SEGISMUNDO
Está vendo o seu passaporte? Algum carimbo nesta folha? Então. Quem bate esse carimbo sou eu. O senhor ainda não entrou no Brasil. O senhor não entrou em país algum. O senhor entrou na minha sala. Eu digo se o senhor fica ou segue viagem.
SEGISMUNDO
Está vendo o seu passaporte? Algum carimbo nesta folha? Então. Quem bate esse carimbo sou eu. O senhor ainda não entrou no Brasil. O senhor não entrou em país algum. O senhor entrou na minha sala. Eu digo se o senhor fica ou segue viagem.
Em 2009, Daniel Filho realizou “Tempos de Paz”, com Tony Ramos e Dan Stulbach, a partir da obra de Bosco Brasil.
O novo espectáculo d’A Escola da Noite estreia este mês, no TCSB. Reserve já os seus lugares!
Bosco José Lopes Rebello da Fonseca Brasil, conhecido como Bosco Brasil, nasceu em 1960, em Sorocaba (São Paulo) e é dramaturgo brasileiro. Forma-se na Escola de Comunicação e Artes da USP, a ECA. Estreia-se na dramaturgia com o espectáculo “Budro”, encenado em 1994, sob a direcção de Emílio di Biasi. Por esse texto, Bosco recebe os Prémios Molière e Shell de Melhor Autor.
É o fundador do Teatro de Câmara de São Paulo, na Praça Roosevelt, juntamente com Ariela Goldmann, Jairo Mattos, Lavinia Panunzio e Luis Fruguli. Inspirado no Teatro de Câmara de Estocolmo, fundado por Strindberg, o grupo ambiciona criar uma companhia onde a direcção sirva mais como um “guarda de trânsito” da criação artística dos integrantes do grupo, à maneira dos grupos de música de câmara. O reportório é dedicado integralmente à dramaturgia contemporânea. Em 1995, estreia o novo espaço como autor e director de “Atos e Omissões”, texto em que contextualiza a discussão da juventude na periferia, debruçando-se sobre personagens das camadas excluídas da sociedade. No mesmo ano escreve “O Acidente”, que é encenado, em 2000, sob a direcção de Ariela Goldmann.
No ano de 2001, Bosco obtém um grande reconhecimento da crítica e do público com “Novas diretrizes em tempos de paz”. No espectáculo, encenado por Ariela Goldmann, ele apresenta o embate verbal entre um funcionário do governo brasileiro e um imigrante polaco, Clausewitz, que luta para conseguir o seu salvo-conduto e, para consegui-lo, submete-se a um desafio proposto pelo funcionário. “Novas diretrizes em tempo de paz” é considerado um dos melhores textos da dramaturgia brasileira contemporânea. Com esta obra, ganhou os Prémios Shell e APCA de melhor autor em 2002. Em 2009, Daniel Filho dirige “Tempos de Paz”, adaptação cinematográfica da obra.
Escrito ainda no ano de 2001, “Blitz”, também sob o formato de texto curto para a Mostra de Dramaturgia Contemporânea, empreendida por Renato Borghi, contrapõe um soldado e sua mulher, num momento de exasperação de suas vidas. Bosco Brasil também é autor das peças “Abelardo e Berilo”, uma remontagem da sua peça “Os Coveiros” de 1998, e “Cheiro de Chuva”, escrita em 2000 e apresentada em 2007.
Em 1996, Bosco Brasil fundou a “Caliban” Editorial e lançou a coleção “Teatro Brasileiro de Bolso”, dedicada à dramaturgia contemporânea brasileira.
Além do teatro, Bosco escreve para a televisão, sendo o autor de novelas como “Bicho do Mato” e “Tempos Modernos”.
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