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Hoje (Dia Mundial do Teatro) no TCSB: Diretrizes e visita ao Teatro

Sexta-feira, Março 27th, 2015

CLAUSEWITZ
Nada. Para o senhor eu não provei nada. Eu provei para mim mesmo. Olha, eu sei que o Brasil precisa de braços para a agricultura, mas eu sou ator. Esta é a minha profissão. Eu ainda não sei para que serve o Teatro no mundo depois da Guerra. Só sei que eu tenho que continuar a fazer o que eu sei fazer. Um dia alguém vai saber para que serve. Se serve. Para mim me basta fazer. Fazer teatro. É como a receita do mingau do professor Cracowiack. Alguém precisa saber como se faz esse mingau…

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Hoje é Dia Mundial do Teatro.

Celebramo-lo com “Novas diretrizes em tempos de paz”, de Bosco Brasil.

A sessão começa às 21h30 e há condições especiais: na compra de um bilhete a preço normal, oferecemos o segundo bilhete.

No final, há uma conversa com o público e uma visita guiada aos bastidores do Teatro da Cerca de São Bernardo.

Venha e traga um/a amigo/a!

Novas diretrizes em tempos de paz
de Bosco Brasil

Em 18 de Abril de 1945, quando a II Guerra Mundial está perto do fim, um emigrante polaco, Clausewitz, desembarca no porto do Rio de Janeiro, em busca de uma nova vida como agricultor. No cais é colocado perante Segismundo, um oficial da alfândega que desconfia das intenções da entrada de Clausewitz no Brasil. Sem o salvo-conduto assinado por Segismundo, Clausewitz será obrigado a voltar ao cargueiro e a seguir viagem. Para a obtenção desse salvo-conduto, Segismundo propõe um desafio ao estrangeiro, o que leva as duas personagens a confrontar as suas memórias: de um lado um actor que perdeu familiares e amigos, do outro um ex-torturador que sempre cumpriu ordens.

texto Bosco Brasil encenação António Augusto Barros elenco Igor Lebreaud e Jorge Loureiro figurinos e imagem gráfica Ana Rosa Assunção luz Danilo Pinto som Zé Diogo
M/16 > 50′

COIMBRA
Teatro da Cerca de São Bernardo
26 a 29 de Março
quinta a sábado, 21h30
domingo, 16h00

 

 

hoje no TCSB

Quarta-feira, Março 27th, 2013

"projecto H" (foto de ensaio, de Eduardo Pinto)

Em dia de aniversário e no Dia Mundial do Teatro, o TEUC e Joana Providência dão-nos e dão-vos uma prenda: ensaio aberto de “projecto H”, às 22h00, com entrada livre.

Venham festejar connosco!

Dia Mundial do Teatro

Quarta-feira, Março 27th, 2013

Mensagem do Dia Mundial do Teatro 2013

DARIO FO

Há uns anos atrás, o PODER, no máximo da sua intolerância, escorraçou os artistas dos seus países. Hoje em dia, os atores e as companhias sofrem com a dificuldade de encontrar espaços, teatros e público; tudo por conta da crise.
Os governantes já não se preocupam em controlar quem os cita com ironia e sarcasmo, uma vez que os atores não têm espaços nem público que os veja.
Contrariamente ao que acontece hoje, no período da Renascença em Itália, os governantes tiveram enormes dificuldades em controlar os atores e comediantes que conseguiam mobilizar a sociedade para assistirem aos seus espetáculos.
É sabido que o grande êxodo dos comediantes aconteceu no século da Contra Reforma, quando foi decretado o desmantelamento de todos os espaços teatrais, especialmente em Roma, por serem acusados de desrespeito à cidade santa. O Papa Inocêncio XII, pressionado pela ala mais conservadora da burguesia e dos altos representantes do clero, ordenou em 1697 o encerramento do Teatro de Tordinona por se considerar que, neste local, diziam os mais moralistas, se faziam espetáculos considerados obscenos. Na época da Contra-Reforma, o Cardeal Charles Borromée, no norte de Itália, divulgou a consagração da redenção das “crianças milanesas” estabelecendo uma clara distinção dos nascidos na arte, como expressão máxima de educação espiritual, e o teatro, manifestação de profanação e leviandade. Numa carta endereçada aos seus colaboradores, que cito de memória, o Cardeal Charles Borromée exprime-se mais ou menos nos seguintes termos: “Nós que estamos empenhados em exterminar a planta maligna, tentaremos, lançando fogo aos textos e discursos infames, fazer com que estes se apaguem da memória dos homens, do mesmo modo que perseguiremos todos aqueles que teimem em divulgar os textos impressos. Sabemos que, enquanto nós dormirmos, o diabo estará atento, com atenção redobrada. Então, o que será mais premente, o que os olhos vêem ou o que se pode ler nos livros? O que será mais devastador para as mentes dos adolescentes e crianças, a palavra proferida com gestos apropriados, ou a palavra morta, impressa nos livros? É urgente expulsar das nossas cidades as gentes do teatro, tal como já fizemos com os espíritos indesejáveis”.
Logo, a única solução para a crise reside na esperança de uma grande caça às bruxas que estão contra nós, e sobretudo contra os jovens que querem aprender a arte do Teatro: só assim nascerá uma nova geração de comediantes que aproveitará desta nossa experiência e dela tirará benefícios inimagináveis na procura de novas formas de representação.

