiras da teatralidade” – o intertextual, a implicação do espectador, a meta-teatralidade. Para além dos textos dramáticos que tem escrito, Sinisterra aborda frequentemente a narrativa, tendo trabalhado dramaturgicamente obras de autores como James Joyce, Julio Cortázar, Franz Kafka, entre outros.

Com interpretação de Fernando Landeira e Sónia Botelho, o espectáculo estreou em 2010 no Auditório do Teatro das Beiras, na Covilhã, e tem cumprido uma intensa digressão nacional. Chega agora a Coimbra, onde é apresentado no âmbito da rede Culturbe – Braga, Coimbra e Évora, uma parceria entre o Theatro Circo, o Teatro da Cerca de São Bernardo e o Teatro Garcia de Resende.

texto José Sanchis Sinisterra tradução e encenação Gil Salgueiro Nave cenografia e figurinos Luís Mouro interpretação Fernando Landeira e Sónia Botelho sonoplastia Helder Filipe Gonçalves desenho de luz Vasco Mósa

M/16 > 135′ com intervalo > 6 a 10 € | informações e reservas 239718238

“Ay, Carmela!”

Segunda-feira, Fevereiro 14th, 2011

Perdidos numa noite de nevoeiro e fome, dois anónimos “artistas de variedades” caem em território “inimigo”. Aí, em troca da “liberdade”, são obrigados a apresentar o seu espectáculo às tropas vencedoras e aos prisioneiros vencidos. O que fazer à representação para “sobreviver” em tão díspar plateia? Como resistir ou ceder sem abalar a dignidade?
José Sanchis Sinisterra na indagação pelos territórios obscuros da teatralidade, dos seus limites e fronteiras, organiza um “material cénico” desafiador da sensibilidade e inteligência do espectador.


“Ay, Carmela!” pelo Teatro das Beiras

18 e 19 de Fevereiro, sexta e sábado, 21h30

Teatro da Cerca de São Bernardo

o calendário do trimestre

Segunda-feira, Janeiro 17th, 2011

A programação do Teatro da Cerca de São Bernardo e d’A Escola da Noite pode ser acompanhada, no dia a dia, através da subscrição do calendário público que pode ser importado nesta ligação.

Se usa ical pode subscrever o calendário aqui, se usar outras aplicações use esta ligação.
A identificação do calendário é
sk979ac2bmpktp8qqhgpafbgig@group.calendar.google.com
Faça-nos companhia!

o trimestre

Terça-feira, Janeiro 11th, 2011

A temporada teatral ainda nem vai a meio e já tem um momento incontornável. “1974”, o mais recente trabalho do Teatro Meridional, estreado em co-produção com o Teatro Nacional D. Maria II, é um daqueles espectáculos que entra directamente para a história do teatro português – pela ambição da proposta, pela harmoniosa articulação das várias linguagens que se cruzam em palco, pela radicalmente poética interpelação que faz aos espectadores/cidadãos/fazedores deste país. Poder recebê-lo no TCSB e partilhá-lo com o nosso público lembra-nos de como faz sentido, numa História que patina, continuar a fazer e a oferecer teatro.

O Prémio Europa Novas Realidades Teatrais, que acaba de receber como reconhecimento pela originalidade e consistência do seu percurso artístico, é apenas o mais recente sinal da importância do Teatro Meridional no teatro europeu e lusófono. Ao longo da quarta residência artística que organizamos, vamos ter oportunidade de conhecer de perto esse percurso. Para além de “1974”, o programa reserva-nos um outro momento muito especial: o justamente celebrado “Contos em Viagem – Cabo Verde”. E, ainda, o recital de poesia de Natália Luíza, um workshop, debates, exposições e documentários.

"1974" Teatro Meridional | Fotografia de Susana Paiva

Num trimestre marcado pela incerteza quanto ao futuro (só daqui a um ou dois meses saberemos com exactidão os efeitos dos cortes anunciados pelo Ministério da Cultura para 2011), a programação do TCSB parece desafiar a crise. Os regressos da Companhia de Teatro de Braga (com um programa que inclui dois espectáculos na mesma noite) e do Teatro das Beiras (com um texto de José Sanchis Sinisterra) e a estreia de “BCC”, o novo espectáculo da Marionet, asseguram, com o Meridional, uma oferta muito diversificada do teatro que actualmente se faz em Portugal.

Angelica Liddell, que o Citemor apresentou a Coimbra e ao país há alguns anos e que hoje é um dos nomes mais importantes do teatro espanhol, retoma o ciclo das Jornadas de Dramaturgia Espanhola Contemporânea, programa que se estenderá ao longo de todo o ano, em articulação com a criação artística d’A Escola da Noite. No início de Março, com um programa próprio a anunciar posteriormente, o TCSB volta a ser um dos palcos da Semana Cultural da Universidade de Coimbra.

A Escola da Noite, Janeiro de 2011