Posts Tagged ‘Novas diretrizes em tempos de paz’

em país algum

Quarta-feira, Janeiro 9th, 2013

"Novas diretrizes em tempos de paz" (foto de ensaio, de Eduardo Pinto)

SEGISMUNDO

Está vendo o seu passaporte? Algum carimbo nesta folha? Então. Quem bate esse carimbo sou eu. O senhor ainda não entrou no Brasil. O senhor não entrou em país algum. O senhor entrou na minha sala. Eu digo se o senhor fica ou segue viagem.

“Novas diretrizes em tempos de paz”

tempos de paz

Terça-feira, Janeiro 8th, 2013

Em 2009, Daniel Filho realizou “Tempos de Paz”, com Tony Ramos e Dan Stulbach, a partir da obra de Bosco Brasil.

 

O novo espectáculo d’A Escola da Noite estreia este mês, no TCSB. Reserve já os seus lugares!

TCSB: programação para escolas em Fevereiro e Março

Segunda-feira, Janeiro 7th, 2013

Começamos o ano com duas boas propostas para o público escolar da cidade e da região: haverá sessões especiais de “Novas diretrizes em tempos de paz”, a nova produção d’A Escola da Noite, e de “Falar verdade a mentir”, o clássico de Almeida Garrett trazido pela Companhia de Teatro de Braga. Mantêm-se as condições normalmente praticadas no TCSB.

Novas diretrizes em tempos de paz
de Bosco Brasil
pel’A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra

Miguel Lança e Igor Lebreaud, "Novas diretrizes em tempos de paz" (foto de ensaio de Eduardo Pinto)

Em 18 de Abril de 1945, quando a II Guerra Mundial está perto do fim, um emigrante polaco, Clausewitz, desembarca no porto do Rio de Janeiro, em busca de uma nova vida como agricultor. No cais é colocado perante Segismundo, um oficial da alfândega que desconfia das intenções da entrada de Clausewitz no Brasil.
Sem o salvo-conduto assinado por Segismundo, Clausewitz será obrigado a voltar ao cargueiro e seguir viagem. Para a obtenção desse salvo-conduto, Segismundo propõe um desafio ao estrangeiro, o que leva as duas personagens, que partilham a mesma idade do séc. XX, a confrontar as suas memórias: de um lado um actor que perdeu familiares e amigos, do outro um ex-torturador que sempre cumpriu ordens.

ficha artística
encenação António Augusto Barros figurinos Ana Rosa Assunção interpretação Igor Lebreaud e Miguel Lança > duração 50′

Bosco Brasil (Sorocaba, São Paulo, 1960)
Dramaturgo brasileiro, formado pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Estreia-se na dramaturgia com o espectáculo “Budro”, encenado em 1994, sob a direcção de Emílio di Biasi, pelo qual recebe os Prémios Molière e Shell de Melhor Autor. É o fundador do Teatro de Câmara de São Paulo, inspirado no Teatro de Câmara de Estocolmo, criado por Strindberg. Em 1995, estreia este espaço como autor e encenador de “Atos e Omissões”, texto em que contextualiza a discussão da juventude na periferia, debruçando-se sobre personagens das camadas excluídas da sociedade. No mesmo ano escreve “O Acidente”.
Em 2001, obtém um grande reconhecimento da crítica e do público com “Novas diretrizes em tempos de paz”, considerado um dos melhores textos da dramaturgia brasileira contemporânea. Com esta obra, ganhou os Prémios Shell e APCA de melhor autor em 2002. Em 2009, Daniel Filho dirige “Tempos de Paz”, adaptação cinematográfica da obra.
É ainda autor de “Blitz”, “Abelardo e Berilo” e “Cheiro de Chuva”. Fundou a “Caliban” Editorial e lançou a colecção “Teatro Brasileiro de Bolso”, dedicada à dramaturgia contemporânea brasileira. Além do teatro, Bosco escreve para a televisão, sendo o autor de novelas como “Bicho do Mato” e “Tempos Modernos”.

SESSÕES ESPECIAIS PARA O PÚBLICO ESCOLAR [ENSINO SECUNDÁRIO]
05 a 08/02/2013 [terça a sexta-feira, 11h00 e 15h00, mediante marcação prévia]

Falar verdade a mentir
de Almeida Garrett
pela Companhia de Teatro de Braga

Com Falar Verdade a Mentir pegamos num texto de um autor maior, na tentativa de «mostrar» aos espectadores as ideias que subjazem na estrutura dramática da peça. A luta do autor pela revolução romântica nas letras e no texto português. A verdadeira modernidade, sem se fixar no culto do passado que encontramos noutros autores. Com Almeida Garrett e com Falar Verdade a Mentir podemos observar com humor corrosivo onde o discurso é passadista, sem vida e onde se cruza com o novo olhar dos tempos e das desilusões do Presente. Com Almeida Garrett e Falar Verdade a Mentir são razões estéticas e ideológicas que enformam o discurso teatral, é o cerne da revolução romântica. A promoção do «sujeito» em instância estruturante de si mesmo e do mundo em que evolui. E essa dinâmica está explícita nos discursos dos vários personagens. Um divertimento teatral num espaço de debate e experimentação.