27 de Março de 2013

Tradução: Margarida Saraiva
Escola Superior de Teatro e Cinema

27 de Março: ensaio aberto do TEUC

Segunda-feira, Março 25th, 2013

"projecto H" (foto de ensaio, de Eduardo Pinto)

Para assinalar o Dia Mundial do Teatro, na próxima quarta-feira, 27 de Março, o TEUC realiza um ensaio aberto de “projecto H”, o espectáculo que aqui vai estrear na próxima semana.

É às 22h00 e a entrada é livre.

Faça-nos companhia!

 

 

projecto H

De onde vêm e para onde vão aquelas pessoas? O que lhes terá acontecido? O que recordam? Terão alguma vez amado, sentir-se-ão amadas?

Este projecto desenvolve-se em torno do universo do pintor Edward Hopper cujas obras, habitadas por uma mistura de realismo e estranheza, parecem captar um antes e um depois sem que se perceba exactamente o quê. Há uma suspensão instantânea, quase fotográfica, do ritmo quotidiano que assim surge rodeado de segredos e nos cria uma sensação de incompletude.

Em Hopper há um “voyeurismo” frio, um distanciamento, uma quase ausência de voluptuosidade. Motivou-nos este sentimento de interioridade e de silêncio, onde a luz cria espaço, e o espaço é percorrido pela luz, criando um território mental de contemplação. É neste contexto que procurámos desenvolver os materiais. O trabalho de interpretação assentou sobretudo num corpo físico, na construção de partituras de movimento, e no desenvolvimento de ideias de composição coreográfica. A palavra surge só pontualmente e acontece através de duas pequenas histórias retiradas do “Caderno Vermelho” de Paul Auster.

Joana Providência, Fevereiro 2013

co-criação TEUC e Joana Providência direcção artística Joana Providência assistência coreográfica Leonor Barata elenco Helena Galveias, Helena Pinela, Joana Salgado, Miguel Matos, Rafaela Bidarra, Rodolpho Amaral e Ruy de Liceia direcção técnica Alexandre Mestre desenho de Luz Alexandre Mestre operação de som Xénon Cruz música original Alexandre Castro, Carlos Reis, Francisco Caseiro, João Machado, Liliana Alves, Mauro Cruz, Nuno Coelho e Pedro Enes cenografia Rafaela Bidarra fotografia Eduardo Pinto vídeo Ana Félix

desde 1992

Sábado, Março 27th, 2010

Amado Monstro, Javier Tomeo (1992) O Triunfo do Amor, Marivaux (1992) Ella, Herbert Achternbusch (1993) Susn, Herbert Achternbusch (1993) Auto da Índia, Gil Vicente (1993) Mandrágora, Maquiavel (1993) Comédia Sobre a Divisa da Cidade de Coimbra, Gil Vicente (1993) Farsa de Inês Pereira, Gil Vicente (1994) Bonhard, Thomas Bernhard (1994) Leôncio e Lena, Büchner (1994) Uma Visitação, Gil Vicente (1995) A Birra do Morto, Vicente Sanches (1995) Amores, Federico García Lorca (1996) Beckett – primeira jornada, Samuel Beckett (1996) Lenz, Büchner (1997) As Troianas, Eurípides (1997) A Serpente, Nelson Rodrigues (1998) Pranto, Gil Vicente (1998) Os Persas, Ésquilo (1999) Jacques e o Seu Amo, Milan Kundera (1999) Além as Estrelas São a Nossa Casa, Abel Neves (2000) Quem Come Quem (2000) Um Gosto de Mel, Shelagh Delaney (2001) Acto Cultural, José Ignacio Cabrujas (2001) Amor de D. Perlimplin con Belisa en su Jardín, Federico García Lorca (2002) Auto da Visitação e outras cousas que por cá se fizeram, Gil Vicente (2002) Almocreves e outras cousas que em Coimbra se fizeram em 1527, Gil Vicente (2003) O Juiz da Beira: aula prática, Gil Vicente (2003) O Horácio, Heiner Müller (2003) Além do Infinito, Abel Neves (2004) O Cerejal, Anton Tchékhov (2004) 2 Perdidos Numa Noite Suja, Plínio Marcos (2004) Noivas, Cleise Mendes (2005) Ao Partir   Palavras, Ruy Duarte de Carvalho (2005) Ensalada, Gil Vicente (2005) Profundo, José Ignacio Cabrujas (2005) Play, Samuel Beckett (2006) Prometeu 06, Ésquilo, Kafka e Heiner Müller (2006) Matéria de Poesia, Adélia Prado, Manoel de Barros, Carlos de Oliveira e Alexandre O’Neill (2006) Tchékhov e a arte menor, Anton Tchékhov (2007) A Boda, Anton Tchékhov (2007) Na Estrada Real, Anton Tchékhov (2007) Auto da Índia: aula prática, Gil Vicente (2007) Bonecos & Farelos, Gil Vicente (2008) TNT [Tumulto no Teatro], Raul Brandão (2008) 700 máscaras à procura de um rosto ou Um artista da fome, Franz Kafka (2008) atravessando as palavras há restos de luz, de Franz Kafka (2009) Este Oeste Éden, Abel Neves (2009) Sabina Freire, Manoel Teixeira Gomes (2009) e BREVEMENTE um novo espectáculo a partir de contos de José Rubem Fonseca.

A Escola da Noite comemora hoje 18 anos.