Rui Madeira

ficha artística
encenação e dramaturgia Rui Madeira actores André Laires, Carlos Feio, Jaime Monsanto, Rogério Boane, Solange Sá, Thamara Thais cenografia Carlos Sampaio, Rui Madeira figurinos Sílvia Alves criação vídeo Frederico Bustorff Madeira criação sonora Luís Lopes > duração 60′

A CTB e o público escolar
Ao longo dos anos, a CTB tem vindo a inscrever nas suas escolhas espectáculos dirigidos aos jovens públicos, usando textos clássicos ou contemporâneos que integram os curricula de Português e Literatura: Gil Vicente, Eça de Queirós, Almada Negreiros, Manoel Teixeira-Gomes, Sophia de Mello Breyner, Manuel António Pina, Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda e Camilo Castelo Branco, entre outros. Este espectáculo é mais um reflexo dessa vontade de possibilitar aos futuros públicos a aproximação a um autor fundamental da nossa cultura.
Através de uma série de acções concentradas, queremos criar condições para que esses jovens públicos e professores se possam apropriar dos processos de criação, ganhando um “olhar por dentro” da coisa artística, aprendendo a “ler” e a interrogar esses textos à luz de uma nova realidade – a prática teatral. O objectivo é criar melhores públicos, novos espectadores que dominem melhor os códigos de leitura dramática, capazes de se estimularem para lá do que lhes é apresentado, entendendo que toda a obra de arte é/ deve ser aberta. E que a sua posição de espectador activo é que lhe há-de conferir o seu verdadeiro significado.

SESSÕES ESPECIAIS PARA O PÚBLICO ESCOLAR [3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO]
12 e 13/03/2013 [quarta e quinta, 11h00 e 15h00, mediante marcação prévia]

CONDIÇÕES DE ACESSO
3 Euros por aluno/a
(entrada gratuita para professores/as acompanhantes e alunos/as abrangidos/as pelo escalão A da ASE)

informações e reservas
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

[post actualizado em 17/01/2013: alteração das datas]

Bosco Brasil

Sexta-feira, Janeiro 4th, 2013

Bosco José Lopes Rebello da Fonseca Brasil, conhecido como Bosco Brasil, nasceu em 1960, em Sorocaba (São Paulo) e é dramaturgo brasileiro. Forma-se na Escola de Comunicação e Artes da USP, a ECA. Estreia-se na dramaturgia com o espectáculo “Budro”, encenado em 1994, sob a direcção de Emílio di Biasi. Por esse texto, Bosco recebe os Prémios Molière e Shell de Melhor Autor.

É o fundador do Teatro de Câmara de São Paulo, na Praça Roosevelt, juntamente com Ariela Goldmann, Jairo Mattos, Lavinia Panunzio e Luis Fruguli. Inspirado no Teatro de Câmara de Estocolmo, fundado por Strindberg, o grupo ambiciona criar uma companhia onde a direcção sirva mais como um “guarda de trânsito” da criação artística dos integrantes do grupo, à maneira dos grupos de música de câmara. O reportório é dedicado integralmente à dramaturgia contemporânea. Em 1995, estreia o novo espaço como autor e director de “Atos e Omissões”, texto em que contextualiza a discussão da juventude na periferia, debruçando-se sobre personagens das camadas excluídas da sociedade. No mesmo ano escreve “O Acidente”, que é encenado, em 2000, sob a direcção de Ariela Goldmann.

No ano de 2001, Bosco obtém um grande reconhecimento da crítica e do público com “Novas diretrizes em tempos de paz”. No espectáculo, encenado por Ariela Goldmann, ele apresenta o embate verbal entre um funcionário do governo brasileiro e um imigrante polaco, Clausewitz, que luta para conseguir o seu salvo-conduto e, para consegui-lo, submete-se a um desafio proposto pelo funcionário. “Novas diretrizes em tempo de paz” é considerado um dos melhores textos da dramaturgia brasileira contemporânea. Com esta obra, ganhou os Prémios Shell e APCA de melhor autor em 2002. Em 2009, Daniel Filho dirige “Tempos de Paz”, adaptação cinematográfica da obra.

Escrito ainda no ano de 2001, “Blitz”, também sob o formato de texto curto para a Mostra de Dramaturgia Contemporânea, empreendida por Renato Borghi, contrapõe um soldado e sua mulher, num momento de exasperação de suas vidas. Bosco Brasil também é autor das peças “Abelardo e Berilo”, uma remontagem da sua peça “Os Coveiros” de 1998, e “Cheiro de Chuva”, escrita em 2000 e apresentada em 2007.

Em 1996, Bosco Brasil fundou a “Caliban” Editorial e lançou a coleção “Teatro Brasileiro de Bolso”, dedicada à dramaturgia contemporânea brasileira.

Além do teatro, Bosco escreve para a televisão, sendo o autor de novelas como “Bicho do Mato” e “Tempos Modernos”.

Mais informações em SP Escola de Teatro,

Itaú Cultural e Dramaturgos Brasileiros

Janeiro no TCSB: “Novas diretrizes” estreia em Coimbra

Terça-feira, Janeiro 1st, 2013

O ano começa com uma estreia d’A Escola da Noite no Teatro da Cerca de São Bernardo. Depois das ante-estreias realizadas na Covilhã, em Pombal e no concelho de Montemor-o-Velho, “Novas diretrizes em tempos de paz”, de Bosco Brasil, chega finalmente a Coimbra, onde ficará em cena durante duas semanas a partir de 31 de Janeiro. Para os alunos do ensino secundário da cidade e da região estão previstas oito sessões especiais, em horário diurno.

Igor Lebreaud e Miguel Lança, "Novas diretrizes em tempos de paz" (foto de ensaio de Eduardo Pinto)

“Novas diretrizes em tempos de paz” passa-se em Abril de 1945. Quase no fim da II Guerra Mundial, Clausewitz, um emigrante polaco, desembarca no porto do Rio de Janeiro, em busca de uma nova vida como agricultor. O oficial da alfândega, Segismundo, desconfia das intenções de Clausewitz e dificulta-lhe a emissão do salvo-conduto. A acção desenvolve-se a partir do desafio que o funcionário lança ao estrangeiro e do intenso e comovente diálogo entre as duas personagens, que confrontam memórias: de um lado um actor que perdeu familiares e amigos, do outro um ex-torturador que sempre cumpriu ordens.

Bosco Brasil em Portugal
A peça é considerada um dos melhores textos da dramaturgia brasileira contemporânea, tendo sido distinguida com os Prémios Shell e APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor autor em 2002. Desde então, tem sido várias vezes apresentada no Brasil e no estrangeiro e deu origem ao filme “Tempos de Paz”, de Daniel Filho (estreado em 2009, com Tony Ramos e Dan Stulbach no elenco).
Bosco Brasil (São Paulo, 1960) é dramaturgo, encenador e guionista. Foi fundador do Teatro de Câmara de São Paulo e escreveu peças como “Atos e Omissões”, “O Acidente”, “Os Coveiros” ou “Cheiro de Chuva”. Por vontade expressa do dramaturgo, que assume o “engajamento” político do texto, os direitos de autor deste espectáculo revertem sempre para Organizações Não Governamentais que operem no apoio a refugiados, em articulação com os gabinetes locais do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
O dramaturgo virá a Coimbra no final do mês, associando-se à estreia do espectáculo e participando num conjunto de actividades complementares que a companhia está a preparar para essa altura.

sessões para escolas
Entre 5 e 8 de Fevereiro, a companhia de Coimbra organiza oito sessões para o público escolar (ensino secundário). Como algumas das ante-estreias já realizadas comprovaram, o texto (que no Brasil integra mesmo a lista de leituras recomendadas no ensino oficial) permite a abordagem de vários temas particularmente estimulantes para discutir com os jovens, tocando várias das matérias curriculares com que se cruzam: história universal, guerra, emigração, xenofobia, políticas de segurança, o papel da arte e do teatro nas nossas vidas.
Como é hábito n’A Escola da Noite, os bilhetes para estas sessões especiais, sujeitas a marcação prévia, custam 3 Euros por aluno. Professores acompanhantes e alunos abrangidos pelo escalão A da ASE não pagam bilhete. As reservas já podem ser feitas, através dos contactos habituais d’A Escola da Noite: 239 718 238 / 966 302 488.

 

Novas directrizes em tempo de paz
de Bosco Brasil

encenação António Augusto Barros elenco Igor Lebreaud e Miguel Lança

figurinos e imagem gráfica Ana Rosa Assunção

50′ > M/16 > 5 a 10 Euros [sessões para escolas: 3 Euros/aluno]

ESTREIA EM COIMBRA
Teatro da Cerca de São Bernardo
31 de Janeiro a 10 de Fevereiro de 2013
quinta a sábado, 21h30
domingos, 16h00

sessões para o público escolar (ensino secundário)
5 a 8 de Fevereiro de 2013
terça a sexta, 11h00 e 15h00

informações e e reservas:

239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

[post editado em 29/01/2013 – novas datas de apresentação]